Da Redação
Clientes de uma agência bancária passaram por um momento de tensão na tarde desta sexta-feira (20) na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA). Um delegado de polícia entrou no local portando uma arma e, após desentendimentos na fila dos caixas eletrônicos, sacou a arma, assustando os demais.
A Polícia Militar foi chamada para atender a ocorrência, mas ninguém foi detido. De acordo com testemunhas, o delegado João Alencar, da Polícia Civil, tentou furar a fila para saque de dinheiro na agência justamente quando uma mulher estava prestes a ter sua vez de usar o caixa eletrônico.
Ao perceber que perderia a vez, ela avançou, colocando-se à frente do delegado, que reagiu dando um empurrão na cliente. Ela imediatamente começou a chorar e alguns clientes da fila começaram a discutir com o delegado, como afirmou o militar aposentado Evaldo Alves Nazário.
Segundo ele, o delegado logo sacou a arma, intimidando e assustando os demais clientes da agência, dizendo que é delegado. Evaldo lembra também que o delegado chegou a tentar qualificá-lo criminalmente por discutir com ele.
Também presente durante a confusão, o motorista Roberto Cassiano acrescenta que o delegado, após o susto dado nos clientes da agência, retirou-se do local e resolveu ir para uma outra, de outra instituição bancária, a poucos metros de distância na mesma avenida.
A Polícia Militar foi chamada para atender a ocorrência e encontrou o delegado na outra agência. Ele acabou registrando um termo circunstanciado de ocorrência contra dois dos clientes da agência que discutiram e que, segundo ele, ameaçaram-no.
Os dois, por sua vez, devem registrar até amanhã um boletim de ocorrência contra o delegado. Segundo o aspirante da Polícia Militar que mediou o conflito, não houve motivo para algemar nenhum dos envolvidos na situação. Em entrevista, o delegado afirmou que foi ameaçado de lesão corporal pelos clientes do banco. Ele negou ter dado empurrão em qualquer pessoa e afirmou que mostrou a arma com o intuito de acabar com as supostas ameaças. “Não foi feito um saque de arma. O que foi feito foi retirar do meu tornozelo. Tenho porte de arma, minha arma é legal. E, antes a ameaça que estava sentindo ali, de pessoas esquentadas, tirei do meu tornozelo, coloquei na minha cintura e pedi para que cessassem com aquela agressão”, declarou o delegado.
Ao sair da segunda agência, ele defendeu que puxar a arma dentro da agência, sem ter sofrido qualquer tipo de agressão, não foi uma ação desmedida. “A ameaça não significa que eu tenho que levar um tapa na cara para reagir. Eu não preciso apanhar para reagir. Eu simplesmente cessei uma ameaça injusta que estava acontecendo contra a minha pessoa”.
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