segunda-feira, 18 de março de 2013

Faltando 15 meses para a Copa, dez obras não saíram do papel em Cuiabá

tv centro américa
http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2013/03/dez-obras-previstas-para-copa-em-cuiaba-ainda-nao-comecaram.html


Faltando 15 meses para a Copa, dez obras não saíram do papel em Cuiabá


Tribunal de Contas alertou que atual situação das obras é preocupante.
Relatório do órgão aponta que 21 obras estão atrasadas.

Pollyana AraújoDo G1 MT
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Fan Fest da Copa em Cuiabá terá vai receber até 56 mil torcedores, diz Fifa (Foto: Secopa/MT)Fan Park da Copa deve ter capacidade para receber
até 56 mil torcedores em Cuiabá (Foto: Secopa/MT)
Faltando 15 meses para a Copa do Mundo de 2014, 10 obras previstas no cronograma de obras do evento, em Cuiabá, ainda sequer tiveram início. Entre elas estão a construção dos centros oficiais de treinamento na Universidade Federal deMato Grosso (UFMT) e no bairro CPA, além do Fan Park, previsto para ser viabilizado no Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro, no bairro Dom Aquino, na capital. A atual situação dos projetos foi apresentada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE), nesta segunda-feira (18).
O presidente do TCE, Antônio Joaquim, avaliou que o governo possa ter mudado de ideia em relação às obras. "O governo pode ter desistido dessas obras", disse. No entanto, ele alertou que será preciso acelerar o ritmo do andamento das obras para que o cronograma seja normalizado. "Não se pode alarmar, mas é preciso acelerar para que as obras sejam concluídas dentro do prazo estabelecido", afirmou.
Por recomendação da Fifa, o Fan Park deve ser implantado em um local que tivessse identificação com a cidade, característica que, no caso da capital mato-grossense, se manifesta pela proximidade com o Rio Cuiabá. O local deve transmitir, em alta definição, os 64 jogos da Copa ao vivo. Durante os 31 dias do evento, o local disponibilizaria estacionamento, praça de alimentação, lojas oficiais da Fifa e uma extensa programação de shows, incluindo grupos musicais locais e as principais manifestações da cultura regional. O lugar ainda deveria contar com sistema completo de emergência, segurança e atendimento médico.
Ao G1 a assessoria da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) informou que a obra do Centro de Treinamento na UFMT já começou na semana passada e o do CPA, de fato, não será mais construído. Nos próximos dias deve ser dada a ordem de serviço para a construção da Avenida Parque Barbado. A Secopa também alegou que o Fan Park será construído até a data dos jogos e argumentou que se trata de uma estrutura temporária. 
Atrasos
Além das obras que não começaram, o TCE apontou que, das 21 obras verificadas, oito estão com atraso de até 30 dias; sete estão atrasadas de 31 a 90 dias; cinco com atraso de 91 a 180 dias e uma delas atrasada em 264 dias. Nesse caso, a duplicação da Avenida Juliano Costa Marques localizada na região do Bairro Boa Vista, em Cuiabá, que, segundo Antônio Joaquim, já foi concluída, mas que ainda não foi entregue oficialmente pela empreiteira responsável.
"As situações mais preocupantes residem nos contratos correspondentes à construção das trincheiras do bairro Santa Rosa, Santa Izabel e Jurumirim e implantação dos corredores estruturais de transporte coletivo na região metropolitana do Vale do Rio Cuiabá", diz trecho do relatório divulgado pelo TCE.
No entanto, o Tribunal relatou que, se comparado ao relatório emitido anteriormente, houve redução dos atrasos, porém, deve-se mais à atualização do cronogramas do que pelo crescimento no ritmo das obras. Dos contratos em andamento, apenas 16,77% foram executados. Isso contando com o contrato firmado com o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, região metropolitana da capital, para a construção do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Sem o VLT, esse percentual passaria a ser de 37,84%. Para Antônio Joaquim, o atraso mostra que a Secopa enfrentará problemas até a Copa do Mundo. "A atual situação é sem dúvida preocupante. Se o ritmo de execução não for intensificado, com avanços físicos efetivos, há possibilidade de muitas obras não serem finalizadas tempestivamente", declarou o presidente do  TCE. O atraso se deve também aos problemas de desapropriação de imóveis.

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