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http://www.mst.org.br/Estado-precisa-enfrentar-os-grupos-mais-poderosos-do-PA-para-evitar-mais-conflitos
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Estado precisa enfrentar grupos mais poderosos do Pará para evitar conflitos
27 de junho de 2012
Da Página do MST
Da Página do MST
Leia abaixo nota do MST do Pará sobre conflito agrária em Marabá e ataques do grupo Santa Bárbara aos Sem Terra.
Não daremos mais um passo atrás na disputa pela Fazenda Cedro
O conflito ocorrido no final da semana passada na fazenda Cedro, envolvendo famílias ligadas ao MST, onde 15 pessoas (entre elas uma criança de 2 anos) foram feridas à bala por “seguranças” do grupo Santa Bárbara, do Banqueiro Daniel Dantas, poderá se estender para outros acampamentos do movimento caso o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não dê resposta positiva à pauta apresentada na sexta feira à Ouvidoria Agrária e Superintendência de Marabá.
O MST possui cinco acampamentos nas regiões sul e sudeste do Pará, onde estão acampadas 1.300 famílias. Para solucionar os conflitos e assentar as famílias, o Incra precisa enfrentar os três grupos mais poderosos da região: a Vale, a Agropecuária Santa Bárbara e o grupo Quagliato.
Os acampamentos do MST em área de interesse da Vale e do grupo Quagliato poderão seguir o mesmo exemplo adotado em relação ao grupo Santa Bárbara no último final de semana. Essas famílias também aguardam o cumprimento de acordos não cumpridos entre o Incra e os referidos grupos econômicos para a liberação de fazendas para assentamentos rurais.
Nos últimos dois anos, o Movimento manteve as famílias acampadas e participou de mais de uma dezena de audiências na Vara Agrária e com a Ouvidoria Agrária Nacional, cumprindo com sua parte nos acordos. Durante todo esse tempo, o grupo do banqueiro Dantas vem, cada vez mais, expandindo suas propriedades na região a custa de desvio do dinheiro público contando com a conivência do Incra e da Justiça.
Além disso, foi o Grupo Oppotunity que não cumpriu com os acordos firmados e não compareceu na última reunião, mostrando descaso. Por isso, o MST não voltará atrás em relação aos imóveis do grupo Santa Bárbara e não se retirará mais da Fazenda Cedro.
O caso da Fazenda Cedro é um exemplo desse desmando. 90% da floresta da propriedade foi derrubada. O antigo castanhal existente ali foi totalmente destruído. Calcula-se que metade de seus 10 mil hectares sejam constituídos de terras públicas, mas, até agora, o Incra retomou apenas 900 hectares.
A fazenda foi embargada pelo Ministério Público Federal por crime ambiental, mas a Justiça, atendendo ao pedido do grupo do banqueiro, determinou o desembargo. Durante todo esse tempo e frente a tantas ilegalidades, o Incra sequer fez um estudo sobre a situação da área. Além disso, a Agropecuária Santa Bárbara tem várias ações e processos referentes à trabalho escravo, desmatamento, uso intensivo de agrotóxicos (com pulverização aérea), grilagem de terra e violência contra trabalhadores e trabalhadoras na região.
As famílias do MST que estão acampadas em áreas públicas griladas pelo grupo sentem intimidação e violência permanentemente. Nos últimos três anos, apenas na região sudeste, a escolta armada “Atalaia” - pistoleiros autorizados pelo Estado, travestidos de segurança -, já feriu à bala 38 trabalhadores rurais sem terra e assassinou um jovem trabalhador (Wagner).
Com frequência, rondam os acampamentos, atiram pela noite, ameaçam os trabalhadores quando estão plantando suas roças, sobrevoam constantemente os acampamentos intimidando e promovendo violência psicológica nas famílias que lutam pelo justo direito à terra. Nenhum “segurança” foi preso ou punido por esses crimes.
O conflito ocorrido no final da semana passada na fazenda Cedro, envolvendo famílias ligadas ao MST, onde 15 pessoas (entre elas uma criança de 2 anos) foram feridas à bala por “seguranças” do grupo Santa Bárbara, do Banqueiro Daniel Dantas, poderá se estender para outros acampamentos do movimento caso o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não dê resposta positiva à pauta apresentada na sexta feira à Ouvidoria Agrária e Superintendência de Marabá.
O MST possui cinco acampamentos nas regiões sul e sudeste do Pará, onde estão acampadas 1.300 famílias. Para solucionar os conflitos e assentar as famílias, o Incra precisa enfrentar os três grupos mais poderosos da região: a Vale, a Agropecuária Santa Bárbara e o grupo Quagliato.
Os acampamentos do MST em área de interesse da Vale e do grupo Quagliato poderão seguir o mesmo exemplo adotado em relação ao grupo Santa Bárbara no último final de semana. Essas famílias também aguardam o cumprimento de acordos não cumpridos entre o Incra e os referidos grupos econômicos para a liberação de fazendas para assentamentos rurais.
Nos últimos dois anos, o Movimento manteve as famílias acampadas e participou de mais de uma dezena de audiências na Vara Agrária e com a Ouvidoria Agrária Nacional, cumprindo com sua parte nos acordos. Durante todo esse tempo, o grupo do banqueiro Dantas vem, cada vez mais, expandindo suas propriedades na região a custa de desvio do dinheiro público contando com a conivência do Incra e da Justiça.
Além disso, foi o Grupo Oppotunity que não cumpriu com os acordos firmados e não compareceu na última reunião, mostrando descaso. Por isso, o MST não voltará atrás em relação aos imóveis do grupo Santa Bárbara e não se retirará mais da Fazenda Cedro.
O caso da Fazenda Cedro é um exemplo desse desmando. 90% da floresta da propriedade foi derrubada. O antigo castanhal existente ali foi totalmente destruído. Calcula-se que metade de seus 10 mil hectares sejam constituídos de terras públicas, mas, até agora, o Incra retomou apenas 900 hectares.
A fazenda foi embargada pelo Ministério Público Federal por crime ambiental, mas a Justiça, atendendo ao pedido do grupo do banqueiro, determinou o desembargo. Durante todo esse tempo e frente a tantas ilegalidades, o Incra sequer fez um estudo sobre a situação da área. Além disso, a Agropecuária Santa Bárbara tem várias ações e processos referentes à trabalho escravo, desmatamento, uso intensivo de agrotóxicos (com pulverização aérea), grilagem de terra e violência contra trabalhadores e trabalhadoras na região.
As famílias do MST que estão acampadas em áreas públicas griladas pelo grupo sentem intimidação e violência permanentemente. Nos últimos três anos, apenas na região sudeste, a escolta armada “Atalaia” - pistoleiros autorizados pelo Estado, travestidos de segurança -, já feriu à bala 38 trabalhadores rurais sem terra e assassinou um jovem trabalhador (Wagner).
Com frequência, rondam os acampamentos, atiram pela noite, ameaçam os trabalhadores quando estão plantando suas roças, sobrevoam constantemente os acampamentos intimidando e promovendo violência psicológica nas famílias que lutam pelo justo direito à terra. Nenhum “segurança” foi preso ou punido por esses crimes.
Por essas e por outras razões é que não esperaremos mais e não daremos mais um passo atrás sobre a Fazenda Cedro e as demais fazendas onde as 1.300 famílias do MST terão que ser assentadas. Não aceitaremos despejos em nossas áreas, intimidações e prisões, bem como a criminalização das lideranças e do movimento.
MST - MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - PARÁ
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