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http://www.ihu.unisinos.br/noticias/518600-feliciano-enfrenta-partido-e-protestos-
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/518600-feliciano-enfrenta-partido-e-protestos-
Integrantes do partido pressionam e apostam que o presidente da Comissão de Direitos Humanos, alvo de protestos, deixará o cargo até a próxima semana.
A reportagem é de Wilson Lima e publicada pelo Ig, 20-03-2013.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), enfrenta um movimento do partido e da presidência da Câmara dos Deputados para renunciar ao cargo até a próxima semana. Nesta quarta-feira, dia em que enfrentou mais um protesto , Feliciano ratificou por e-mail ao iG que ficará no cargo apesar das pressões. No entanto, fontes ligadas à liderança da legenda disseram ao iG que o pastor tenta viabilizar um acordo para a sua saída.
Na sessão de hoje, Feliciano permaneceu por apenas oito minutos presidindo a reunião da comissão. Novamente ele foi alvo de protestos de movimentos sociais e ouviu expressões com “retrocesso não”. Apesar de a segurança da Casa ter barrado a entrada de alguns manifestantes, outros conseguiram burlar o bloqueio e fizeram os protestos contra o deputado. Impedido de falar, ele deixou a sessão.
Além de enfrentar a oposição de movimentos sociais, agora Feliciano já enfrenta resistências da maior parte de seu partido, levado a um “desgaste desnecessário”, conforme alguns de seus membros. Até mesmo o líder do partido na Câmara, André Moura (PSC-SE), já demonstrou esse tipo de irritação. O estopim foi a divulgação de um vídeo esta semana em que Feliciano confirma sua vontade em permanecer na comissão para “defender a família brasileira” e ataca seus adversários acusando-os de preconceito contra cristãos, violência e apologia à pedofilia.
O líder do PSC na Câmara disse a interlocutores que agora a decisão de sair ou não do partido pertence ao próprioFeliciano. Para ele, essa é uma decisão de foro íntimo. Outras pessoas ligadas à liderança do partido informaram queFeliciano tenta viabilizar uma “contrapartida” para deixar o cargo. Isso será discutido ainda nesta quarta-feira e quinta-feira. “Ele não fica no cargo até a semana que vem”, aponta uma fonte ligada ao PSC.
Além de integrantes do PSC, outros deputados da bancada evangélica também já aconselharam Feliciano a deixar o cargo sob o argumento de que hoje essa bancada sofre uma exposição excessiva e isso, em vez de atrair apoio, pode prejudicá-la em novas eleições. Apenas os evangélicos mais radicais, como o Jair Bolsonaro (PP-RJ), tem dado aval à permanência de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos.
Desde quando chegou à Comissão de Direitos Humanos, Feliciano foi acusado de ser homofógico e racista e enfrentou várias denúncias. O iG foi o primeiro veículo a revelar que o deputado federal é alvo de uma ação por estelionato no Supremo Tribunal Federal (STF) e a Folha de S.Paulo veiculou que Feliciano emprega membros de sua igreja como assessores parlamentares em seu gabinete.
A reportagem é de Wilson Lima e publicada pelo Ig, 20-03-2013.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), enfrenta um movimento do partido e da presidência da Câmara dos Deputados para renunciar ao cargo até a próxima semana. Nesta quarta-feira, dia em que enfrentou mais um protesto , Feliciano ratificou por e-mail ao iG que ficará no cargo apesar das pressões. No entanto, fontes ligadas à liderança da legenda disseram ao iG que o pastor tenta viabilizar um acordo para a sua saída.
Na sessão de hoje, Feliciano permaneceu por apenas oito minutos presidindo a reunião da comissão. Novamente ele foi alvo de protestos de movimentos sociais e ouviu expressões com “retrocesso não”. Apesar de a segurança da Casa ter barrado a entrada de alguns manifestantes, outros conseguiram burlar o bloqueio e fizeram os protestos contra o deputado. Impedido de falar, ele deixou a sessão.
Além de enfrentar a oposição de movimentos sociais, agora Feliciano já enfrenta resistências da maior parte de seu partido, levado a um “desgaste desnecessário”, conforme alguns de seus membros. Até mesmo o líder do partido na Câmara, André Moura (PSC-SE), já demonstrou esse tipo de irritação. O estopim foi a divulgação de um vídeo esta semana em que Feliciano confirma sua vontade em permanecer na comissão para “defender a família brasileira” e ataca seus adversários acusando-os de preconceito contra cristãos, violência e apologia à pedofilia.
O líder do PSC na Câmara disse a interlocutores que agora a decisão de sair ou não do partido pertence ao próprioFeliciano. Para ele, essa é uma decisão de foro íntimo. Outras pessoas ligadas à liderança do partido informaram queFeliciano tenta viabilizar uma “contrapartida” para deixar o cargo. Isso será discutido ainda nesta quarta-feira e quinta-feira. “Ele não fica no cargo até a semana que vem”, aponta uma fonte ligada ao PSC.
Além de integrantes do PSC, outros deputados da bancada evangélica também já aconselharam Feliciano a deixar o cargo sob o argumento de que hoje essa bancada sofre uma exposição excessiva e isso, em vez de atrair apoio, pode prejudicá-la em novas eleições. Apenas os evangélicos mais radicais, como o Jair Bolsonaro (PP-RJ), tem dado aval à permanência de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos.
Desde quando chegou à Comissão de Direitos Humanos, Feliciano foi acusado de ser homofógico e racista e enfrentou várias denúncias. O iG foi o primeiro veículo a revelar que o deputado federal é alvo de uma ação por estelionato no Supremo Tribunal Federal (STF) e a Folha de S.Paulo veiculou que Feliciano emprega membros de sua igreja como assessores parlamentares em seu gabinete.
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