sexta-feira, 20 de julho de 2012

Kamagasaki, a favela secreta do Japão

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Kamagasaki, a favela secreta do Japão

Um projeto de Cinema & Vídeo por Raquel Diniz

Sobre o projeto
English version below
Meu nome é Raquel Diniz e sou cineasta independente.
O projeto Kamagasaki, a favela secreta do Japão, é diretamente inspirado no trabalho do fotógrafo mexicano Carlos Cazalis, vencedor do World Press Photo em 2009. Suas fotografias não só me impactaram mas também me revelaram um poderoso mundo de contradições, contrastes e verdades ocultas. Durante dez dias vivi em Kamagasaki, um bairro em Osaka onde conheci alguns personagens da obra de Carlos Cazalis e muitos outros. Me impactou ver que o governo japonês (local, nacional) negasse a mera existência de Kamagasaki, onde vivem mais de 30.000 pessoas. Kamagasaki não só não aparece nos mapas, como é conhecido por um eufemismo: Airin (Bairro do Amor). As imagens feitas em Kamagasaki são inéditas pois filmar na favela á algo extremamente complexo. À primeira vista, Kamagasaki surpreende por sua dureza: hordas de idosos alcoólatras que fogem de suas famílias, jovens sub-empregados, empresários imobiliários arruinados pela especulação de 1991, Yakuza (mafiosos) que controlam o jogo ilegal, prostitutas… Mas debaixo da superfície, Kamagasaki se revela como um oásis de humanidade no país dos robôs: ativistas, alojamentos, redes de auto-ajuda, grupos de amigos. Kamagasaki é retratado através dos personagens. Através de Masaya (um ativista que se descreve como o Che Guevara de Kamagasaki), Honda Tetsuya (um padre seguidor da teologia da libertação), Noburo Anase (um ex-Yakuza repleto de tatuagens e sem dedos) ou Joddi Yoshitaka (um empresário arruinado com Alzheimer, que recluso em um asilo pensa que ainda é rico). O microcosmos humano de Kamagasaki acaba formando o macrocosmos do Japão, o país do crisântemo e da espada, das dobraduras de papel (origami) e da Yakuza, ternura e humilhação.
Kamagasaki, a favela secreta do Japão é uma produção independente. O dinheiro solicitado nesta plataforma é para a finalização e distribuição do documentário. 50% do projeto (viagem, fotografias, imagens, entrevistas) está pronto. O dinheiro será utilizado na pós-produção (edição, correção de cor, mixagem de som, composição de trilha, cópias, divulgação e distribuição).
O curta-documentário formaria parte de um grande documentário sobre a população marginal do Japão e sobre a chegada de refugiados de diferentes “favelas” depois da catástrofe de Fukushima.

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