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21 de Setembro de 2011
Dois dos acusados de matar o casal de ambientalistas e líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo Silva foram presos pelas polícias Civil e Militar do Pará no último domingo (18). Os irmãos José Rodrigues Moreira, tido como mandante, e Lindojonson Silva Rocha, indiciado como executor, foram capturados em operação que envolveu cerca de 60 homens. Eles estavam foragidos desde o final de julho, quando foi decretado o pedido de prisão.
Segundo o inquérito, o casal foi morto pela disputa por um lote designado a extrativistas pelo Instituto Nacional de Conservação e Reforma Agrária (Incra). A outra linha de investigação que conectava os assassinatos com a extração ilegal de madeira na região foi descartada. Contudo, pondera o procurador federal Tiago Modesto Rabelo, “grilagem e extração de madeira estão sempre correlacionadas”. O casal vinha denunciando a atuação de madeireiras ilegais que levaram ao fechamento de 10 serrarias de castanheiras na região, cinco em Nova Ipixuna, Pará.
Segundo o inquérito, o casal foi morto pela disputa por um lote designado a extrativistas pelo Instituto Nacional de Conservação e Reforma Agrária (Incra). A outra linha de investigação que conectava os assassinatos com a extração ilegal de madeira na região foi descartada. Contudo, pondera o procurador federal Tiago Modesto Rabelo, “grilagem e extração de madeira estão sempre correlacionadas”. O casal vinha denunciando a atuação de madeireiras ilegais que levaram ao fechamento de 10 serrarias de castanheiras na região, cinco em Nova Ipixuna, Pará.
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Apesar de protegidas por lei, as árvores têm sido alvo de madeireiros e carvoeiros, impossibilitando sua exploração sustentável. Segundo relatório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), “o avanço da fronteira agrícola na Amazônia vem reduzindo progressivamente o extrativismo da castanha”. Apesar dos vários usos da castanheira, afirma, sua participação no mercado interno e nas exportações só poderá crescer se houver uma política de estímulo ao produtor, “mantendo o homem na floresta e aumentando a produção extrativista”.
Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo foram mortos em uma emboscada no final de maio, em Nova Ipixuna. Ouvidos nesta segunda-feira (19), os acusados negam envolvimento no crime. No entanto, segundo Silvio Maues, diretor de Polícia Judiciária do Interior do estado, “estão claros os interesses deles nas mortes”. Ele afirma que agora a polícia está concentrada em encontrar Alberto Lopes do Nascimento, também indiciado como executor dos assassinatos.
Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo foram mortos em uma emboscada no final de maio, em Nova Ipixuna. Ouvidos nesta segunda-feira (19), os acusados negam envolvimento no crime. No entanto, segundo Silvio Maues, diretor de Polícia Judiciária do Interior do estado, “estão claros os interesses deles nas mortes”. Ele afirma que agora a polícia está concentrada em encontrar Alberto Lopes do Nascimento, também indiciado como executor dos assassinatos.
Para José Batista Afonso, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Pará, além de ignorar evidência de outros envolvidos, “a prisão é apenas o primeiro passo no processo de luta por justiça. Ele não pode cair na gaveta como os outros casos de morte de lideranças ambientais que tramitam há 10, 15 anos. É necessário que o judiciário dê celeridade ao procedimento”, afirma. Segundo dados da CPT, 18 pessoas foram mortas por conflitos agrários no estado em 2010.
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