sexta-feira, 8 de julho de 2011

KEKA WERNECK - PRESÍDIO CARUMBÉ

fonte: 24 news
http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=376006


07/07/2011 - 14h42
Carumbé mudou de nome, mas ainda é "depósito de humanos", aponta relatório Keka Werneck
com Redação 24 Horas News


Relatório de visita feita por uma comissão de Direitos Humanos ao antigo Presídio do Carumbé, atual Centro de Ressocialização de Cuiabá, no dia 17 de maio deste ano, aponta que mudou o nome da instituição em 2007, mas o Carumbé continua sendo “depósito de humanos”. A superpopulação carcerária é um dos absurdos identificados no Carumbé pela comissão. Com capacidade para 398 presos, o Carumbé tem hoje 1.470. Há celas para 10 pessoas sendo ocupada por 32 ou mais.


A comissão foi tirada do Fórum de Direitos Humanos e da Terra – Mato Grosso e vai continuar visitando unidades prisionais, fazendo um diagnóstico do setor. A comissão fez a visita acompanhada pelo Secretário Adjunto de Direitos Humanos, Genilto Nogueira, com a presença da Diretora Adjunta do Presídio, Bromídia Maria da Silva

 
“Todos sabem que a superpopulação gera os mais preocupantes efeitos, como promiscuidade, falta de higiene, comodidade, etc”, destaca o relatório.


O objetivo deste tipo de visita feita pela comissão é verificar o cumprimento dos direitos e a existência de condições dignas e humanas aos reeducandos, conforme determina a legislação brasileira.


Na visita, a comissão verificou as condições física e materiais, assistência à saúde e social, assistência jurídica, assistência educacional, assistência religiosa, segurança e trabalho. E, ao final do relatório, aponta sugestões para mudar o cenário desumano.


Para Itacir Rodrigues de Campos, advogado, membro da Associação de Defesa dos Direitos do Cidadão (ADDC) e da comissão de Direitos Humanos que visitou o presídio, todos os problemas identificados violam os direitos humanos dos reeducandos. “Faço minhas as palavras do Doutor Luiz Flávio Gomes: ‘o sistema penitenciário brasileiro é uma bomba-relógio que corre o seríssimo risco de gerar incontáveis explosões, com tragédias humanas incalculáveis’."

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