quinta-feira, 16 de maio de 2013

Dalmo Dallari vai presidir Comissão da Verdade da USP

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Dalmo Dallari vai presidir Comissão da Verdade da USP
 
Grupo vai examinar e esclarecer casos de violações de direitos humanos ocorridos na Universidade de São Paulo durante o período da ditadura militar

A Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) anunciou nesta terça-feira, 7, os nomes dos sete professores que farão parte da Comissão da Verdade, destinada a examinar e esclarecer casos de violações de direitos humanos ocorridos naquela instituição durante o período da ditadura militar. O grupo será presidido pelo jurista Dalmo de Abreu Dallari, ex-diretor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo.

Os outros integrantes da comissão são Erney Felicio Plessmann de Camargo, do Instituto de Ciências Biomédicas; Eunice Ribeiro Durham e Janice Theodoro da Silva, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Maria Hermínia Brandão Tavares de Almeida, do Instituto de Relações Internacionais; Silvio Roberto de Azevedo Salinas, do Instituto de Física; e Walter Colli, do Instituto de Química.

De acordo com portaria assinada pelo reitor João Grandino Rodas, a comissão poderá requisitar documentos de todos os órgãos da Universidade; convidar, para prestar depoimento, pessoas que possam ter informações sobre casos de violações de direitos humanos; e determinar a realização de perícias e diligências. Ainda segundo o documento, a comissão atuará pelo prazo de um ano.

O relatório final deverá ser encaminhado à Comissão Nacional da Verdade.

A portaria do reitor com as indicações dos nomes foi criticada pelos integrantes Fórum Aberto pela Democratização da USP, composto por entidades representativas de professores, funcionários e estudantes das áreas de graduação e pós-graduação. Embora não façam restrições direta aos nomes escolhidos, eles afirmam que o reitor desrespeitou acordos anteriores, pelos quais as indicações seriam feitas de forma democrática e com o respaldo do Conselho Universitário.

(Roldão Arruda / Estado de São Paulo)

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