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http://www.oeco.com.br/guardian-environment-network/26204-peru-protestos-contra-mineracao-se-intensificam?utm_source=newsletter_434&utm_medium=email&utm_campaign=as-novidades-de-hoje-em-oeco
Um civil foi morto e um proeminente ativista contra a mineração preso em protestos, na quarta-feira, contra o maior projeto de mineração de ouro do Peru, levando a inflamar ainda mais as tensões depois que o governo declarou estado de emergência. Oscar Valdés, primeiro-ministro do Peru, anunciou a morte do civil em uma coletiva de imprensa em Lima, mas não forneceu mais detalhes. Foi a quarta morte relacionada aos protestos em dois dias.
Marco Arana, um ex-padre católico, foi preso horas antes em Cajamarca, uma das três províncias onde o estado de emergência foi declarado. A transmissão de vídeo por um canal de TV local mostrou policiais do batalhão de choque o agarrando em um banco na praça central da cidade e o arrastando embora com uma chave de pescoço. Aos 49 anos de idade, o veterano de protestos anti-mineração escreveu no Twitter que "na delegacia, a polícia me bateu novamente, com socos no rosto, nos rins, com insultos".
Johnny Diaz, promotor-chefe local, disse à AP que ele designou um promotor para investigar a alegação de Arana. Diaz disse Arana foi preso por organizar reuniões, uma atividade proibida durante o estado de emergência. Ele disse que as autoridades não tinham emitido mandados de prisão ou feito prisões em massa na quarta-feira.
Além de Cajamarca, o estado de emergência foi declarado em duas províncias vizinhas, na noite de terça-feira, após três pessoas terem sido mortas durante um violento protesto na região.
Foi a segunda emergência declarada em cinco semanas com intenção de controlar os protestos. Um período de emergência de 30 dias havia acabado de terminar em Espinar, uma província nas montanhas perto de Cuzco, a antiga capital inca. Em 29 de maio, duas pessoas foram mortas na região enquanto protestavam contra uma mina de cobre.
O foco do protesto de terça-feira é o projeto Conga de mineração de ouro, orçado em 4,8 bilhões de dólares (cerca de R$9,6 milhões), e paralisado no ano passado pela Newmont Mining Co, uma empresa baseada nos EUA. Os protestos foram iniciados por moradores locais sob o argumento de que a mina vai prejudicar suas fontes de água. O projeto de mineração, em que a Newmont é dona de uma participação majoritária, substituiria a mina de ouro Yanacocha, a maior da América Latina, mas que está próxima do seu esgotamento.
O governo do presidente Ollanta Humala anunciou no mês passado as condições para permitir a continuação do projeto, mas os adversários, apoiados por Gregorio Santos, presidente da província de Cajamarca, prometeram impedir que isso aconteça. Os manifestantes acusam Humala, que está no cargo há um ano, de renegar a promessa de campanha de colocar o acesso à água potável à frente de projetos de mineração.
Na terça-feira, milhares de manifestantes tentaram invadir a prefeitura de Celendín, uma cidade que é reduto de resistência à Conga, embora seu prefeito apoie o projeto. Três civis foram mortos, incluindo um adolescente de 17 anos, e pelo menos 21 pessoas ficaram feridas. O secretário regional de saúde disse que dois dos mortos morreram por ferimentos de bala na cabeça. As autoridades disseram que manifestantes abriram fogo contra as forças de segurança, ferindo dois policiais e um soldado.
*Publicado através da parceria de ((o))eco com a Guardian Environment Network (veja a versão original). Tradução de Eduardo Pegurier
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06 de Julho de 2012
Marco Arana, um ex-padre católico, foi preso horas antes em Cajamarca, uma das três províncias onde o estado de emergência foi declarado. A transmissão de vídeo por um canal de TV local mostrou policiais do batalhão de choque o agarrando em um banco na praça central da cidade e o arrastando embora com uma chave de pescoço. Aos 49 anos de idade, o veterano de protestos anti-mineração escreveu no Twitter que "na delegacia, a polícia me bateu novamente, com socos no rosto, nos rins, com insultos".
Johnny Diaz, promotor-chefe local, disse à AP que ele designou um promotor para investigar a alegação de Arana. Diaz disse Arana foi preso por organizar reuniões, uma atividade proibida durante o estado de emergência. Ele disse que as autoridades não tinham emitido mandados de prisão ou feito prisões em massa na quarta-feira.
Além de Cajamarca, o estado de emergência foi declarado em duas províncias vizinhas, na noite de terça-feira, após três pessoas terem sido mortas durante um violento protesto na região.
Foi a segunda emergência declarada em cinco semanas com intenção de controlar os protestos. Um período de emergência de 30 dias havia acabado de terminar em Espinar, uma província nas montanhas perto de Cuzco, a antiga capital inca. Em 29 de maio, duas pessoas foram mortas na região enquanto protestavam contra uma mina de cobre.
O foco do protesto de terça-feira é o projeto Conga de mineração de ouro, orçado em 4,8 bilhões de dólares (cerca de R$9,6 milhões), e paralisado no ano passado pela Newmont Mining Co, uma empresa baseada nos EUA. Os protestos foram iniciados por moradores locais sob o argumento de que a mina vai prejudicar suas fontes de água. O projeto de mineração, em que a Newmont é dona de uma participação majoritária, substituiria a mina de ouro Yanacocha, a maior da América Latina, mas que está próxima do seu esgotamento.
O governo do presidente Ollanta Humala anunciou no mês passado as condições para permitir a continuação do projeto, mas os adversários, apoiados por Gregorio Santos, presidente da província de Cajamarca, prometeram impedir que isso aconteça. Os manifestantes acusam Humala, que está no cargo há um ano, de renegar a promessa de campanha de colocar o acesso à água potável à frente de projetos de mineração.
Na terça-feira, milhares de manifestantes tentaram invadir a prefeitura de Celendín, uma cidade que é reduto de resistência à Conga, embora seu prefeito apoie o projeto. Três civis foram mortos, incluindo um adolescente de 17 anos, e pelo menos 21 pessoas ficaram feridas. O secretário regional de saúde disse que dois dos mortos morreram por ferimentos de bala na cabeça. As autoridades disseram que manifestantes abriram fogo contra as forças de segurança, ferindo dois policiais e um soldado.
*Publicado através da parceria de ((o))eco com a Guardian Environment Network (veja a versão original). Tradução de Eduardo Pegurier
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