sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Supostos grupos de ultra direita realizam protestos violentos no Dia da Independência

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Supostos grupos de ultra direita realizam protestos violentos no Dia da Independência

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Os venezuelanos se reuniram nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, em diferentes locais de Caracas para comemorar os 200 anos da "Batalha da Vitória”, fato histórico que marca a guerra de independência do país. Nesse mesmo dia também é comemorado o Dia da Juventude, em homenagem aos jovens que morreram durante o conflito. No entanto, a celebração virou protesto por parte de venezuelanos acusados de serem partidários da direita e que são contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
Os protestos foram violentos e deixaram pelo menos três mortos, além de dezenas de feridos. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, informou que o protesto ocasionou a morte de Juancho, um líder revolucionário do movimento "Del 23 de enero”. Segundo a agência Aporrea, Cabello declarou após os protestos: "Facistas, assassinos, e depois falam de dialógo (...). Lamentamos que um fato como esse nos deixe de luto na celebração dos 200 anos (...). O assassino do camarada Juancho não vai ficar impune”.
O parlamentar disse ainda que Leopoldo López e Maria Machado [líderes da extrema direita] seriam os responsáveis pelo ocorrido, o povo da Venezuela não deixará que eles governem o país (...). O peso da lei deve cair sobre os responsáveis, eles só têm um objetivo: tomar todo o país (...). A unidade civil-militar garante a revolução bolivariana, o povo está na rua organizado, sem anarquia".
A agência Yvke informou que o presidente Nicolás Maduro discursou ao chegar ao ponto final da caminhada em comemoração ao Dia da juventude, aproveitando par alertar que "grupos fascistas da direita” teriam sido os responsáveis pelos ataques à residência do governador Vielma [José Gregorio Vielma Mora, governador do Estado de Táchira], e que os mesmos pretendiam "manchar o brilho da comemoração com violência e mortes”. Maduro sustentou suas denúncias contra os supostos grupos fascistas e afirmou que setores políticos que querem expressar suas opiniões podem fazê-lo, porém de forma pacífica e com respeito ao povo.
O alerta de Maduro ocorreu pouco tempo depois de fatos violentos terem eclodido nos estados de Táchira e Merídia, onde, segundo o governo venezuelano, a influência do militante da ultra direita conhecido pela violência em suas ações, Leopoldo Lopéz, é intensa.
Ainda de acordo com as agência Yvke, a procuradora geral Luiza Ortega Diaz anunciou a morte de duas pessoas, além dos danos causados a seis patrulhas da Cicpc e 28 feridos, entre eles vários funcionários públicos.
Os mortos foram identificados como Juan Montoya, membro do movimento 23 del Enero, e o estudante da Universidade Humboldt, Badil Da Acosta. Uma terceira morte ocorreu em Chacon. Segundo relatos os assassinos estavam em uma moto preta sem identificação e desferiram tiros, um dos tiros atingiu José Roberto Rodman Orozc na cabeça.
A Coordenação Latino-Americana de Movimentos Territoriais Urbanos, em nota pública, afirmam que a Venezuela nunca se submeterá à oposição fascista e que prezam pela continuação digna do legado de Hugo Chávez, além de defender a luta a favor do socialismo.

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