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Artigos - Opinião
26.09.2014
[ Brasil ]
Após resultado positivo, movimento pela reforma política luta por plebiscito oficial
Marcela Belchior
Adital
Após o resultado positivo doPlebiscito Popular por Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, no qual 7,7 milhões de brasileiros votaram em favor da proposta, o movimento deve, agora, encaminhar a escolha da população aos três poderes do Estado do Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário. Em entrevista à Adital, o advogado Ricardo Gebrim, membro da coordenação nacional da campanha pelo Plebiscito, afirma que o próximo passo é pressionar o Congresso Nacional a possibilitar que uma consulta oficial seja realizada no país.
"Nós queremos a aprovação de um plebiscito oficial com a mesma pergunta do popular. Isto somente pode ser aprovado pelo Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo. Então, vamos exigir da Câmara dos Deputados que discuta e o aprove”, aponta Gebrim. De acordo com ele, a entrega do resultado aos três poderes que estruturam a política brasileira será realizada nos próximos dias 14 e 15 de outubro, em Brasília, capital do país, dirigida à Presidenta da República, Dilma Rousseff; ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski; e ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros.
Na mesma ocasião, acontecerá a Plenária Nacional (a 5ª plenária da campanha), que pretende reunir entre 1,5 mil e 2 mil participantes dos comitês de campanha de todo o Brasil para discutirem os próximos passos do movimento. O Plebiscito Popular foi realizado entre os dias 1° e 08 de setembro deste ano, levantando quase 8 milhões de votos em todo o país. Um total de 97,05% dos participantes votaram "sim” à proposta, enquanto 2,57% disseram "não” à Constituinte. Brancos (0,2%) e nulos (0,17%) não chegaram a 0,5%.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 24 de setembro, em entrevista coletiva, que reuniu Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Paulo Rodrigues, um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e Paola Estrada, integrante da Secretaria Operativa Nacional do movimento.
Avaliação da organização
Ainda que o objetivo inicial fosse atingir a marca dos 10 milhões de votantes em todo o país, a organização da consulta popular avalia o Plebiscito como vitorioso, superando as expectativas de participação nos vários estados brasileiros. "É um resultado extraordinário, principalmente por ter sido ignorado pela mídia”, afirmou Vagner Freitas, durante a coletiva.
"O (governador Geraldo) Alckmin [do Estado de São Paulo] come um pastelzinho ou toma um cafezinho e vira notícia na mídia. E sobre o plebiscito, que foi apoiado por vários candidatos a Presidente da República, não saiu nada”, acrescentou Paola, criticando a agenda da mídia hegemônica.
João Paulo Rodrigues ressaltou três conquistas da consulta: a demonstração da sociedade de que quer mudanças no sistema político, a grande mobilização em torno do tema e a geração de incentivo para a continuidade da articulação dos movimentos sociais pela reforma política. Apesar da convocação de um plebiscito ser atribuição do Congresso Nacional, Rodrigues diz acreditar que seja possível.
"Nossa disputa será juntamente com a sociedade. Com as forças organizadas e mobilizadas vamos criar um clima e um debate por um novo processo constituinte e não deixar a questão só com o Congresso”, explicou o dirigente do MST.
Leia também:
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Millones de brasileros y brasileras votaron en el Plebiscito Popular por la reforma política
Coalición por la Reforma Política: el fin del financiamiento de campaña por parte de empresas será la gran conquista
"Nós queremos a aprovação de um plebiscito oficial com a mesma pergunta do popular. Isto somente pode ser aprovado pelo Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo. Então, vamos exigir da Câmara dos Deputados que discuta e o aprove”, aponta Gebrim. De acordo com ele, a entrega do resultado aos três poderes que estruturam a política brasileira será realizada nos próximos dias 14 e 15 de outubro, em Brasília, capital do país, dirigida à Presidenta da República, Dilma Rousseff; ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski; e ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros.
Na mesma ocasião, acontecerá a Plenária Nacional (a 5ª plenária da campanha), que pretende reunir entre 1,5 mil e 2 mil participantes dos comitês de campanha de todo o Brasil para discutirem os próximos passos do movimento. O Plebiscito Popular foi realizado entre os dias 1° e 08 de setembro deste ano, levantando quase 8 milhões de votos em todo o país. Um total de 97,05% dos participantes votaram "sim” à proposta, enquanto 2,57% disseram "não” à Constituinte. Brancos (0,2%) e nulos (0,17%) não chegaram a 0,5%.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 24 de setembro, em entrevista coletiva, que reuniu Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Paulo Rodrigues, um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e Paola Estrada, integrante da Secretaria Operativa Nacional do movimento.
Avaliação da organização
Ainda que o objetivo inicial fosse atingir a marca dos 10 milhões de votantes em todo o país, a organização da consulta popular avalia o Plebiscito como vitorioso, superando as expectativas de participação nos vários estados brasileiros. "É um resultado extraordinário, principalmente por ter sido ignorado pela mídia”, afirmou Vagner Freitas, durante a coletiva.
"O (governador Geraldo) Alckmin [do Estado de São Paulo] come um pastelzinho ou toma um cafezinho e vira notícia na mídia. E sobre o plebiscito, que foi apoiado por vários candidatos a Presidente da República, não saiu nada”, acrescentou Paola, criticando a agenda da mídia hegemônica.
João Paulo Rodrigues ressaltou três conquistas da consulta: a demonstração da sociedade de que quer mudanças no sistema político, a grande mobilização em torno do tema e a geração de incentivo para a continuidade da articulação dos movimentos sociais pela reforma política. Apesar da convocação de um plebiscito ser atribuição do Congresso Nacional, Rodrigues diz acreditar que seja possível.
"Nossa disputa será juntamente com a sociedade. Com as forças organizadas e mobilizadas vamos criar um clima e um debate por um novo processo constituinte e não deixar a questão só com o Congresso”, explicou o dirigente do MST.
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