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http://site.adital.com.br/site/noticia.php?boletim=1&lang=PT&cod=77815
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Começa julgamento de acusados por crime violento motivado por homofobia no Chile
Benedito Teixeira
Adital
Começou esta semana o julgamento de um crime motivado por homofobia e cometido por um suposto grupo de neonazistas de Santiago do Chile. A brutal agressão a Daniel Zamudio (foto), 24 anos, no Parque San Borja, em 03 de março de 2012, chocou a população chilena, pois foi praticada com requintes de crueldade. O jovem homossexual foi espancado, queimado com cigarros, apedrejado e teve seu corpo marcado com símbolos nazistas. Zamudio, que ficou quase 30 dias agonizando no hospital até sua morte, tornou-se símbolo da luta contra a homofobia no Chile.
O Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh), ao relatar o início do julgamento, nesta segunda-feira, 23 de setembro, dos quatro acusados pelo crime, Patricio Ahumada, Alejandro Ángulo, Raúl López e Fabián Mora, assinala que o crime mudou a percepção sobre os alcances da homofobia no Chile e terminou por agilizar a aprovação da Lei Anti-Discriminação no país.
O primeiro réu a depor foi Raúl López, que declarou ter sido obrigado por dois dos acusados. A defesa alegou ainda que a morte de Daniel não foi provocada pela tortura, mas por negligência médica, hipótese que o Movilh qualificou como "aberração moral”. O pai de Daniel Zamudio, Iván, afirmou, ao final da audiência, que os quatros acusados são igualmente responsáveis pela agressão.
Nesta terça-feira, 25, foi previsto que o depoimento de Fabián Mora, cujo advogado já adiantou que seu objetivo será demonstrar que nem todos os acusados são igualmente responsáveis, enquanto que no caso de Alejandro Ángulo a hipótese de sua defesa se baseará em que não há nenhuma prova que o vincule aos fatos. Já a defesa de Patricio Ahumada deverá argumentar que o acusado tem sido estigmatizado ao ser apresentado publicamente e sem fundamentos, segundo suas próprias palavras, como "um porta-voz do mal que atua a sangue frio”.
Todos os acusados são imputados pelo crime de homicídio qualificado. A Promotoria solicita penas de prisão perpétua para Patricio Ahumada Garay; 20 anos de prisão para Alejandro Ángulo Tapia e Raúl López Fuentes; e 15 anos e um dia para Fabián Mora Mora. A expectativa é de que o julgamento se estenda por várias semanas, após o qual os juízes Juan Carlos Urrutia, Cecilia Catalán e Patricia Brundl emitirão uma sentença. Mais de 50 testemunhas de acusação e de defesa deporão durante o processo.
O Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh), ao relatar o início do julgamento, nesta segunda-feira, 23 de setembro, dos quatro acusados pelo crime, Patricio Ahumada, Alejandro Ángulo, Raúl López e Fabián Mora, assinala que o crime mudou a percepção sobre os alcances da homofobia no Chile e terminou por agilizar a aprovação da Lei Anti-Discriminação no país.
O primeiro réu a depor foi Raúl López, que declarou ter sido obrigado por dois dos acusados. A defesa alegou ainda que a morte de Daniel não foi provocada pela tortura, mas por negligência médica, hipótese que o Movilh qualificou como "aberração moral”. O pai de Daniel Zamudio, Iván, afirmou, ao final da audiência, que os quatros acusados são igualmente responsáveis pela agressão.
Nesta terça-feira, 25, foi previsto que o depoimento de Fabián Mora, cujo advogado já adiantou que seu objetivo será demonstrar que nem todos os acusados são igualmente responsáveis, enquanto que no caso de Alejandro Ángulo a hipótese de sua defesa se baseará em que não há nenhuma prova que o vincule aos fatos. Já a defesa de Patricio Ahumada deverá argumentar que o acusado tem sido estigmatizado ao ser apresentado publicamente e sem fundamentos, segundo suas próprias palavras, como "um porta-voz do mal que atua a sangue frio”.
Todos os acusados são imputados pelo crime de homicídio qualificado. A Promotoria solicita penas de prisão perpétua para Patricio Ahumada Garay; 20 anos de prisão para Alejandro Ángulo Tapia e Raúl López Fuentes; e 15 anos e um dia para Fabián Mora Mora. A expectativa é de que o julgamento se estenda por várias semanas, após o qual os juízes Juan Carlos Urrutia, Cecilia Catalán e Patricia Brundl emitirão uma sentença. Mais de 50 testemunhas de acusação e de defesa deporão durante o processo.
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