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http://www.ihu.unisinos.br/noticias/515332-corpo-de-indio-desaparecido-apos-conflito-com-pf-e-achado
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Índios mundurucus localizaram ontem o corpo de um integrante da etnia que estava desaparecido desde o confronto de anteontem com agentes da Polícia Federal às margens do rio Teles Pires, na divisa de Mato Grosso e Pará.
Segundo o relato dos índios, o corpo de Adenílson Krixi Mundurucu, 28, tinha marca de tiro na cabeça.
"O corpo foi achado com dois tiros nas pernas e um na cabeça. Foi uma covardia o que fizeram, um verdadeiro massacre. Estamos com muito medo", afirmou à reportagem o índio Sandro Waru Munduruku, filho do cacique da aldeia Teles Pires.
Segundo o relato dos índios, o corpo de Adenílson Krixi Mundurucu, 28, tinha marca de tiro na cabeça.
"O corpo foi achado com dois tiros nas pernas e um na cabeça. Foi uma covardia o que fizeram, um verdadeiro massacre. Estamos com muito medo", afirmou à reportagem o índio Sandro Waru Munduruku, filho do cacique da aldeia Teles Pires.
A reportagem é de Rodrigo Vargas e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 09-11-2012.
Até o fim da tarde de ontem, a PF ainda confirmava somente oito pessoas feridas: dois policiais, atingidos por flechas, e seis índios.
Dois índios, com ferimentos a bala nos braços e nas pernas, foram transferidos para Cuiabá, capital do Estado, onde aguardam cirurgia. Segundo a direção do hospital, ambos estão em condição estável, sem risco de morte.
Rainery Quintino, coordenador da Funai em Jacareacanga, no sul do Pará, confirmou a morte do índio e disse que uma equipe do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) do rio Tapajós estava a caminho da área do conflito levando um caixão.
A ação da PF fazia parte da Operação Eldorado, que combate uma rede de exploração de garimpos ilegais de ouro na região. Líderes das etnias mundurucu e caiabi, segundo as investigações, participavam do suposto esquema.
As duas etnias ocupam áreas vizinhas no entorno do rio Teles Pires. As terras mundurucus ficam somente no lado do Pará, enquanto o território dos caiabis se estende também por Mato Grosso.
Waru Munduruku disse que o pai do índio morto no confronto viu quando o filho foi atingido e aponta um delegado da PF (um dos feridos) como o autor dos disparos.
"O pai dele viu o delegado atirando. Depois ele passou um rádio para nós e falou: 'O meu filho levou um tiro e está desaparecido'. A PF falou para ele: 'O seu filho está vivo por aí'", relatou Waru. "Achamos o corpo e estamos revoltados", afirmou.
A insatisfação dos índios não se resume à atuação da PF no confronto. Segundo o índio, a aldeia foi alvo do que chamou de "ataque".
"Nós queremos saber por que o delegado invadiu a aldeia, jogando bombas de efeito moral, atirando com bala de borracha nas pessoas, atirando nas casas e amedrontando nossas crianças. A operação era somente no rio."
Segundo relato de policiais, a PF entrou na aldeia em razão do conflito ocorrido no rio. Segundo eles, o objetivo era verificar a existência de armamentos escondidos e atender feridos.
Após o confronto, 17 índios foram detidos e levados para prestar esclarecimentos na Superintendência da Polícia Federal em Sinop, norte de Mato Grosso. Até o fim da tarde de ontem, não havia relatos sobre os depoimentos.
Até o fim da tarde de ontem, a PF ainda confirmava somente oito pessoas feridas: dois policiais, atingidos por flechas, e seis índios.
Dois índios, com ferimentos a bala nos braços e nas pernas, foram transferidos para Cuiabá, capital do Estado, onde aguardam cirurgia. Segundo a direção do hospital, ambos estão em condição estável, sem risco de morte.
Rainery Quintino, coordenador da Funai em Jacareacanga, no sul do Pará, confirmou a morte do índio e disse que uma equipe do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) do rio Tapajós estava a caminho da área do conflito levando um caixão.
A ação da PF fazia parte da Operação Eldorado, que combate uma rede de exploração de garimpos ilegais de ouro na região. Líderes das etnias mundurucu e caiabi, segundo as investigações, participavam do suposto esquema.
As duas etnias ocupam áreas vizinhas no entorno do rio Teles Pires. As terras mundurucus ficam somente no lado do Pará, enquanto o território dos caiabis se estende também por Mato Grosso.
Waru Munduruku disse que o pai do índio morto no confronto viu quando o filho foi atingido e aponta um delegado da PF (um dos feridos) como o autor dos disparos.
"O pai dele viu o delegado atirando. Depois ele passou um rádio para nós e falou: 'O meu filho levou um tiro e está desaparecido'. A PF falou para ele: 'O seu filho está vivo por aí'", relatou Waru. "Achamos o corpo e estamos revoltados", afirmou.
A insatisfação dos índios não se resume à atuação da PF no confronto. Segundo o índio, a aldeia foi alvo do que chamou de "ataque".
"Nós queremos saber por que o delegado invadiu a aldeia, jogando bombas de efeito moral, atirando com bala de borracha nas pessoas, atirando nas casas e amedrontando nossas crianças. A operação era somente no rio."
Segundo relato de policiais, a PF entrou na aldeia em razão do conflito ocorrido no rio. Segundo eles, o objetivo era verificar a existência de armamentos escondidos e atender feridos.
Após o confronto, 17 índios foram detidos e levados para prestar esclarecimentos na Superintendência da Polícia Federal em Sinop, norte de Mato Grosso. Até o fim da tarde de ontem, não havia relatos sobre os depoimentos.
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