terça-feira, 22 de novembro de 2011

Guarani Kaiowá

From: arlete75@hotmail.com
Subject: À Sombra de um Delírio Verde
Date: Tue, 22 Nov 2011 03:49:57 +0000


Meus queridos amigos compartilho com vocês a triste realidade dos Guarani Kaiowá, que vivem hoje a Sombra dos grandes canaviais e a cada dia mais uma liderança sendo tombada pelos pistoleiros de fazendeiros.
Penso que algum dia alguém terá que acordar pra esta realidade, antes que a realidade nua e crua venha a extinguir este povo.
Envio a todos um link de documentário produzido pela Mídia livre que externa um pouco da angústia, tristeza, fome e abandono.
Peço que compartilhem para que assim possamos fomentar o debate, diálogo, políticas voltadas para os mesmo.
Quem sabe assim a nossa semente de alguma forma caia em solo fértil.
Esta semana sigo de luto pelo assassinato de uma liderança meu amigo que tive a honra de viver, conviver por algum tempo. Muito aprendi com ele. Principalmente o respeito ao outro e o amor a Terra. Pena que não tiveram a mesma consideração com ele.
Em homenagem a ele e a tantas lideranças que tem tombado neste estado por lutar um cantinho pra morar, comer e viver. Envio este meio como uma forma de ajudar a gritar por justiça, paz, comida, dignidade... TERRA.
 Nízio, Ortiz Lopes, Xurute Lopes, Marçal de Souza,Rolindo, Jenivaldo, Marcos Veron e tantas outras lideranças tombadas por pistoleiros...Minha homenagens a todos vocês grandes guerreiros que fizeram sua passagem, mas deixarem em seu povo e em nossa história a marca da vitória e da resistência aos que acham que com podem conseguir tudo o que querem a preço de sangue.
Arlete P. de Souza
Bióloga Esp. em Gestão Ambiental
 

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http://vimeo.com/32440717

 Na região Sul do Mato Grosso do Sul, fronteira com Paraguai, o povo indígena com a maior população no Brasil trava, quase silenciosamente, uma luta desigual pela reconquista de seu território.

Expulsos pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais que, juntamente com governantes, apresentam o etanol para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente correto.

Sem terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e trabalho escravo.

Em meio ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar), as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros.


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