carta maior
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Portugueses vão às ruas contra os cortes de gastos públicos
“Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!” foi o mote das manifestações deste final de semana que reuniram pelo menos um milhão e meio de portugueses nas ruas do país e exigiram a demissão do governo do primeiro-ministro social-democrata Passos Coelho. O termo troika tem sido usado como referência às equipes constituídas por membros de Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional que têm avalizado amplos cortes de gastos públicos em países como Portugal, Irlanda e Grécia.
Esquerda.net
Lisboa – Pelo menos um milhão e meio de portugueses protestaram neste sábado (2), segundo estimativadas divulgadas na imprensa do país, contra as medidas de austeridade do governo nacional, apoiadas pela União Européia. Em Lisboa foram 800 mil.
Ao som de “Grândola, Vila Morena”, canção que embalou os protestos da Revolução dos Cravos (1974), os manifestantes percorreram as ruas da baixa de Lisboa entoando palavras de ordem como "O povo unido jamais será vencido", "Governo para a rua já", "Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal, a nossa luta é internacional", "A rua é nossa" e "A luta continua, troika para a rua".
No Porto, cerca de 400 mil pessoas se reuniram numa das maiores manifestações já realizadas na cidade. A Praça da Batalha tornou-se pequena para receber tantos manifestantes, que acabaram também por ocupar as ruas circundantes. Estiveram presentes apoiadores de grupos de direitos humanos, liberdade sexual, aposentados e desempregados. Houve confrontos com a polícia e ao menos duas detenções foram realizadas.
Em Braga, sete mil pessoas encheram as ruas de cravos vermelhos e exigiram mudanças, emocionando-se ao frisarem que "não foi para isto" que lutaram. A manifestação contou com uma performance de teatro e com a participação de vários músicos, que enriqueceram o protesto com o som de guitarras portuguesas, braguesas e cavaquinhos.
O cantor e músico Carlos Mendes disse à agência Lusa que a manifestação “era uma coisa impensável” quando, há algumas semanas, integrou o grupo de pessoas que foi cantar a ‘Grândola, Vila Morena’ no plenário da Assembleia da República, interrompendo o primeiro-ministro português Passos Coelho.
“Até fico emocionado. Já não se via tanta gente junta há muito tempo”, afirmou”. E acrescentou: “Nos esportes costuma se dizer que cheira a gol. Agora me cheira revolução, mudança”.
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, disse que o governo “sabe que está por um fio” e “tornou-se um problema que impede a solução” para a saída da crise. “Este governo não tem legitimidade política, moral e ética para continuar a governar”, sublinhou.
Por seu lado, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, disse esperar que os governantes ouçam a voz dos portugueses. "Contrariamente ao que muita gente gosta de fazer crer, [nem] o primeiro-ministro, nem os banqueiros, nem outros são os patrões deste país, nós é que somos", disse à agência Lusa.
O eurodeputado do PCP João Ferreira disse que a manifestação foi uma afirmação da exigência da demissão do governo. "Estamos perante uma torrente que cresce, que engrossa, e que vai continuar nos próximos dias, com essa exigência, dar a palavra ao povo perante um governo que há muito tempo perdeu a sua legitimidade", afirmou.
Ao som de “Grândola, Vila Morena”, canção que embalou os protestos da Revolução dos Cravos (1974), os manifestantes percorreram as ruas da baixa de Lisboa entoando palavras de ordem como "O povo unido jamais será vencido", "Governo para a rua já", "Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal, a nossa luta é internacional", "A rua é nossa" e "A luta continua, troika para a rua".
No Porto, cerca de 400 mil pessoas se reuniram numa das maiores manifestações já realizadas na cidade. A Praça da Batalha tornou-se pequena para receber tantos manifestantes, que acabaram também por ocupar as ruas circundantes. Estiveram presentes apoiadores de grupos de direitos humanos, liberdade sexual, aposentados e desempregados. Houve confrontos com a polícia e ao menos duas detenções foram realizadas.
Em Braga, sete mil pessoas encheram as ruas de cravos vermelhos e exigiram mudanças, emocionando-se ao frisarem que "não foi para isto" que lutaram. A manifestação contou com uma performance de teatro e com a participação de vários músicos, que enriqueceram o protesto com o som de guitarras portuguesas, braguesas e cavaquinhos.
O cantor e músico Carlos Mendes disse à agência Lusa que a manifestação “era uma coisa impensável” quando, há algumas semanas, integrou o grupo de pessoas que foi cantar a ‘Grândola, Vila Morena’ no plenário da Assembleia da República, interrompendo o primeiro-ministro português Passos Coelho.
“Até fico emocionado. Já não se via tanta gente junta há muito tempo”, afirmou”. E acrescentou: “Nos esportes costuma se dizer que cheira a gol. Agora me cheira revolução, mudança”.
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, disse que o governo “sabe que está por um fio” e “tornou-se um problema que impede a solução” para a saída da crise. “Este governo não tem legitimidade política, moral e ética para continuar a governar”, sublinhou.
Por seu lado, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, disse esperar que os governantes ouçam a voz dos portugueses. "Contrariamente ao que muita gente gosta de fazer crer, [nem] o primeiro-ministro, nem os banqueiros, nem outros são os patrões deste país, nós é que somos", disse à agência Lusa.
O eurodeputado do PCP João Ferreira disse que a manifestação foi uma afirmação da exigência da demissão do governo. "Estamos perante uma torrente que cresce, que engrossa, e que vai continuar nos próximos dias, com essa exigência, dar a palavra ao povo perante um governo que há muito tempo perdeu a sua legitimidade", afirmou.
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