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http://www.ihu.unisinos.br/noticias/515499-forca-nacional-entra-em-belo-monte
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A Força Nacional de Segurança Pública entrou em Belo Monte. Ontem, apurou o Valor, um grupo de aproximadamente 20 homens da Força, que é vinculada ao Ministério da Justiça, chegou em Altamira para apoiar as ações de segurança nos canteiros de obra da hidrelétrica, que teve a sua construção iniciada há quase um ano e meio, no rio Xingu, no Pará.
Ao todo, a Força Nacional já conta com cerca de 40 homens na região. Os trabalhos na usina tiveram retorno parcial na noite de ontem. Desde a última sexta-feira, uma série de ações de vandalismo tomou conta dos canteiros de obra da usina. No sábado, um grupo de aproximadamente 30 homens encapuzados entrou em um dos quatro canteiros de obra da usina e iniciou as ações criminosas. No domingo, foi a vez de um segundo canteiro ser invadido. Houve incêndio de ônibus e caminhões, destruição de alojamentos e escritórios, pessoas feridas, roubos e quebra-quebra. Por segurança, o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) optou pela paralisação de 14 mil funcionários.
Ao todo, a Força Nacional já conta com cerca de 40 homens na região. Os trabalhos na usina tiveram retorno parcial na noite de ontem. Desde a última sexta-feira, uma série de ações de vandalismo tomou conta dos canteiros de obra da usina. No sábado, um grupo de aproximadamente 30 homens encapuzados entrou em um dos quatro canteiros de obra da usina e iniciou as ações criminosas. No domingo, foi a vez de um segundo canteiro ser invadido. Houve incêndio de ônibus e caminhões, destruição de alojamentos e escritórios, pessoas feridas, roubos e quebra-quebra. Por segurança, o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) optou pela paralisação de 14 mil funcionários.
A reportagem é de André Borges e publicada pelo jornal Valor, 14-11-2012.
Ontem, o CCBM fez uma vistoria dos estragos nos canteiros. Ainda não há cálculos precisos sobre os prejuízos.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins (Sintrapav), que representa os trabalhadores na construção da usina, negou qualquer tipo de relação com os atos de vandalismo. As ações ocorreram em meio as negociações da data-base da categoria. Basicamente, o Sintrapav quer uma equiparação salarial dos funcionários de Belo Monte com aqueles que atuam nas usinas de Jirau e Santo Antônio, que estão em estágio avançado de obras no rio Madeira, em Porto Velho (RO). O Valor tentou falar com o CCBM, mas não conseguiu contato até o fechamento desta edição.
Em março do ano passado, a Força Nacional atendeu um chamado da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia, por conta da violência que pôs abaixo os canteiros da obra de Jirau. Neste ano, a secretaria voltou a pedir ajuda da Força, por conta de tensões causadas durante as negociações salariais dos trabalhadores. Tal como acontece em Belo Monte, Jirau e Santo Antônio foram marcadas por forte disputa de sindicatos, que travam uma verdadeira guerra para obter a representação dos trabalhadores.
No caso de Belo Monte, o sindicato oficial é o Sintrapav do Pará, que tem sua gestão criticada pelo Conlutas, central que já disputou a representatividade dos funcionários da região.
A sequência de paralisações na maior hidrelétrica do país coloca cada vez mais pressão sobre o cronograma. O consórcioNorte Energia, dono do empreendimento, garante que tem seu cronograma mantido, apesar da série de paralisações dos últimos meses. Até agosto, a obra já havia consumido investimentos de R$ 5 bilhões, montante que deverá chegar a cerca de R$ 7 bilhões até o fim do ano.
A usina terá duas casas de força para geração, portanto, duas barragens. A primeira turbina da barragem complementar (Pimental) tem previsão de ser ligada em fevereiro de 2015. Na casa de força principal (Belo Monte), as máquinas devem funcionar de maneira gradativa a partir de março de 2016. Conforme adiantou o Valor ontem, cinco suspeitos foram detidos pela polícia civil no Pará. Há indícios de que essas pessoas teriam ligação com o Conlutas, versão que até o momento é negada pelo sindicato.
Ontem, o CCBM fez uma vistoria dos estragos nos canteiros. Ainda não há cálculos precisos sobre os prejuízos.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins (Sintrapav), que representa os trabalhadores na construção da usina, negou qualquer tipo de relação com os atos de vandalismo. As ações ocorreram em meio as negociações da data-base da categoria. Basicamente, o Sintrapav quer uma equiparação salarial dos funcionários de Belo Monte com aqueles que atuam nas usinas de Jirau e Santo Antônio, que estão em estágio avançado de obras no rio Madeira, em Porto Velho (RO). O Valor tentou falar com o CCBM, mas não conseguiu contato até o fechamento desta edição.
Em março do ano passado, a Força Nacional atendeu um chamado da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia, por conta da violência que pôs abaixo os canteiros da obra de Jirau. Neste ano, a secretaria voltou a pedir ajuda da Força, por conta de tensões causadas durante as negociações salariais dos trabalhadores. Tal como acontece em Belo Monte, Jirau e Santo Antônio foram marcadas por forte disputa de sindicatos, que travam uma verdadeira guerra para obter a representação dos trabalhadores.
No caso de Belo Monte, o sindicato oficial é o Sintrapav do Pará, que tem sua gestão criticada pelo Conlutas, central que já disputou a representatividade dos funcionários da região.
A sequência de paralisações na maior hidrelétrica do país coloca cada vez mais pressão sobre o cronograma. O consórcioNorte Energia, dono do empreendimento, garante que tem seu cronograma mantido, apesar da série de paralisações dos últimos meses. Até agosto, a obra já havia consumido investimentos de R$ 5 bilhões, montante que deverá chegar a cerca de R$ 7 bilhões até o fim do ano.
A usina terá duas casas de força para geração, portanto, duas barragens. A primeira turbina da barragem complementar (Pimental) tem previsão de ser ligada em fevereiro de 2015. Na casa de força principal (Belo Monte), as máquinas devem funcionar de maneira gradativa a partir de março de 2016. Conforme adiantou o Valor ontem, cinco suspeitos foram detidos pela polícia civil no Pará. Há indícios de que essas pessoas teriam ligação com o Conlutas, versão que até o momento é negada pelo sindicato.
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