As falhas do projeto - aprovado pela Assembleia Legislativa e pelo governo do estado - e os impactos socioambientais que podem ser gerados por conta do zoneamento foram discutidos pela sociedade mato-grossense em maio, durante seminário que contou com a participação de indígenas, movimentos sociais, pesquisadores e parlamentares. O resultado dessa discussão foi uma carta contendo os pontos levantados e que será entregue aos representantes dos órgãos federais.
Entre os problemas destacados, estão a eliminação de terras indígenas, a redução de áreas voltadas à conservação e à proteção de recursos hidrícos, a falta de reconhecimento das áreas de agricultura familiar e a expansão de zonas destinadas à agricultura e à pecuária de alto impacto.
Os problemas com o zoneamento levaram representantes do Ministério Público no estado a entrar com ação pública, com pedido de liminar. A ação diz que "o zoneamento revela-se um instrumento com enorme potencial de ser propulsor de graves prejuízos ambientais e econômicos ao estado de Mato Grosso, merecendo assim a pronta intervenção do Poder Judiciário para anulá-la, em nome da higidez do ambiente, da sustentabilidade econômica, da qualidade de vida e do bem-estar da sociedade mato-grossense".
Participam da reunião, às 9h no Ministério da Agricultura, organizações como o Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto Socioambiental (ISA), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amâzonia (Ipam), a Operação Amzônia Nativa (Opan), o Fórum Mato-Grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad) e o Grupo de Trabalho e Mobilização Social (GTMS), integrado por mais de 130 instituições e movimentos sociais.
Edição: Graça Adjuto
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