carta maior
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Uma-manha-sem-bombas-em-Gaza/6/31538
Página/12
A população palestina começou a sair às ruas após a trégua que passou a imperar desde as 8h (2h, em Brasília), ao passo que chegaram à Faixa de Gaza os primeiros caminhões com abastecimento e ajuda humanitária internacional. A Unicef informou que quase 400 crianças morreram e 2500 ficaram feridas pelos bombardeios israelenses e alertou para o provável aparecimento de doenças mortais.
Desde a primeira hora da manhã, inúmeros comércios abriram suas portas, enquanto a população saía de suas casas e recorriam aos mercados, com as ruas cheias de carros e pedestres. O acordo de cessar fogo entrou em vigor após a retirada, nesta madrugada, das últimas forças terrestres israelenses que permaneciam dentro da Faixa de Gaza, principalmente no sul, junto à fronteira.
Um membro do alto comando militar israelense confirmou que manterá a dispersão de tropas na fronteira “para não dar qualquer desculpa ao Hamas” e advertiu que a situação de trégua “não quer dizer, em nenhum momento, que a operação Escudo Protetor tenha terminado”. “Se os terroristas nos atacarem, nós nos defenderemos”, assegurou, ao insistir que as tropas estão escanteadas nos arredores da Faixa e que nenhum reservista foi mobilizado”.
Enquanto isso, não muito longe de onde as tropas estão, em Kerem Shalom, entraram na Faixa de Gaza os primeiros 300 caminhões com abastecimento para a população e ajuda humanitária internacional, dez deles com medicamentos e equipes médicas. Os hospitais de Gaza estão abarrotados e literalmente colapsados pelo alto número de vítimas após 29 dias de ofensiva. Nos arredores dos centros assistenciais, existem ainda inúmeros civis que procuraram refúgio por conta dos bombardeios.
Os últimos dados do Ministério da Saúde indicam que 1867 palestino, na maioria civis, morreram, e 9563 ficaram feridos desde o início da operação, no último dia 8 de julho. As autoridades palestinas estimam que o número de vítimas pode crescer nos próximos dias, quando começarem a remover os escombros das milhares de casas que foram bombardeadas – entre as quais mais de mil foram completamente destruídas.
Pernille Ironside, chefe do Escritório da Unicef em Gaza, informou que quase 400 crianças morreram e 2500 ficaram feridas pelos bombardeios, e lembrou que, na Faixa, continuam sem eletricidade e água. Por isso, é iminente o aparecimento de doenças que possam ser mortais às crianças.
“A ofensiva teve um impacto catastrófico e trágico para as crianças. Morreram 392 crianças e outras 2502 ficaram feridas. Se levarmos em conta o que essas cifras representam para a população de Gaza, é como se 200 mil crianças tivessem morrido nos EUA”, afirmou. E acrescentou que “tem gente que não teve acesso a água por várias semanas. Já detectaram problemas de pele e tememos que apareçam casos de diarreia, o que só levaria a mais mortes de crianças”.
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Uma-manha-sem-bombas-em-Gaza/6/31538
Uma manhã sem bombas em Gaza
Pernille Ironside, chefe do Escritório da Unicef em Gaza, informou que quase 400 crianças morreram e 2500 ficaram feridas pelos bombardeios israelenses
A população palestina começou a sair às ruas após a trégua que passou a imperar desde as 8h (2h, em Brasília), ao passo que chegaram à Faixa de Gaza os primeiros caminhões com abastecimento e ajuda humanitária internacional. A Unicef informou que quase 400 crianças morreram e 2500 ficaram feridas pelos bombardeios israelenses e alertou para o provável aparecimento de doenças mortais.
Desde a primeira hora da manhã, inúmeros comércios abriram suas portas, enquanto a população saía de suas casas e recorriam aos mercados, com as ruas cheias de carros e pedestres. O acordo de cessar fogo entrou em vigor após a retirada, nesta madrugada, das últimas forças terrestres israelenses que permaneciam dentro da Faixa de Gaza, principalmente no sul, junto à fronteira.
Um membro do alto comando militar israelense confirmou que manterá a dispersão de tropas na fronteira “para não dar qualquer desculpa ao Hamas” e advertiu que a situação de trégua “não quer dizer, em nenhum momento, que a operação Escudo Protetor tenha terminado”. “Se os terroristas nos atacarem, nós nos defenderemos”, assegurou, ao insistir que as tropas estão escanteadas nos arredores da Faixa e que nenhum reservista foi mobilizado”.
Enquanto isso, não muito longe de onde as tropas estão, em Kerem Shalom, entraram na Faixa de Gaza os primeiros 300 caminhões com abastecimento para a população e ajuda humanitária internacional, dez deles com medicamentos e equipes médicas. Os hospitais de Gaza estão abarrotados e literalmente colapsados pelo alto número de vítimas após 29 dias de ofensiva. Nos arredores dos centros assistenciais, existem ainda inúmeros civis que procuraram refúgio por conta dos bombardeios.
Os últimos dados do Ministério da Saúde indicam que 1867 palestino, na maioria civis, morreram, e 9563 ficaram feridos desde o início da operação, no último dia 8 de julho. As autoridades palestinas estimam que o número de vítimas pode crescer nos próximos dias, quando começarem a remover os escombros das milhares de casas que foram bombardeadas – entre as quais mais de mil foram completamente destruídas.
Pernille Ironside, chefe do Escritório da Unicef em Gaza, informou que quase 400 crianças morreram e 2500 ficaram feridas pelos bombardeios, e lembrou que, na Faixa, continuam sem eletricidade e água. Por isso, é iminente o aparecimento de doenças que possam ser mortais às crianças.
“A ofensiva teve um impacto catastrófico e trágico para as crianças. Morreram 392 crianças e outras 2502 ficaram feridas. Se levarmos em conta o que essas cifras representam para a população de Gaza, é como se 200 mil crianças tivessem morrido nos EUA”, afirmou. E acrescentou que “tem gente que não teve acesso a água por várias semanas. Já detectaram problemas de pele e tememos que apareçam casos de diarreia, o que só levaria a mais mortes de crianças”.
Tradução: Daniella Cambaúva
Créditos da foto: RT
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