segunda-feira, 25 de março de 2013

Soem livres os tambores

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Soem livres os tambores
 
Egon Dionísio Heck
Assessor do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Mato Grosso do Sul
Adital
Criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos
Fecharam uma porta, mas abrimos uma janela. Vamos romper o muro com que estão tentando blindar a Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados.
O Congresso, neste início de outono, voltou a se agitar. O auditório Nereu Ramos lotado (mais de 300 pessoas) foi palco de um momento de resistência e indignação, num ato carregado de emoção, desabafos e manifestações populares. Cientes de que esse é um momento difícil, quando os setores conservadores impõem mais um retrocesso, fruto de negociações e acordos partidários que achincalham essa casa do povo, impondo na presidência de uma das comissões mais importantes da Camara dos deputados, alguém que é manifestamente contrário a direitos humanos. Em tom de ironia um parlamentar se referiu a Feliciano, com uma citação bíblica onde Jesus diz "Eu sou o caminho” e Feliciano complementa "eu sou o pedágio. Passa o cartão e a senha”.
Quando soaram os tambores dando por instalada a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, com a esperança de que seja breve, pois os dias de Feliciano em frente à Comissão de Direitos Humanos estão contados.
Os povos indígenas e seus aliados também estiveram presentes, entregando um manifesto onde reafirmam como as demais entidades da sociedade civil que ‘vem manifestar sua indignação e repudio diante da ocupação da presidência da CDH da Câmara dos deputados por Marco Feliciano...”, cujo perfil de manifesta xenofobia e racismo também teria se manifestado de forma colonialista dizendo "que existe muita terra para poucos índios”.
Já no final do ato foi anunciada a morte do grande cantor Emilio Santiago, que sofreu na pele o racismo e descriminação por ser negro e homossexual, lembrou com carinho um dos parlamentares. Um minuto de silêncio ao lutador que cuja voz agora irá soar mais alto.
Feliciano vai cair
As manifestações continuaram dentro e fora do plenário 9, onde houve mais uma tentativa de realizar uma sessão de trabalho, mas que acabou sendo cancelada em função das manifestações da sociedade civil dentro e fora do plenário.
Houve inclusive agressões físicas a uma das manifestantes no momento em que foram pedir ao presidente da Câmara um posicionamento a respeito desse fato que envergonha o Congresso, num flagrante retrocesso com relação aos direitos conquistados na Constituição de 1988. No texto se unem aos movimentos e organizações sociais que reivindicam a renúncia do deputado” Feliciano da Presidência da Comissão de Direitos Humanos e a recomposição da mesma com parlamentares realmente comprometidos com a defesa da vida e da dignidade dos setores secularmente marginalizados, explorados e discriminados na sociedade brasileira”
Buscando novos espaços

Presidente da comissão Lincoln Portela, recebe delegação da APIB e CIMI
Os povos indígenas, através da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e do Cimi também levaram as preocupações e desafios dos povos indígenas, particularmente com relação à tramitação de iniciativas anti indígenas no Congresso, à Comissão de Legislação Participativa. A deputada Luiza Erundina acolheu e reforçou a proposta de que essa comissão faça um levantamento da realidade dos povos indígenas e promova um seminário de um dia para aprofundar a questão nesta Comissão.
Povo Guarani Grande Povo.
Cimi secretariado nacional.

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