segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Hanseníase em MG: Atrás da cortina de bambu

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http://www.apublica.org/Reportagem-Publica/portfolio/atras-da-cortina-de-bambu/


Hanseníase em MG: Atrás da cortina de bambu

Hanseníase em MG: Atrás da cortina de bambu

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A Colônia Padre Damião, fundada em 1945 e hoje denominada Casa de Saúde Padre Damião, recebeu, por mais de trinta anos, através de internação compulsória, portadores de hanseníase. Localizada no município de Ubá, reúne antigos internos e seus descendentes, em área ainda pertencente ao governo estadual. A colônia, como até hoje é conhecida, é mantida pelo Complexo de Reabilitação e Atenção ao Idoso, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais.
Sobre o autor:
Renata Meffe
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Como será feito:
A investigação será realizada na zona rural de Ubá e em Juiz de Fora, cidade onde vivo. Em Ubá fica a antiga Colônia Padre Damião. Em Juiz de Fora, encontra-se o Educandário Carlos Chagas, orfanato que recebia os filhos recém nascidos separados dos pais internos na colônia. Algumas dessas crianças, hoje adultos, ainda vivem na cidade.
Não necessito empreender visitas à Ubá, com o objetivo de efetuar pesquisas, porque essas foram realizadas previamente. Desde 2009 frequento a colônia pois tenho amigos na comunidade. Em 2012, comecei a desenvolver uma pesquisa acadêmica no local, no campo da antropologia visual, relacionada ao resgate da história oral a partir de narrativas detonadas a partir da observação de fotografias antigas. A partir desta investigação acadêmica, consegui o apoio, junto ao Canal Futura, para a produção de um mini documentário, denominado ¨Cortina de Bambu¨. A reportagem documental está ainda em fase de produção e será apresentada no programa Sala de Notícias.
As pesquisas e entrevistas para o minidoc apontaram para questões, descritas na proposta por mim aqui apresentada, relevantes e passíveis de serem investigadas, mas que, infelizmente, devido à curta duração do minidoc (13 minutos), não poderiam ser abarcadas pela reportagem videográfica. O projeto Reportagem Pública seria uma oportunidade para o aprofundamento e a apuração de problemáticas levantadas em pesquisas prévias e que, embora não se encaixem no minidoc, merecem visibilidade.
Sendo assim, minhas próximas incursões a Ubá serão já para a realização de entrevistas com antigos internos, profissionais da área de saúde e representantes da Fhemig. Buscarei também, ainda em Ubá, acesso a documentos, tanto dos ex-internos, como da própria Fhemig, relevantes para a investigação. Estimo que sejam necessárias seis idas à Ubá, para entrevistas, visitas a arquivos, além de posterior checagem de informações.
Por telefone, posso realizar eventuais entrevistas com representantes do Morhan que estejam em outras cidades e, em Juiz de Fora, entrevistar antigos moradores do Educandário Carlos Chagas, além de visitar esta instituição e seus arquivos, para a busca de documentação pertinente às investigações.
Como as viagens a Ubá serão empreendidas principalmente nos fins de semana, calculo que o tempo necessário para o processo de apuração, checagem de dados, produção e edição do material fotográfico e redação, seja de três meses.
O que será entregue:
Reportagem estruturada a partir de narrativa textual e registros fotográficos.
Orçamento:
As despesas orçamentárias correspondem a gastos com transporte entre Juiz de Fora, onde moro, e Ubá, cidade em cuja zona rural se localiza a colônia. Incluem também gastos com acomodação, alimentação e comunicação.
O transporte demandaria cerca de 1350 reais em gasolina, calculando, para esta estimativa, seis idas à Ubá.
A estadia em Ubá, para o mesmo número estimado de visitas (e duas noites de hotel em cada visita, resultando em 12 diárias), demandaria aproximadamente 1200 reais.
Os gastos com alimentação nos dias em Ubá (cerca de 15 dias, média de 2 a 3 dias por visita) corresponderiam a cerca de 750 reais (calculando um gasto diário de 50 reais).
Outros gastos corresponderiam a ligações telefônicas interurbanas e para celulares, para agendamento de visitas e/ou entrevistas por telefone: aproximadamente 300 reais.
A partir deste cálculo, as despesas totais resultariam em 3600 reais. A remuneração para o meu trabalho como repórter e fotógrafa seria, portanto, de 2400 reais.

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