terça-feira, 24 de abril de 2012

PAULO FREIRE - PATRONO DA EDUCAÇÃO DO BRASIL



PATRONO DA EDUCAÇÃO 
DO BRASIL




Assessoria de Comunicação

19/04/2012 - 13:09

Os professores brasileiros e especialmente os pernambucanos, estão orgulhosos com a homenagem da presidente Dilma Roussef ao Educador Paulo Freire escolhido o Patrono da Educação no Brasil. A lei 12.612 foi sancionada no dia 13 de abril. 

Confira:
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos 

LEI Nº 12.612, DE 13 DE ABRIL DE 2012.
Declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira. 

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art.1o O educador Paulo Freire é declarado Patrono da Educação Brasileira. 
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília, 13 de abril de 2012; 191o da Independência e 124o da República. 
DILMA ROUSSEFF

Aloizio Mercadante

Saiba mais: 

O educador Paulo Reglus Freire é conhecido por muitos brasileiros, principalmente os professores. Ele delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas, na tentativa de torná-las elucidadas e conscientizadas politicamente. Suas contribuições atingem muitas áreas do conhecimento, no entanto se destacam os trabalhos inovadores no campo da educação popular. A alfabetização e o esclarecimento político de jovens e adultos operários influenciaram teorias científicas e filosóficas, além de movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base (CEB), do MST, entre outros. 

Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, na Estrada do Encanamento, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. Filho de Joaquim Themístocles Freire e Edeltrudes Neves Freire, teve três irmãos. Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância, durante a depressão de 1929. Essa experiência o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir sua “compreensão ético-político-crítica da educação”, como preferia nomear a sua Teoria. Dessa compreensão surgiu seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África, sendo um intelectual respeitado nas Academias de todo o mundo. Recebeu 39 títulos de Doutor Honoris Causa e mais 4 títulos acadêmicos honoríficos de universidades brasileiras, européias e americanas. 

O pesquisador casou a primeira vez em 1944, com Elza Maia Costa de Oliveira. Conheceu-a ao dar aulas particulares de língua portuguesas quando ela se preparava para o concurso de professor do Estado de Pernambuco. Ela faleceu em outubro de 1986. Já em 27 de março de 1988, o educador casou-se com Ana Maria Araújo Hasche, conhecida pelo apelido "Nita". Eles se conheciam desde a infância de Nita, que também foi sua orientanda no programa de mestrado da PUC-SP. 

Freire morreu de um ataque cardíaco, em 2 de maio de 1997, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido à sua pressão alta e complicações do cateterismo que tinha se submetido. 

Conversamos com sua viúva, Ana Maria Araújo Freire, a Nita, que de uma maneira bem informal nos fala como foi o educador como um homem comum, amigo e marido. 



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blog da ubes

PAULO FREIRE, PATRONO OFICIAL DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Posted: 17/04/2012 in UBES
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Diário Oficial da União publicou nesta segunda-feira, 16, a lei que declara o educador Paulo Freire patrono da educação brasileira. O projeto de lei foi aprovado por unanimidade no início de março pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, em decisão terminativa.
Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) foi educador e filósofo. Considerado um dos principais pensadores da história da pedagogia mundial, influenciou o movimento chamado pedagogia crítica. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação.
O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra. Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos estudantes, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as “escolas burguesas”), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num estudante apenas receptivo, dócil.
Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. “Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade”, escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os estudantes ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.

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