sábado, 10 de maio de 2014

MST mobiliza 18 estados e leva ações da jornada de luta a mais quatro países

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MST mobiliza 18 estados e leva ações da jornada de luta a mais quatro países

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Realizando mais de 60 ocupações de terra e prédios públicos, obstrução de rodovias e promovendo marchas em pelo menos quatro capitais brasileiras, aJornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária já mobilizou 17 estados brasileiros e o Distrito Federal. Além disso, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem realizado ações na Itália, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra.
A Jornada denunciaa estagnação do projeto de Reforma Agrária nos últimos três anos, reivindicando um plano emergencial do governo federal para o assentamento de mais de 100 mil famílias acampadas. Exige também a paralisação do Programa Nacional de Habitação Rural, novo crédito para a agricultura familiar, ampliação e fortalecimento de programas de compra de alimento diretamente dos assentados (PAA e Pnae).
Além disso, reclama a retirada do tema da titulação dos assentados da Medida Provisória nº 636, de 2013, que prevê moldes para a liquidação de créditos concedidos aos assentamentos da Reforma Agrária, para construção, ampliação e reforma de habitação. O movimento quer ainda a implementação de iniciativas que garantam educação nos assentamentos.
Em São Paulo, maior capital brasileira, mais de 1.500 militantes do MST chegaram em marcha e ocuparam o prédio da empresa Odebrecht, na região do Butantã, nesta quinta-feira, 08 de maio. A ação visava a denunciar a atuação da empresa agroindustrial na geração de impactos negativos na vida da população do campo e da cidade.
Em Salvador, Estado da Bahia, no mesmo dia, mais de 3 mil sem terra acamparam em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Eles reivindicam maior celeridade na execução da Reforma Agrária no país e a investigação do assassinato de Fábio Santos, militante do Movimento, morto em 02 de abril de 2013, na cidade de Iguaí.
Outras ações têm mobilizado a militância nos Estados do Ceará, Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Homicídio de militantes
Durante o período de mobilizações, três militantes do MST foram assassinados em menos de uma semana. No Estado do Paraná, um sem terra foi assassinado no assentamento Sétimo Garibaldi, município de Terra Rica. Com atuação destacada na luta pela Reforma Agrária na região, ele foi alvo de emboscada na porta de sua casa, acompanhado de seu filho de sete anos de idade.
Na região de Apodi, no Estado do Rio Grande do Norte, em um acampamento que reúne 500 trabalhadores rurais, outros dois militantes foram executados por homens numa moto sem placa, que fugiram imediatamente depois. O crime ocorreu na área onde está sendo construído perímetro irrigado do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), sofrendo os sem terra ameaças constantes por parte de jagunços armados e seguranças da empresa que faz a obra.

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