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http://www.ihu.unisinos.br/noticias/518023-fazendeiro-confessa-ter-matado-indio-no-ms-e-ministra-exige-punicao-exemplar
20/02/2013 - Vida e morte Guarani-Kaiowá: Denilson, Marçal e o Papa
28/02/2013 - Perícia desmonta versão de fazendeiro que assassinou jovem guarani
22/02/2013 - Espingarda é encontrada em casa de fazendeiro acusado de matar indígena
21/02/2013 - Fazendeiro admite ter atirado no adolescente indígena morto no domingo
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Nove parentes do índio guarani-caiowá Denilson Barbosa, de 15 anos, morto por fazendeiro, estão protegidas pelo Ministério da Justiça.
A reportagem é de Paulo Yafusso e publicado pelo portal do jornal O Globo, 28-02-2013.
Nove parentes do índio guarani-caiová Denilson Barbosa, de 15 anos, morto por um fazendeiro de Caarapó (MS) no último dia 17, foram incluídos no Programa de Proteção a Testemunhas, do Ministério da Justiça. O corpo dele foi encontrado domingo com um tiro na cabeça na estrada que liga Caarapó a Dourados, região sul de Mato Grosso do Sul, onde se concentra os maiores conflitos agrários entre índios e fazendeiros.
A reportagem é de Paulo Yafusso e publicado pelo portal do jornal O Globo, 28-02-2013.
Nove parentes do índio guarani-caiová Denilson Barbosa, de 15 anos, morto por um fazendeiro de Caarapó (MS) no último dia 17, foram incluídos no Programa de Proteção a Testemunhas, do Ministério da Justiça. O corpo dele foi encontrado domingo com um tiro na cabeça na estrada que liga Caarapó a Dourados, região sul de Mato Grosso do Sul, onde se concentra os maiores conflitos agrários entre índios e fazendeiros.
O caso fez com que a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, da Presidência da República, Maria do Rosário, fosse ao Estado no início da semana, para conversar com o governador André Puccinelli (PMDB) e cobrar agilidade nas investigações e “punição exemplar” dos culpados pelo crime. O fazendeiro Orlando Gonçalves Carneiro se apresentou um dia depois do crime e confessou que atirou no índio, mas foi liberado para responder o inquérito de homicídio em liberdade.
De acordo com o delegado regional de Polícia de Dourados, Carlos Videira, a perícia entregou nesta quinta-feira o laudo que confirma o argumento do fazendeiro Orlandino Gonçalves Carneiro, de que ele atirou de longe para assustar os indígenas que teriam invadido a sua propriedade para pescar num açude. Um garoto de 11 anos, irmão de Denilson, e o cunhado dele, um rapaz de 20 anos, desmentem a versão do fazendeiro e disseram em depoimento à polícia que os tiros foram disparados à queima-roupa.
Segundo o delegado, o fazendeiro Orlandino Gonçalves confessou que atirou e disse que estava sozinho no dia. Mas o cunhado do índio morto afirma que ao serem atacados pelo fazendeiro e seguranças, ele e o menino foram embora e quando estavam na estrada viram a caminhonete do fazendeiro fazendo manobra para retornar, depois de jogarem o corpo de Denilson na estrada. Por isso, a polícia agora quer esclarecer se mais pessoas acompanhavam o fazendeiro. Um dos pontos que a polícia quer esclarecer é como o fazendeiro, sozinho, conseguiu pegar Denilson do açude onde caiu atingido pelo tiro, colocá-lo na carroceria do veículo e depois jogar o corpo na estrada.
No depoimento, Orlandino Gonçalves disse que estava levando Denilson para o hospital quando viu na estrada um grupo de pessoas que ele acreditava serem índios. Com medo, teria abandonado o índio e fugido.
— Queremos agora que o fazendeiro responda como, no escuro, usando um farolete, conseguiu ver os índios na estrada e como conseguiu sozinho carregar o índio ferido — afirmou o delegado.
O assistente técnico da Funai de Dourados, Diógenes Cariaga, disse que os nove parentes de Denilson Barbosa foram incluídos no programa de proteção a testemunha, por causa das ameaças que vem sofrendo e dos atentados ao acampamento indígena. O corpo de Denilson Barbosa foi enterrado na fazenda em que foi morto e desde o enterro cerca de 300 guarani-caiová montaram barracos no local. Ontem, várias entidades internacionais dos direitos humanos estiveram no local, entre elas a Anistia Internacional, para fazer um manifesto em defesa dos guarani-caiowá.
De acordo com o delegado regional de Polícia de Dourados, Carlos Videira, a perícia entregou nesta quinta-feira o laudo que confirma o argumento do fazendeiro Orlandino Gonçalves Carneiro, de que ele atirou de longe para assustar os indígenas que teriam invadido a sua propriedade para pescar num açude. Um garoto de 11 anos, irmão de Denilson, e o cunhado dele, um rapaz de 20 anos, desmentem a versão do fazendeiro e disseram em depoimento à polícia que os tiros foram disparados à queima-roupa.
Segundo o delegado, o fazendeiro Orlandino Gonçalves confessou que atirou e disse que estava sozinho no dia. Mas o cunhado do índio morto afirma que ao serem atacados pelo fazendeiro e seguranças, ele e o menino foram embora e quando estavam na estrada viram a caminhonete do fazendeiro fazendo manobra para retornar, depois de jogarem o corpo de Denilson na estrada. Por isso, a polícia agora quer esclarecer se mais pessoas acompanhavam o fazendeiro. Um dos pontos que a polícia quer esclarecer é como o fazendeiro, sozinho, conseguiu pegar Denilson do açude onde caiu atingido pelo tiro, colocá-lo na carroceria do veículo e depois jogar o corpo na estrada.
No depoimento, Orlandino Gonçalves disse que estava levando Denilson para o hospital quando viu na estrada um grupo de pessoas que ele acreditava serem índios. Com medo, teria abandonado o índio e fugido.
— Queremos agora que o fazendeiro responda como, no escuro, usando um farolete, conseguiu ver os índios na estrada e como conseguiu sozinho carregar o índio ferido — afirmou o delegado.
O assistente técnico da Funai de Dourados, Diógenes Cariaga, disse que os nove parentes de Denilson Barbosa foram incluídos no programa de proteção a testemunha, por causa das ameaças que vem sofrendo e dos atentados ao acampamento indígena. O corpo de Denilson Barbosa foi enterrado na fazenda em que foi morto e desde o enterro cerca de 300 guarani-caiová montaram barracos no local. Ontem, várias entidades internacionais dos direitos humanos estiveram no local, entre elas a Anistia Internacional, para fazer um manifesto em defesa dos guarani-caiowá.
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