Da Redação
O secretário adjunto de Desapropriações da Secopa, Djalma Sabo Mendes Junior, se reuniu na manhã desta quinta-feira (10.11), na Escola dos Servidores do Poder Judiciário Estadual, com representantes da Justiça Comunitária, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e lideranças comunitárias para discutir o início do levantamento socioeconômico dos moradores da área que será desocupada para construção da Av. Parque do Barbado, em Cuiabá. O encontro contou também com a participação da Defensoria Pública, Secretaria de Trabalho e Ação Social (Setas) e Ministério Público.
A Av. Parque do Barbado foi idealizada há 20 anos e será uma importante via para desafogar o trânsito na Capital, pois interligará as avenidas Fernando Corrêa da Costa, Arquimedes Pereira Lima, Dante de Oliveira (Av. dos Trabalhadores), Gonçalo Antunes de Barros (Jurumirim) e avenida Vereador Juliano Costa Marques.
De acordo com a coordenadora-geral do diagnóstico, professora Carmem Rossetto, os pesquisadores de campo visitarão todas as casas que serão afetadas pela obra para coletar informações acerca da realidade socioeconômica dessas famílias. Os agentes da Justiça Comunitária vão acompanhar as equipes para fazer o primeiro contato com os moradores e explicar a importância desse trabalho.
O levantamento, sob responsabilidade do Departamento de Geografia da UFMT, resultará num banco de dados que orientará o governo estadual sobre a melhor forma de realocar essas famílias.
Para o secretário Eder Moraes, a questão social é analisada “com todo cuidado para que o processo de desocupação ocorra de forma transparente, de acordo com as exigências legais e respeitando o direito à moradia. A parceria da Secopa com a UFMT e o Poder Judiciário traz ainda mais credibilidade na condução dos projetos relacionados à Copa do Mundo”.
“O nosso papel é mediar os possíveis conflitos com foco na pacificação social com justiça”, lembrou a coordenadora da Justiça Comunitária, juíza Ana Cristina Silva Mendes. Os agentes comunitários e os pesquisadores de campo da UFMT estarão devidamente identificados com crachás e visitarão os moradores diariamente, inclusive nos finais de semana.
“Finalizamos todos os preparativos para iniciar os estudos já no próximo sábado (12.11). Será uma obra de grande importância em razão do seu caráter arquitetônico e social, proporcionando uma significativa melhora no trânsito da Capital, bem como qualidade de vida às pessoas e respeito ao direito à moradia”, disse Djalma.
PARQUE DO BARBADO
A obra está dividida em dois lotes. O primeiro está orçado em cerca de R$ 23 milhões e abrange um trecho de quatro quilômetros entre a Av. das Torres e a Fernando Correa da Costa. O segundo, estimado em R$ 10,8 milhões, terá 1.824 metros de extensão, interligando as avenidas Jurumirim e Juliano Costa Marques. No primeiro lote não haverá necessidade de desapropriações.
Os moradores que vivem nessas áreas de risco poderão optar em serem remanejados para um conjunto habitacional ou indenizados pelas benfeitorias no imóvel. Está prevista a remoção de centenas de famílias nos bairros Castelo Branco, Canjica, Renascer, Bela Vista, Pedregal, entre outros.
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