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http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/9/materia/398798
LUCIARA
Os conflitos por conta da criação de uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) em Luciara (1.166 km a nordeste da Capital) foram tema de reunião, nesta semana em Brasília (DF). Na ocasião, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, afirmou que o projeto ainda encontra-se em fase inicial e que várias etapas precisam ser respeitadas para que haja uma nova demarcação.
Vizentin ressaltou que um grupo técnico será criado para rever toda a proposta, com a análise de documentos juntados ao processo desde 2003. “Não existe a possibilidade de criação de uma Reserva por imposição do Governo Federal por meio de um Decreto, contra a vontade da maioria da população”. A informação que corria no município dava conta que a reserva seria criada em breve e ocuparia 104 mil hectares, desalojando centenas de famílias.
Além do grupo técnico, o presidente do ICMBio explicou que o Estado é ouvido em uma das etapas prévias á criação da RDS. “Antes da criação de uma Unidade de Conservação o Executivo Federal consulta o governador quanto a importância econômica e social daquela área para o município e para o Estado”.
A reunião foi articulada por deputados federais e estaduais, por conta da insegurança causada pela notícia. Para o deputado Dilmar Dal’Bosco, é fundamental que a população do município seja ouvida no processo. “Mesmo ocupando a terra há mais de 80 anos, a maioria desses pequenos agricultores de Luciara são posseiros, ou seja, não possuem título de propriedade e, por esse motivo, não poderão pertencer a RDS, sequer receberão indenização do Governo Federal”.
A tensão atingiu o ponto alto no final do mês passado, quando fazendeiros fecharam os acessos ao município e impediram a chegada de acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que participavam de uma aula de campo. Duas casas foram queimadas e outra alvo de tiros. As residências pertencem à simpatizantes da RDS e a retireiros, pessoas que utilizam as margens do Rio Araguaia para a criação de gado de forma a causar o mínimo impacto ambiental à região.
Por incitar os protestos, duas pessoas foram presas pela Polícia Federal, enviada ao município para restabelecer a ordem. Eles foram indiciados pelos crimes de constrangimento ilegal, dano, incêndios, formação de quadrilha e ameaça.
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Sexta, 11 de outubro de 2013, 10h07
Reunião tenta colocar fim a boatos de criação de Reserva
Gláucio Nogueira, repórter do GD
Reprodução Facebook
Rancho de retireiro foi incendiado por conta dos boatos
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Vizentin ressaltou que um grupo técnico será criado para rever toda a proposta, com a análise de documentos juntados ao processo desde 2003. “Não existe a possibilidade de criação de uma Reserva por imposição do Governo Federal por meio de um Decreto, contra a vontade da maioria da população”. A informação que corria no município dava conta que a reserva seria criada em breve e ocuparia 104 mil hectares, desalojando centenas de famílias.
Além do grupo técnico, o presidente do ICMBio explicou que o Estado é ouvido em uma das etapas prévias á criação da RDS. “Antes da criação de uma Unidade de Conservação o Executivo Federal consulta o governador quanto a importância econômica e social daquela área para o município e para o Estado”.
A reunião foi articulada por deputados federais e estaduais, por conta da insegurança causada pela notícia. Para o deputado Dilmar Dal’Bosco, é fundamental que a população do município seja ouvida no processo. “Mesmo ocupando a terra há mais de 80 anos, a maioria desses pequenos agricultores de Luciara são posseiros, ou seja, não possuem título de propriedade e, por esse motivo, não poderão pertencer a RDS, sequer receberão indenização do Governo Federal”.
A tensão atingiu o ponto alto no final do mês passado, quando fazendeiros fecharam os acessos ao município e impediram a chegada de acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que participavam de uma aula de campo. Duas casas foram queimadas e outra alvo de tiros. As residências pertencem à simpatizantes da RDS e a retireiros, pessoas que utilizam as margens do Rio Araguaia para a criação de gado de forma a causar o mínimo impacto ambiental à região.
Por incitar os protestos, duas pessoas foram presas pela Polícia Federal, enviada ao município para restabelecer a ordem. Eles foram indiciados pelos crimes de constrangimento ilegal, dano, incêndios, formação de quadrilha e ameaça.
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