http://telmadmonteiro.blogspot.com.br/2012/07/hidreletrica-sao-luiz-do-tapajos.html
Telma Monteiro
O processo de licenciamento está tramitando rapidamente no Ibama. Com a as obras de construção do empreendimento e revolvimento do leito do rio, o Ministério da Saúde teme que as águas do reservatório e a jusante da barragem sejam contaminadas por metais pesados.
Em fevereiro de 2012 o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica para fazer considerações ao Termo de Referência dos estudos ambientais no que tange à contaminação do solo na região do projeto hidrelétrico São Luiz do Tapajós. Essa questão deverá ter um tratamento prioritário, uma vez que o solo contaminado pode oferecer riscos à saúde em razão do uso de mercúrio naexploração garimpeira de ouro.
Entre as avaliações requisitadas pelo MS está o de realizar avaliação hidrobiogeoquímica do mercúrio no sedimento dos rios Tapajós e Jamanxim e fornecer um prognóstico do empreendimento no que tange à concentração de metais pesados com possibilidade de contaminação de águas no reservatório e a jusante da barragem.
Autorização de abertura de picada
Mesmo com todos os problemas já apontados no processo das usinas do Tapajós, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu à Eletrobras, em 23 de julho, uma autorização de abertura de picada para a realização de levantamentos geológico-geotécnicos no âmbito do Estudo de Impacto Ambiental da hidrelétrica São Luiz do Tapajós. A autorização está em nome da Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
A hidrelétrica São Luiz do Tapajós é a primeira das cinco planejadas na região. A hidrelétrica Jatobá, também em fase de elaboração dos estudos ambientais, já havia recebido a mesma autorização no dia 28 de junho. O licenciamento ambiental do Complexo Tapajós está tramitando rapidamente no Ibama.
As autorizações para abertura de picadas têm condicionantes. O documento da UHE São Luiz do Tapajós, assinado pelo Presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, especifica a largura máxima de 2,5m e 15 km de extensão, fora dos limites de unidades de conservação. A Eletrobras só pode executar atividades com o consentimento dos proprietários das áreas.
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