Um retrato da resistência carioca

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Um retrato da resistência carioca

“Uma cidade que vive uma tensão cotidiana, um projeto de apagamento da memória coletiva e o afastamento sistemático dos pobres do mar”. É assim que os realizadores do documentário “Distopia::021″ definem o seu trabalho. O filme, que estreou na última segunda-feira (20) no Festival globale Rio, é resultado do esforço conjunto de dois grupos “artivistas”: Rio40Caos, do Rio, e Antena Mutante, da Colômbia.

Tendo como temática a revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro em função dos megaeventos (Olimpíadas e Copa do Mundo), os grupos foram além e deram atenção aos movimentos de resistência das pessoas atingidas por esse processo e em busca da garantia dos seus direitos.

Em entrevista ao Copa Pública, o diretor Victor Ribeiro definiu o momento retratado por “Distopia::021″ como “macabro e singular”. “Os megaeventos integram uma agenda de cidade que não é para as pessoas. É para as commodities, para a especulação imobiliária, para o tal do capital estrangeiro, para o turismo de bolha predatório. (…) Esses eventos não são para essas pessoas e a ficha já caiu na cidade…Vivemos uma total Distopia, como o proprio filme discute. Está tudo muito claro: a quem interessa, quem se beneficia”, disse.

Abaixo, o filme na íntegra:

Tags: cidadania, cidades e territórios, Copa do Mundo 2014, desenvolvimento,direitos humanos, Megaeventos, periferia, políticas públicas, Remoções,violações de direitos