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Leia hoje no Correio:
Confira os textos publicados em memória aos 50 anos do golpe militar
Da Redação
‘A maioria das pessoas já é a favor da revisão da lei de Anistia’
Gabriel Brito e Paulo Silva Junior
Gabriel Brito e Paulo Silva Junior
"Os escrachos foram as ações mais impactantes já feitas por nós nesses anos. Agora, a maioria é a favor da revisão da lei de Anistia, que é o grande impedimento para investigar os torturadores". Na conversa com o Correio, Pedro Freitas, do Levante Popular da Juventude, ressalta a importância de articulações em favor da preservação da memória, uma vez que em sua opinião nossa democracia carrega vestígios do regime de exceção. Apesar de algumas ressalvas sobre a trajetória da Comissão Nacional da Verdade, tem um parecer otimista a respeito do seu legado.
Gabriel Brito e Leandro Iamin
Ivo Herzog conversou com o Correio e fez um balanço da democracia brasileira, em meio às lembranças dos 50 anos do golpe. Ele desmistifica as afirmações de que alguns aspectos da vida nacional caminhavam melhor naquele tempo.
Gabriel Brito e Paulo Silva Junior
O Brasil se reencontra com sua história e, mesmo a contragosto, faz cada vez mais exames críticos de seu passado. Na “descomemoração” deste infeliz cinquentenário, entrevistamos Marcelo Zelic, diretor do Grupo Tortura Nunca Mais.
Mídia e autoridades: revisionismo histórico e submissão nos 50 anos do golpe militar
Gabriel Brito
Não surpreende que os posicionamentos de Dilma e Celso Amorim tenham desapontado aqueles que até hoje travam batalhas ideológicas e judiciais por punição aos militares. No entanto, precisamos estudar a fundo se esse aparente recuo não revela uma submissão ainda considerável à caserna e aos cães de guarda do regime.
Gabriel Brito
Não surpreende que os posicionamentos de Dilma e Celso Amorim tenham desapontado aqueles que até hoje travam batalhas ideológicas e judiciais por punição aos militares. No entanto, precisamos estudar a fundo se esse aparente recuo não revela uma submissão ainda considerável à caserna e aos cães de guarda do regime.
Gabriel Brito e Paulo Silva Junior
“Eu não vejo clima para golpe, como alguma parte da direita tenta aventar. Fazem por provocação. Organizamos a Marcha Antifascista para mostrar que, enquanto existe gente que comemora tortura e morte, temos muito mais gente que apoia as liberdades”.
Editorial
Parece evidente que a transição do regime ditatorial para a ordem institucional não se completou. Os esqueletos e as heranças do regime militar estão muito ativos na nossa sociedade. Conquistamos o direito de voto, de organização, manifestação, expressão, isto é certo. Mas é profundo o DNA violento e repressor do Estado brasileiro.
Outros artigos
Leo Lince
A forte presença de um desejo de mudança não logrou fechar o circuito de uma mudança qualitativa no quadro da política. Com isso, a transição se definiu como "intransitiva" e seu ponto de chegada, remetido para além da linha do horizonte, é uma maratona sem fim.
José Benedito Pires Trindade e Otto Filgueiras
“Eu fiz. Eu torturei. Eu matei. Eu esquartejei. Eu mutilei e ocultei os cadáveres. E não me arrependo de nada”. Que país é esse que ouve a confissão desse Heydrich reencarnado e se cala?
Lamentável engano
Ronald Santos Barato
Ronald Santos Barato
Alguns aprendizes de udenismo não devem ter conhecimento dos grandes golpes contra o erário nos governos da ditadura. Gostam de se enganar apenas porque o principal pretexto alardeado para o golpe era o combate à corrupção e extirpar o comunismo. Era palavra de ordem, que perdurou durante toda a ditadura. Mas era pura falácia, protegida pela férrea censura.
O artigo do “filósofo” neoliberal Denis Rosenfield (“Anistia sim!”, O Globo, 21/04/14) achincalha não apenas a construção de uma memória sobre o Golpe Militar de 1964 (ao qual ele se refere como “contragolpe”), como tenta defender a manutenção irrestrita da falta de punição aos agentes da Ditadura empresarial-militar que sequestrou a democracia do país por 21 anos e que implantou o regime mais sórdido e criminoso da história.
Paulo Passarinho
Nesses cinquenta anos passados, o mundo mudou, o Brasil é outro, mas os problemas decorrentes da opção que acabou vitoriosa em 1964, através do golpe civil-militar, com explícito apoio de uma potência militar estrangeira, estão, mais do que nunca, presentes.
