quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Jogos olímpicos de inverno na Rússia evidenciam violência homofóbica

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Jogos olímpicos de inverno na Rússia evidenciam violência homofóbica

Adital
Os jogos olímpicos de inverno de Sochi na Rússia tiveram início no último dia 07 deste mês e, para além de evidenciar o momento esportivo, passaram a chamar a atenção do mundo pelo desrespeito do país sede à Carta Olímpica, que tem em um dos seus princípios o da não discriminação. A Rússia continua omissa em relação aos casos de discriminação conta grupos LGBT (Lésbicas, Gay, Bissexuais e Transexuais).
Segundo a ONG humans Rights Wacth, as autoridades russas devem agir mais incisivamente contra os graves abusos e crimes comentidos contra as pessoas e ativistas LGBT. A omissão do governo russo estaria alimentando cada vez mais a intolerância e violência. A ONG salienta que a Rússia agora é o centro das atenções mundiais não apenas por sediar os jogos olímpicos de inverno, mas pela atitude de intolerância, violência, desrespeito e omissão das autoridades a respeito de crimes contra os direitos humanos.
A pesquisadora da Humans Right Watch Tanya CooperLas afirma que as autoridades russas tem o poder de proteger os direitos das pessoas LGBT, mas, ao invés disso, estão ignoram sua responsabilidade. As vítimas de homofobia e crimes de ódio relatam que, desde o final de 2013, os crimes e intolerância tem se intensificado na Rússia.
A Humans Rights Watch ouviu vítimas oriundas das cidades de Moscou, São Petersburgo e Novosibirik, que relataram espancamentos, sequestros e abusos psicológicos provocados por pessoas que são contra os grupos LGBT. Muitas vítimas têm medo de ir à polícia para denunciar os crimes, pois temem futuras represálias e até a falta de empenho da polícia russa para elucidar os casos e punir os culpados.
A ONG destaca que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse, durante uma visita a uma das instalações olímpicas, em janeiro deste ano, que os homossexuais eram bem vindos a Sochi. No entanto, ele também pediu para que os homossexuais deixassem as crianças em paz. Na Rússia, há uma distorcida relação entre homossexualidade e pedofilia, além de leis repressivas e infundadas que incitam à violência homofóbica, informa a Humans Right Watch.
Para a Anistia Internacional, O Comitê Olímpico Internacional (COI) não deve ignorar as graves violações e desrespeito aos direitos humanos durante a realização dos Jogos Olímpicos de Sochi. A entidade reuniu mais de 330 mil assinaturas com o intuito de pedir ao presidente Putin para que as leis repressivas na Rússia sejam revogadas. Mesmo com essa iniciativa, o país tem se mostrado omisso e intolerante para com a reivindicação.
O secretário geral da Anistia frisa que as autoridades russas devem seguir os princípios que formam a base da Carta Olímpica, de respeitar o espírito de amizade, solidariedade e de jogo limpo. Além dos casos de homofobia, a Anistia Internacional destaca o caso de assédio e abusos contra os ambientalistas Igor Kharchenko e Evgeny Vitishko, que fazem parte de uma organização no norte do Cáucaso Watcher Ambiental em Krasnodar. Os ambientalistas foram presos e receberam tratamentos impróprios. A entidade defende que ambos são prisioneiros de consciência.

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