sexta-feira, 17 de agosto de 2012

MA - Quilombo em Pirapemas está cercado por jagunços armados

observatório quilombola
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MA - Quilombo em Pirapemas está cercado por jagunços armados

Data: 17/8/2012

A Comissão Pastoral da Terra (CPT), denuncia mais um ato de violência no Quilombo Pontes em  Pirapemas, no Maranhão. Nesta quarta-feira (15),fazendeiros da região invadiram as áreas  de roças dos quilombolas e colocaram cabeças de gado no local. Além disso, a comunidade está cercada  por vários homens armados, que ficam rondando a comunidade de forma ostensiva, intimidando as famílias ameaçadas.
Os quilombolas Zé Patrício, João Batista e Jorge estão jurados de morte e estão sem poder sair de suas casas. Segundo Diogo Cabral, advogado da CPT, várias denúncias já foram feitas ao governo federal, estadual e até a organismos internacionais ligados aos direitos humanos, mas até agora, nenhuma providência foi tomada.
O estado faz pouco caso da situação. “Hoje,  a polícia de Roseana Sarney, apareceu na comunidade, mas, para surpresa de todos, ela não foi proteger a comunidade, estava à serviço dos fazendeiros e foi lá só para intimidar as pessoas”. Disse o advogado.
A região de Pirapemas já é conhecida pelos conflitos agrários que nela ocorrem, principalmente as famílias dos quilombos Pontes e Salgado que há vários anos são vítimas de vários tipos de humilhações, ameaças intimidações e violência em seu território. Os quilombolas já tiveram suas casas incendiadas e até a água do poço que uma comunidade utilizava  foi envenenada.
O Maranhão é terra sem lei!  Na 27° edição do relatório anual “Conflitos no Campo Brasil 2011”,  divulgado pela CPT, o Maranhão aparece como líder do ranking de conflitos por terra no país, com 224 registros. O estado também é “campeão nacional” de ameaçados de morte no campo. Segundo o relatório da CPT, 116 pessoas estavam ameaçadas em 2011 no Maranhão. Sete assassinatos no campo foram registrados no estado, só em 2011.
 O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.

Fonte: Vias de Fato

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