Leonardo Soares
O regime abriu a porteira, como nunca, para um processo gigantesco de grilagem de terras. Foi ao seu tempo, quando a desregulação e omissão atingiram níveis criminosos, que figuras do baronato fundiário se apossaram de terras que alcançavam a extensão de alguns países da Europa.
Ronald Santos Barata
Se o grande capital, os bancos, os grandes órgãos de mídia, o agronegócio, estão à vontade e lucrando como nunca, por que tirar do poder quem lhe atende completamente? E, de quebra, se a oposição vencer, nada mudará.
Congregações da Unicamp propõem revogação de título concedido ao coronel Jarbas PassarinhoCaio Navarro de Toledo
Por meio de suas Congregações, o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, o Instituto de Arte e a Faculdade de Educação aprovaram uma Moção que solicita ao Conselho Universitário a revogação do título de Doutor Honoris Causa concedido pela Unicamp, em 1973, ao Coronel Jarbas Passarinho, então Ministro da Educação e Cultura do governo do general Emilio Garrastazu Médici.
Pietro Alarcón
O marco jurídico da regeneração da democracia, isto é, a lei de anistia de 1979, pode e deve ser interpretado conforme a Constituição de 1988, de maneira a que não conduza à impunidade ou ao esquecimento.
Thomaz Ferreira Jensen
É já fartamente comprovado o engajamento das principais indústrias químicas, plásticas e farmacêuticas no apoio ao golpe de abril de 1964 e à ditadura que se seguiu. Em nome da memória e da verdade, a indústria química deveria manifestar-se.
José Benedito Pires Trindade
O jornalismo investigativo de Veja, Estadão, Folha de S. Paulo, Organizações Globo, Zero Hora, Estado de Minas, Correio Braziliense e que tais, tão obcecado pelos malfeitos petistas, jamais investigará as execuções extra-judiciais e o contínuo desaparecimento de corpos no país.
Otto Filgueiras
Agora houve um pacto de elites, armado pela presidente Dilma com os militares. O que esvazia a precária Comissão Nacional da Verdade e mais uma vez leva para a conciliação de classe e fortalece o capitalismo social-liberal no país.
Leonardo Soares dos Santos
O ridículo a que se chega por parte dos saudosistas só se agrava quando passam a recorrer aos chamados “grandes empreendimentos” do regime. Pura bazófia. Obras sem nenhuma transparência e controle de gastos que só contribuíram para o alarmante endividamento do país, fazendo a alegria dos bancos internacionais e empreiteiras.
José Benedito Pires Trindade e Otto Filgueiras
Ah, sim! A “Casa da Morte”, em Petrópolis, um dos mais notórios “aparelhos” clandestinos de tortura e assassinato das Forças Armadas, não está na lista das instalações militares a serem investigadas, ou seja lá o que isso signifique. Quer dizer: os mais terríveis segredos do regime serão mantidos, garantidos pela Lei de Anistia, pelo tal “pacto político” e pelas investigações agora anunciadas.
Mário Maestri
O Brasil esteve às bordas da revolução? Realidade abortada pela ausência de direção pequeno-burguesa ou proletária capaz de dirigir as classes trabalhadoras e populares. Estas são questões que merecem análises mais cerradas do que as até agora realizadas.
Paulo Metri
As Forças Armadas poderiam emitir uma nota para a população brasileira, declarando a obediência cega aos princípios democráticos constantes da Constituição. Em seguida gostaria de ver a Polícia Federal procurar os incitadores do golpe.
Otto Filgueiras
O requerimento do senador Requião querendo saber como foi a trama para repassar a TV Paulista para a Globo, ponto de partida para a construção do império dos Marinho, é uma ótima oportunidade para a Comissão Nacional da Verdade.
Fr. Marcos Sassatelli
A Anistia Internacional Brasil, em ato público, lançou a Campanha “50 dias contra a impunidade”, com o objetivo de recolher assinaturas em todo o país, numa petição reivindicando a revisão da Lei da Anistia de 1979.
Frei Marcos Sassatelli
Unamo-nos também à Anistia Internacional, que – sempre no dia 1º de abril – lançará no Brasil uma campanha pela punição dos agentes que torturaram e mataram militantes de esquerda durante a ditadura civil-militar.
Frei Marcos Sassatelli
José Porfírio liderou um movimento camponês de resistência e luta pela reforma agrária, que, após dez anos de conflitos, conseguiu a vitória, conquistando terras devolutas. Em 1962, Porfírio elegeu-se deputado estadual, o primeiro do país de origem camponesa.
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