O nome do centro é para lembrar a luta de Henrique Trindade e seus colegas pela posse da terra, em Capão Verde, MT. Henrique foi assassinado no dia 04/09/1981, em sua casa, na roça, numa chuvosa noite de sábado, por policias acompanhados de um delegado de polícia. Os acusados confessaram o crime, o Ministério Pública fez a denúncia, mas o judiciário não concluiu o processo, sendo que em 2006 arquivou o mesmo.
O caso foi encaminhado para a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Este condenou o Brasil e solicitou acordo com as partes.
No dia 27 de junho de 2011, fui convocado para acompanhar, em Cuiabá, a mediação do do Governo Brasileiro e Governo do Estado para elaborar os termos do acordo. Os termos do acordo estão previstos na petição que encaminhamos, junto com a SEJIL, e se orientam pelo pacto de indenização da referida corte. São 3 vertentes:
1. Reparação individual (para a Dona Teodomila e para juvenal (filho baleado, mas que sobreviveu).
2. Reparação moral pública
3. Política de não repetição (melhores cursos de direitos humanos para policiais,varas especializadas para tratar das questões agrárias, Escola modelo com o nome de Henrique Trindade, cursos de agricultura familiar na região de Campão Verde).
O documento está sendo elaborado e será encaminhado para a OEA. Se for assinado, a OEA vai acompanhar a execução do acordo.
Durante mais de vinte anos escutamos que não adianta lutar, porque seria mais um caso para o esquecimento. No entanto, direitos humanos não prescrevem.
Teobaldo Witter
(testemunho em 07 de julho de 2011)
Chesshire: mist covered fields
Tenho esperança? Não tenho.
Tenho vontade de a ter?
Não sei. Ignoro a que venho,
Quero dormir e esquecer.
Se houvesse um bálsamo da alma,
Que a fizesse sossegar,
Cair numa qualquer calma
Em que, sem sequer pensar,
Pudesse ser toda a vida,
Pensar todo o pensamento -
Então [...]
~ Fernando Pessoa
*..*.
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