ihu
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/533903-o-que-acontece-com-quem-sobrevive-ao-ebola
05/08/2014 - Letalidade no Brasil seria alta se ebola entrasse no país, diz infectologista
05/08/2014 - Médico é diagnosticado com ebola em Lagos
03/07/2014 - OMS faz reunião de emergência para conter pior crise de ebola da história
22/05/2014 - Ebola é antídoto para imigração na Europa, diz líder francês da extrema-direita
07/04/2014 - "Perdi dez parentes para o ebola"
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/533903-o-que-acontece-com-quem-sobrevive-ao-ebola
A atual epidemia de ebola na África Oriental é a maior já registrada. Pelo menos 319 pessoas morreram infectadas pelo vírus em Guiné, 224 em Serra Leoa e 129 na Libéria - incluindo médicos. Pesquisas apontam diferentes taxas de mortalidade para a doença, de 60% a até 96%. Nestes últimos casos, a estatística mostra que a mortalidade é de 90%. Pudera, até o momento não há cura conhecida.
A reportagem é de Luciana Galastri, publicada pela revista Galileu, 30-07-2014.
Mas o que acontece com os 10% que conseguem sobreviver?
De acordo com essa reportagem da CBS, para sobreviver ao ebola o paciente precisa ter acesso a um diagnóstico rápido e a tratamento imediato. Ou seja, assim que começam a sentir os primeiros sintomas: dores de cabeça, dor nas juntas e febre. O problema é que esses sinais podem ser confundidos com os de um simples resfriado. A partir do momento em que a doença começa a se diferenciar, com a ocorrência de hemorragias, já é tarde demais.
Quando o ebola é identificado rapidamente, os pacientes passam a receber fluidos de forma intravenosa, para evitar a desidratação, manter a pressão estável (a maioria de pacientes do ebola morre por baixa pressão), transfusões para repor o sangue perdido em hemorragias e tratamento para infecções secundárias que podem surgir por causa do vírus.
Mas mesmo após receber o tratamento adequado e conseguir superar o vírus, há grandes chances dos sobreviventes sofrerem com consequências da doença. Um exemplo são as inflamações crônicas nas juntas e nos olhos, que podem afetar os pacientes até o fim de suas vidas. Esses 'efeitos colaterais' são resultantes da luta travada pelo sistema imunológico para expulsar os vírus.
A atralagia, condição similar à artrite, causa dores nas juntas e nos ossos. Já, nos olhos, é desenvolvida a uveíte, que causa inflamação, dor, excesso na produção lacrimal e pode culminar em cegueira.
Ainda não se sabe, exatamente, por quanto tempo uma pessoa que esteve infectada com o ebola pode transmitir o vírus. Embora a recuperação de uma infecção possa durar até 21 dias, o mesmo período de incubação, a OMS já registrou a presença do vírus no sêmen de um homem mesmo 61 dias após ele ter sido considerado curado.
Também não se sabe o que faz com que uma pessoa tenha chances maiores de sobrevivência do que outra, mesmo que o diagnóstico ocorra a tempo nos dois casos. Especialistas suspeitam que a genética também tenha um papel no desenvolvimento da doença - por isso, em populações com menor variabilidade genética, como em algumas regiões afetadas pela epidemia atual, o Ebola seria devastador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário