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http://www.axa.org.br/historia/1129
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Carta Pedagógica Cidadã
Nos encontramos, nos dias 18 e 19 de maio, em Ribeirão Cascalheira, para fazermos Resgate da memória e história de nosso povo do Araguaia, no passado, referencia de luta, contando com companheiros/as do: GPMSE (Grupo de Pesquisa Movimento Sociais em Educação UFMT); CMV (Centro de Memória Viva UFMT); CIMI; CPT; ABHP (Associação Brasileira Homeopatia Popular) UNB (Universidade de Brasília) da Associação de agricultores de Novo Paraíso, do SINTEP, velhos sindicalistas do STTR, diversos/as educadores/as de Ribeirão Cascalheira, do IFMT Confresa, da Secretaria Geral da Presidencia da República, na ‘gestação’ desse momento e na participação.
Trouxemos e socializamos as memórias, ao tornar vivo o Movimento e despertar nos/as companheiros/as o interesse e o desejo de modificar suas realidades com o auxílio dessas “velhas atuais” lideranças, dentro de uma metodologia de Educação Popular onde aprendemos fazendo. Demonstramos nossas esperanças e temores
Mostramos que estamos aqui, estamos vivos, estamos juntos! Lembramos de companheiros/as na luta, que não desistem.
Recordamos a partir do coração e da memória da organização popular que havia, trazendo, como diz o Apocalipse, ‘aqueles que vieram da grande tribulação’.
Alimentamos a Esperança! Com passos pequenos e decisivos para mudarmos as nossas realidades, para sermos irmãos e irmãs responsáveis uns pelos outros.
Na lógica do Sistema, foi criado um Estado de exceção – para salvar a democracia (?) que está fora da normalização e suspende o Estado de Direito – Soberano. Quem sofre as consequências são os povos indígenas, os quilombolas, as mulheres. Quem fica fora deste, é palha, é lixo, onde, a violência está institucionalizada. O BOPE em Cuiabá, tem muro preto e como objetivo uma caveira. As leis que fazem, em princípio, são ilegítimas, porque vivemos um Estado monstruoso de exceção.
Fora estão os marginalizados. Mais na verdade nós não estamos fora dessa sociedade, estamos dentro, somos frutos disso. Temos o Direito de Viver.
Estamos em busca de compreensão: Abaixo dos que compreendem, estão os que sabem, e abaixo ainda uma camada muito maior, que são os que sentem.
Por falta de compreensão e diálogo, os pobres são jogados contra os pobres, exemplo no que aconteceu com Marãiwatsédè, onde os indígenas foram despejados, como muitos posseiros que como pobres, também foram despejados.
Caminhamos com os Mártires, recordamos o que ocorreu com o MST, com as tantas vidas que tombaram, lembramos o Memorial símbolo que é o Santuário dos Mártires da Caminhada, onde a Vida é resignificada.
Em 2012, morreram 18 milhões de pessoas de fome em uma sociedade martirizada
No entanto, quando os pobres se levantam , se interrompe a ordem do Estado e viramos “problema”.
A anos atrás, Sindicato e Educação não tinha separação. A Escola era um espaço político, onde era pensado o movimento de luta.
Nos anos 80, o Movimento Social, ganhou uma prefeitura, dentro do Regime Militar!
Lembramos da poesia ‘Operário em Construção’, do Vinícius, onde ele desconhecia sua grande missão, “enquanto o pão ele comia, mais vai comer tijolo!”, em determinado momento o operário toma consciência da luta, onde olha sua própria mão, sua rude mão, outro operário o escuta – movimento político – e ele que sempre dizia sim, começa a dizer não. Mesmo quando é machucado e cuspido pela polícia, quando perguntado, diz não.
Somente a solidariedade, a troca que manterá nossa consciência, nos apropriando da Palavra, da Misericórdia.
Assim nos sentimos que fazemos parte da coletividade solidária e consciente a qual não vai salvar o Araguaia. Nós somos o Araguaia, estamos juntos: um eu e nós juntos.
Precisamos envolver todas as gerações na luta. A educação, e acrescento e a militância, começa com a vida e não termina senão com a morte, vai nos dizer José Marti.
Precisamos ser líder de nós mesmos, da Causa, do Projeto e para os cristãos e cristãs do Reino!
Firmamos o compromisso em localizar lideranças em todas as fases da vida, educar a criança para que desde quando ela tome certa consciência, se solidarize, viva a solidariedade exercitando, chore quando não faz algo bom a alguém. ( José Marti). Buscamos a Formação continuada e de forma cooperada em todas as dimensões (psíquicas, emocionais, afetivas, econômicas, mística, que a escola tradicional não faz: ensina um corpo todo em “pedaço“), com a dimensão milenar do cuidado com a vida, uma educação do campo, educação das diversidades (indígena, quilombola, assentados, pequenas propriedades).
Estamos envolvidos pelo coletivo e quando estamos juntos movemos montanhas.
O que aconteceu conosco é que fomos buscar no próprio poço, em desejos que estavam calados e silenciados. Vamos crescer juntos, a partir das coisas pequenas e não das coisas grandes. As coisas pequenininhas costumam ser as mais importantes. Não vamos perder a comunhão e nossa inteireza.
Nossos questionamentos estão emergindo de uma fonte. É importante que façamos dos sonhos uma concretização. Mas para isso temos que sair do nosso próprio chão, ou seja, sintonizar o que podemos fazer, em comunhão com todas as formas de Vida.
Mesmo no escuro, o galo canta anunciando que vai chegar o dia. Ser útil é melhor que ser príncipe (José Martí)
Portanto, sejamos úteis!
Luís Claudio
CPT Araguaia
Trouxemos e socializamos as memórias, ao tornar vivo o Movimento e despertar nos/as companheiros/as o interesse e o desejo de modificar suas realidades com o auxílio dessas “velhas atuais” lideranças, dentro de uma metodologia de Educação Popular onde aprendemos fazendo. Demonstramos nossas esperanças e temores
Mostramos que estamos aqui, estamos vivos, estamos juntos! Lembramos de companheiros/as na luta, que não desistem.
Recordamos a partir do coração e da memória da organização popular que havia, trazendo, como diz o Apocalipse, ‘aqueles que vieram da grande tribulação’.
Alimentamos a Esperança! Com passos pequenos e decisivos para mudarmos as nossas realidades, para sermos irmãos e irmãs responsáveis uns pelos outros.
Na lógica do Sistema, foi criado um Estado de exceção – para salvar a democracia (?) que está fora da normalização e suspende o Estado de Direito – Soberano. Quem sofre as consequências são os povos indígenas, os quilombolas, as mulheres. Quem fica fora deste, é palha, é lixo, onde, a violência está institucionalizada. O BOPE em Cuiabá, tem muro preto e como objetivo uma caveira. As leis que fazem, em princípio, são ilegítimas, porque vivemos um Estado monstruoso de exceção.
Fora estão os marginalizados. Mais na verdade nós não estamos fora dessa sociedade, estamos dentro, somos frutos disso. Temos o Direito de Viver.
Estamos em busca de compreensão: Abaixo dos que compreendem, estão os que sabem, e abaixo ainda uma camada muito maior, que são os que sentem.
Por falta de compreensão e diálogo, os pobres são jogados contra os pobres, exemplo no que aconteceu com Marãiwatsédè, onde os indígenas foram despejados, como muitos posseiros que como pobres, também foram despejados.
Caminhamos com os Mártires, recordamos o que ocorreu com o MST, com as tantas vidas que tombaram, lembramos o Memorial símbolo que é o Santuário dos Mártires da Caminhada, onde a Vida é resignificada.
Em 2012, morreram 18 milhões de pessoas de fome em uma sociedade martirizada
No entanto, quando os pobres se levantam , se interrompe a ordem do Estado e viramos “problema”.
A anos atrás, Sindicato e Educação não tinha separação. A Escola era um espaço político, onde era pensado o movimento de luta.
Nos anos 80, o Movimento Social, ganhou uma prefeitura, dentro do Regime Militar!
Lembramos da poesia ‘Operário em Construção’, do Vinícius, onde ele desconhecia sua grande missão, “enquanto o pão ele comia, mais vai comer tijolo!”, em determinado momento o operário toma consciência da luta, onde olha sua própria mão, sua rude mão, outro operário o escuta – movimento político – e ele que sempre dizia sim, começa a dizer não. Mesmo quando é machucado e cuspido pela polícia, quando perguntado, diz não.
Somente a solidariedade, a troca que manterá nossa consciência, nos apropriando da Palavra, da Misericórdia.
Assim nos sentimos que fazemos parte da coletividade solidária e consciente a qual não vai salvar o Araguaia. Nós somos o Araguaia, estamos juntos: um eu e nós juntos.
Precisamos envolver todas as gerações na luta. A educação, e acrescento e a militância, começa com a vida e não termina senão com a morte, vai nos dizer José Marti.
Precisamos ser líder de nós mesmos, da Causa, do Projeto e para os cristãos e cristãs do Reino!
Firmamos o compromisso em localizar lideranças em todas as fases da vida, educar a criança para que desde quando ela tome certa consciência, se solidarize, viva a solidariedade exercitando, chore quando não faz algo bom a alguém. ( José Marti). Buscamos a Formação continuada e de forma cooperada em todas as dimensões (psíquicas, emocionais, afetivas, econômicas, mística, que a escola tradicional não faz: ensina um corpo todo em “pedaço“), com a dimensão milenar do cuidado com a vida, uma educação do campo, educação das diversidades (indígena, quilombola, assentados, pequenas propriedades).
Estamos envolvidos pelo coletivo e quando estamos juntos movemos montanhas.
O que aconteceu conosco é que fomos buscar no próprio poço, em desejos que estavam calados e silenciados. Vamos crescer juntos, a partir das coisas pequenas e não das coisas grandes. As coisas pequenininhas costumam ser as mais importantes. Não vamos perder a comunhão e nossa inteireza.
Nossos questionamentos estão emergindo de uma fonte. É importante que façamos dos sonhos uma concretização. Mas para isso temos que sair do nosso próprio chão, ou seja, sintonizar o que podemos fazer, em comunhão com todas as formas de Vida.
Mesmo no escuro, o galo canta anunciando que vai chegar o dia. Ser útil é melhor que ser príncipe (José Martí)
Portanto, sejamos úteis!
Luís Claudio
CPT Araguaia
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