sábado, 23 de agosto de 2014

Israel x Palestina: trégua rompida, novos bombardeiros e chamamentos internacionais a boicotes

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Israel x Palestina: trégua rompida, novos bombardeiros e chamamentos internacionais a boicotes

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As estatísticas do horror na Faixa de Gaza seguem aumentando. Em pouco mais de 40 dias de bombardeios, em especial partindo de Israel, já são 2.020 civos palestinos e palestinas assassinados, entre eles 545 crianças, e cerca de 10.200 feridos, incluindo 3.084 menores de idade. E esses números prometem crescer ainda mais, tendo em vista que o Exército israelense as milícias palestinas romperam, nesta terça-feira, 19 de agosto, a quarta trégua.
Diante de tamanha violência, também continuam as campanhas internacionais de boicote a Israel. Uma das mais recentes chamam as pessoas a deixarem de adquirir produtos de empresas que, supostamente, financiariam a "entidade sionista Israel” e, portanto, o "genocídio” na Faixa de Gaza.
São denunciados nessa campanha as instituições financeiras estadunidenses Bank of America, Egyptian American Bank, Citibank e American Express; as empresas Procter & Gamble, como produtos conhecidos como sabão Ariel, fraldas Pampers, produtos de higiene pessoal Pert Plus, Head & Shouders, Pantene e Oral B; restaurantes estadunidenses como KFC, McDonalds, Burger King, Pizza Hut e Domino´s Pizza, entre outros; marcas da Coca-Cola e da Pepsi; a empresa de alimentos Kraft e Danone; outras companhias multinacionais em setores diversos, como Walt Disney, Timberland, Nike, L´oréal, Avon. Hostess, Heinz, Johnson, Nestlé, GM, Ford, Land Rover, Carrier, Phillip Morris. Além disso, produtos fabricados em Israel levam nos respectivos códigos de barra os números 729 e 871.
Um outro boicote, dessa vez acadêmico e cultural, conclama a escritores, artistas, intelectuais e trabalhadores da cultura a não participarem de foros organizados por Israel e nem aceitem trabalhar no país
Diálogos rompidos
Os diálogos que estão sendo travados no Egito entre os dois governos e o grupo Hamas não chegaram a nenhum acordo. Israel bombardeou 10 objetivos em Gaza, todos eles denominados "terroristas”. Além do fogo cruzado físico, de acordo com a imprensa, é forte também o chamado "fogo dialético”, de acusações cruzadas, o que jogou por terra a mais recente trégua.
"Queremos um acordo, estamos interessados em alcançá-lo, mas não há progressos e os ataques de Israel tratam de pressionar nossos enviados”, denunciou Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas à imprensa internacional. Mark Regev, porta-voz de Israel, já dizia o contrário: "O Hamas rompeu a trégua. Essa é sua vontade de paz”. Suas palavras foram reforçadas por Marie Harf, porta-voz do Departamento de Estado estadunidense, que acusou a os islâmicos de romperem o pacto porque, ainda que não tivessem lançado foguetes, "são responsáveis pelo controle de Gaza”.
O fim do cerco a Gaza e a desmilitarização das facções armadas eram os eixos de um debate que, agora, ninguém sabe se poderá ser retomado. Os ataques do Exército israelense, nesta terça-feira, 10, feriram pelo menos duas crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Milhares de cidadãos, temerosos de que o assédio comece novamente com a intensidade do mês passado, voltaram a procurar as escolas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA). Nesses centros e em casas de familiares ainda restam mais de 380.000 palestinos e palestinas que não podem voltar para suas casas, destruídas ou seriamente danificadas.
Com informações de Fian Honduras e Resumen Latinoamericano.
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