carta maior
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Ex-presidente-da-CUT-e-eleito-para-a-presidencia-da-Confederacao-Sindical-Internacional-/6/31000
Flávio Aguiar
Como já era previsto, o ex-presidente da CUT nacional e da Apeoesp de São Paulo, João Antonio Felício, foi eleito presidente da maior confederação internacional de sindicatos. A CSI – Confederação Sindical Internacional, fundada em 1º. de novembro de 2006, através da fusão de duas outras gigantes do setor, a WCL e a CFTU, representa cerca de 180 milhões de trabalhadores de 161 países, reunidos em 325 entidades filiadas. É a primeira vez que um brasileiro e latino-americano é eleito para um cargo deste porte no sindicalismo internacional.
A eleição aconteceu na sexta-feira, 23 de maio. O processo teve duas etapas. Primeiro o Congresso da CSI, reunido desde o domingo, 18, em Berlim, elegeu o Conselho da entidade e a Secretária Geral (na verdade reeleita), Sharan Burrow, do movimento sindical australiano. Depois, o Conselho, com representantes das entidades filiadas, elegeu o presidente. A escolha de João Felício se deu por unanimidade – o que o tornou uma das pessoas eleitas com mais votos no mundo inteiro. O processo eleitoral do Conselho prevê que cada conselheiro vote com o número de filiados à sua entidade, o que equivale a dizer que João Felício foi eleito por 180 milhões de votos, mais ou menos.
O Congresso votou também as prioridades para a próxima gestão: filiar mais 27 milhões de trabalhadores nosm próximos quatro anos; combater o trabalho escravo em escala mundial; lutar por um salário mínimo decente em todos os países do mundo; e intervir na Cúpula de Paris a respeito de um acordo positivo sobre as mudanças climáticas no mundo.
Durante o evento houve várias manifestações de diferentes setores que estão começando a se organizar em escala mundial. As principais foram as dos futebolistas, das trabalhadoras (es) domésticas (os) e dos taxistas. Uma das resoluções do Congresso foi o envio de uma manifestação à FIFA pedindo que ela reconsidere a escolha do Qatar para a realização do Campeonato Mundial de Futebol de 2022, porque o governo do país é considerado conivente com o trabalho escravo e é extremamente repressivo em relação às reivindicações e organizações de trabalhadores. O primeiro ato do novo presidente foi a assinatura desta carta.
Em declarações a este repórter Felício destacou que o movimento sindical está na defensiva no mundo inteiro, porque em muitos países os direitos dos trabalhadores estão sendo solapados, como, por exemplo, pelos planos de “austeridade” aqui na Europa. Este momento impõe uma luta organizada de modo acirrado pelo empoderamento dos trabalhadores e suas organizações, o que implica um fortalecimento das relaçòes sul-norte e sul-sul.
Ao mesmo tempo, destacou que sua eleição representa um reconhecimento da atuação do sindicalismo brasileiro, já que teve muitos apoios na América Latina, África, Ásia e também em outros continentes, inclusive na Europa, América do Norte e Oceania. Houve algumas resistências localizadas, mas que foram neutralizadas pela grande quantidade de apoios recebidos, o que levou à sua eleição por unanimidade.
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Ex-presidente-da-CUT-e-eleito-para-a-presidencia-da-Confederacao-Sindical-Internacional-/6/31000
Ex-presidente da CUT é eleito para a presidência da Confederação Sindical Internacional.
João Antonio Felício foi eleito presidente da maior confederação internacional de sindicatos. É a primeira vez que um latinoamericano é eleito para o cargo
Como já era previsto, o ex-presidente da CUT nacional e da Apeoesp de São Paulo, João Antonio Felício, foi eleito presidente da maior confederação internacional de sindicatos. A CSI – Confederação Sindical Internacional, fundada em 1º. de novembro de 2006, através da fusão de duas outras gigantes do setor, a WCL e a CFTU, representa cerca de 180 milhões de trabalhadores de 161 países, reunidos em 325 entidades filiadas. É a primeira vez que um brasileiro e latino-americano é eleito para um cargo deste porte no sindicalismo internacional.
A eleição aconteceu na sexta-feira, 23 de maio. O processo teve duas etapas. Primeiro o Congresso da CSI, reunido desde o domingo, 18, em Berlim, elegeu o Conselho da entidade e a Secretária Geral (na verdade reeleita), Sharan Burrow, do movimento sindical australiano. Depois, o Conselho, com representantes das entidades filiadas, elegeu o presidente. A escolha de João Felício se deu por unanimidade – o que o tornou uma das pessoas eleitas com mais votos no mundo inteiro. O processo eleitoral do Conselho prevê que cada conselheiro vote com o número de filiados à sua entidade, o que equivale a dizer que João Felício foi eleito por 180 milhões de votos, mais ou menos.
O Congresso votou também as prioridades para a próxima gestão: filiar mais 27 milhões de trabalhadores nosm próximos quatro anos; combater o trabalho escravo em escala mundial; lutar por um salário mínimo decente em todos os países do mundo; e intervir na Cúpula de Paris a respeito de um acordo positivo sobre as mudanças climáticas no mundo.
Durante o evento houve várias manifestações de diferentes setores que estão começando a se organizar em escala mundial. As principais foram as dos futebolistas, das trabalhadoras (es) domésticas (os) e dos taxistas. Uma das resoluções do Congresso foi o envio de uma manifestação à FIFA pedindo que ela reconsidere a escolha do Qatar para a realização do Campeonato Mundial de Futebol de 2022, porque o governo do país é considerado conivente com o trabalho escravo e é extremamente repressivo em relação às reivindicações e organizações de trabalhadores. O primeiro ato do novo presidente foi a assinatura desta carta.
Em declarações a este repórter Felício destacou que o movimento sindical está na defensiva no mundo inteiro, porque em muitos países os direitos dos trabalhadores estão sendo solapados, como, por exemplo, pelos planos de “austeridade” aqui na Europa. Este momento impõe uma luta organizada de modo acirrado pelo empoderamento dos trabalhadores e suas organizações, o que implica um fortalecimento das relaçòes sul-norte e sul-sul.
Ao mesmo tempo, destacou que sua eleição representa um reconhecimento da atuação do sindicalismo brasileiro, já que teve muitos apoios na América Latina, África, Ásia e também em outros continentes, inclusive na Europa, América do Norte e Oceania. Houve algumas resistências localizadas, mas que foram neutralizadas pela grande quantidade de apoios recebidos, o que levou à sua eleição por unanimidade.
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