quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Desperdício de papel


correio da cidadania
http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7645

DesperdícioImprimirE-mail
SEXTA, 21 DE SETEMBRO DE 2012
Você pode escolher qualquer jornal de país desenvolvido que não encontrará nenhum anúncio de página inteira.

Aqui em nosso país, anúncio de página inteira é coisa corriqueira. A indústria é a campeã nesse aspecto. Todos os dias, anúncios de página inteira, ocupando duas, três, até quatro páginas.

Isto constitui um absurdo. Todos sabem que a fabricação do papel exige o sacrifício de árvores. Uma página de jornal significa, portanto, um dano ecológico importante.

Sem dúvida, é preciso causá-lo, como, de resto, tudo o mais que o homem requeira para sobreviver. Contudo, tal dano não pode ser feito de forma irresponsável.

Nós, brasileiros, desperdiçamos papel irresponsavelmente. Na China, tal desperdício seria punido. Lá, não se concebe utilizar o papel de um lado só, nem fazer margens muito grandes.

Não é o único nem o mais grave desperdício. Desperdiçamos água, desperdiçamos materiais de construção. Não há construção que se faça sem que paredes sejam refeitas várias vezes. Além disso, a falta de padronização de janelas e portas representa um enorme desperdício de material. As casas norte-americanas, que são muito mais confortáveis do que as nossas, utilizam invariavelmente portas e janelas padronizadas.

Estes não são, contudo, os piores desperdícios. O pior de todos é o desperdício de seres humanos, causado pela baixíssima qualidade da nossa educação pública, pelo estado calamitoso em que se encontram nossos hospitais públicos e pela morte prematura das pessoas jogadas na extrema pobreza, por falta de alimento suficiente para assegurar a reposição de energia gasta no simples fato de viver.

O desemprego, que grassa tanto no campo como na cidade, constitui igualmente outra forma de desperdício.

Os socialistas costumam dizer que o regime capitalista é o regime do desperdício, pois estimula, para sobreviver, um padrão de consumo de bens desnecessários para assegurar uma vida digna.

Folheie um desses livros de informações sobre produtos à venda – esses que trazem a foto do produto e suas especificações (tamanho, cor, preço etc.). Constatará que, caso muitos desses objetos não fossem produzidos, em nada alteraria seu bem estar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário