terça-feira, 11 de outubro de 2011

6ª mostra de cinema e direitos humanos

fonte: http://www.cinedireitoshumanos.org.br/2011/html/apresentacao.html
6ª mostra de cinema e direitos humanos

Apresentação


Maria do Rosário Nunes
Ministra de Estado-Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República 

Cultura de direitos humanos: as transformações através do cinema
Cultura de derechos humanos: las transformaciones por medio del cine

Cinemateca Brasileira
Cinema e direitos humanos para todo o Brasil
Cine y derechos humanos para todo o Brasil

Danilo Santos de Miranda
Diretor regional do SESC-SP 

Cinema e Direitos Humanos
Cine y derechos humanos

Tereza Cruvinel
Diretora-Presidente | EBC - TV Brasil 

TV pública, cinema e direitos humanos: laços indissolúveis
TV pública, cine y derechos humanos: lazos indisolubles

Francisco Cesar Filho - Curador
Formando público para o cinema e para os direitos humanos
Cómo formar al público para el cine y para los derechos humanos

Via Guttenberg
Programa cine-educação direitos humanos
Programa cine-educación derechos humanos



Cultura de direitos humanos: as transformações através do cinema

A Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul chega em sua sexta edição alcançando um sonho colocado desde a sua criação em 2006: estar presente nas 27 capitais brasileiras. As recém-chegadas Macapá, Vitória, Boa Vista, Campo Grande, Porto Velho, Florianópolis e Palmas vibraram por fazer parte da maior mostra de cinema do gênero no mundo.

Este grande evento nacional só é hoje possível em tais proporções pelo trabalho incansável de inúmeras pessoas, autoridades e anônimos, que acreditaram e acreditam que o fim das violações aos Direitos Humanos é uma meta a ser perseguida, principalmente com ações de promoção e divulgação das garantias e direitos fundamentais de nosso povo, numa verdadeira estratégia de formação de uma massa crítica dona de seu próprio destino.

Nosso país passou e passa por transformações sociais. Em todos os estados e no Distrito Federal, a sexta edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos encontrará um pouco de cada mudança vivida nestes últimos anos. Mas também irá se deparar com grandes desafios; irá se encontrar com toda a multiplicidade cultural e histórica de nosso país. Vai falar de diferentes formas para diferentes públicos, mas sempre sob o signo universal e ao mesmo tempo contextual dos Direitos Humanos.

Francisco Cesar Filho, conhecido por todos como Chiquinho, é o curador também desta edição. Neste ano, ele foi desafiado a assistir e desempenhar a difícil tarefa de selecionar os filmes que integrarão a Mostra dentre os quase 240 enviados. Este é um número 40% maior que no ano passado, demonstrando a importância e o respeito que tem a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul e seu inesgotável potencial de crescimento.

A pluralidade dos Direitos Humanos é uma das características da Mostra, reforçada com os filmes selecionados que, neste ano, tratarão dos Direitos de Crianças e Adolescentes, do Direito à Terra, da Cidadania LGBT, da Educação em Direitos Humanos, Democracia, das Populações Tradicionais, Quilombolas e Afrodescendentes, das Pessoas Idosas, da Saúde Mental e Combate à Tortura, das Pessoas com Deficiência, Migrantes e do Direito à Memória e à Verdade, dentre outros tantos.

Na seção Filmes Contemporâneos, destinada às produções recentes, cuatro Litros por Tonel (2010), de Belimar Román Rojas, conta a história de Vicenta, Marilin, Luisa, Victoria e outras oito mulheres camponesas venezuelanas que decidem se tornar uma cooperativa de adubos orgânicos. As demandas apresentadas pelo projeto fazem com que sofram ameaças, comprometendo todo o projeto. A autonomia financeira das mulheres é sem dúvida um desafio para a sociedade. A garantia de renda e o protagonismo desse grupo feminino serão capazes de nos fazer refletir sobre as dificuldades e desafios vividos pelas mulheres no mercado de trabalho ou diante de projetos de economia solidária.

Ainda na seção Filmes Contemporâneos, camponeses do araguaia - a guerrilha vista por dentro (2010), de Vandré Fernandes, surpreenderá com imagens da época dos conflitos (1972-74), que conseguiram ser preservadas apesar dos esforços para que todos os documentos que retratassem a Guerrilha fossem destruídos. A proposta desse longa é mostrar a Guerrilha a partir dos moradores das imediações onde ocorreram os conflitos. O apoio popular ao movimento e o sofrimento a cada desaparecimento são pontos marcantes do filme.

A Retrospectiva Histórica, outra seção da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, novamente trará filmes que tratam do Direito à Memória e à Verdade. É propício o momento para que mais uma vez a Mostra traga em sua seleção produções sobre o tema. Os países da América do Sul foram marcados por fortes períodos ditatoriais e, em resposta à necessidade de se conhecer o passado e torná-lo acessível aos olhos dos seus cidadãos, deram importantes passos na construção de marcos legais, institucionais e culturais de transição democrática. Esses avanços influenciaram também o cinema. Verdadeiras obras-primas foram enviadas com a temática do Direito à Memória e à Verdade como, por exemplo, diário de uma Busca (2010), de Flávia Castro, que tenta desvendar o desaparecimento do militante político Celso Castro (1964-1984) durante os anos de 1960. confissões (2011), de Gualberto Ferrari, conta a história de Gustavo Scagliusi, ex-agente secreto do Batalhão 601, unidade do Serviço de Informações do Exército argentino durante a última ditadura militar (1976-1983), que se encontra frente a frente com o passado e as próprias culpas.

A 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira, patrocínio da Petrobras e apoio do SESC/SP, da TV Brasil e do Ministério das Relações Exteriores. Quem apresenta é o Ministério da Cultura.

Com filmes legendados para deficientes auditivos e com audiodescrição para deficientes visuais, com todas as sessões gratuitas e realizadas sempre em salas com acessibilidade garantida para as pessoas com deficiência, a 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul se consolida como um dos principais instrumentos de nosso país para a criação de uma cultura de paz, de direitos, de liberdade e autodeterminação.

A Mostra chega em sua cidade! Divulgue-a! Aproveite-a! Viva-a! Façamos com que seja apropriada por todos, e que consigamos conquistar, inclusive, os amantes do cinema.

Maria do Rosário Nunes
Ministra de Estado-Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República



Cultura de derechos humanos: las transformaciones por medio del cine

La Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica llega a su sexta edición alcanzando un sueño planteado desde su creación en 2006: estar presente en las 27 ciudades brasileñas. Las recién llegadas Macapá, Vitória, Boa Vista, Campo Grande, Porto Velho, Florianópolis y Palmas se entusiasmaron por formar parte de la mayor muestra de cine del género del mundo.

En la actualidad, este gran evento nacional solamente es posible en tales proporciones por el trabajo incansable de innumerables personas, autoridades y anónimas que tuvieron fe, y todavía la tienen, en que el fin de las violaciones a los Derechos Humanos es una meta a ser buscada, principalmente con acciones de promoción y divulgación de las garantías y Derechos fundamentales de nuestro pueblo, en una verdadera estrategia de formación de una masa crítica. 
Nuestro país viene pasando por transformaciones sociales. En todos los estados y en el Distrito Federal, la sexta edición de la Muestra Cine y Derechos Humanos encontrará un poco de cada cambio vivido en estos últimos años. Pero también se deparará con grandes desafíos; se encontrará con toda la multiplicidad cultural e histórica de nuestro país. Hablará sobre diferentes formas para diferentes públicos, pero siempre bajo el signo universal y al mismo tiempo contextual de los Derechos Humanos.

Francisco Cesar Filho, Chiquinho como todos lo llaman, también es el curador de esta edición. Este año, enfrentó el desafío de asistir las películas que integrarán la Muestra y de desempeñar la difícil tarea de seleccionarlas entre las casi 240 enviadas. Esta cifra es el 40% superior a la del año pasado, demostrando la importancia y el respeto que tiene la Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica y su inagotable potencial de crecimiento.

La pluralidad de los Derechos Humanos es una de las características de la Muestra, reforzada por las películas seleccionadas que, este año, tratarán de los Derechos de los Niños y Adolescentes, del Derecho a la Tierra, de la Ciudadanía LGBT, de la Educación en Derechos Humanos, de la Democracia, de las Poblaciones Tradicionales, Quilombolas (descendientes de esclavos) y Afro-descendientes, de las Personas Ancianas, de la Salud Mental y del Combate a la Tortura, de las Personas Portadoras de Discapacidad, de los Migrantes y del Derecho a la Memoria y a la Verdad, entre tantos otros.

En la sección Películas Contemporáneas, destinada a las producciones recientes, Cuatro litros por tonel (2010), de Belimar Román Rojas, cuenta la historia de Vicenta, Marilin, Luisa, Victoria y otras ocho mujeres campesinas venezolanas que deciden ser económicamente independientes formando una cooperativa de abonos orgánicos. Las demandas presentadas por el proyecto hacen que ellas sufran amenazas, comprometiendo todo el proyecto. La autonomía financiera de las mujeres, sin duda, es un desafío para la sociedad. La garantía de ingresos y el protagonismo de ese grupo femenino serán capaces de hacernos reflexionar sobre las dificultades y desafíos vividos por las mujeres en el mercado de trabajo o ante proyectos de economía solidaria.

También Camponeses do araguaia - a Guerrilha Vista por dentro (2010), de Vandré Fernandes, sorprenderá con imágenes de la época de los conflictos (1972-74), que consiguieron ser preservadas a pesar de los esfuerzos hechos para destruir todos los documentos que retratasen la Guerrilla. La propuesta de este largometraje es mostrar la Guerrilla bajo la óptica de las poblaciones de los locales en donde ocurrieron los conflictos. El apoyo popular al movimiento y el sufrimiento de cada desaparición son puntos señalados de la película.

La Retrospectiva Histórica, otra sección de la Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica, presentará nuevamente películas que tratan del Derecho a la Memoria y a la Verdad. El momento es propicio para que una vez más, la Muestra presente en su selección producciones sobre el tema. Los países de Sudamérica estuvieron marcados por fuertes períodos dictatoriales y, como respuesta a la necesidad de conocer el pasado y hacerlo accesible a los ojos de sus ciudadanos, dieron importantes pasos hacia la construcción de marcos legales, institucionales y culturales de transición democrática. Esos avances también influyeron en el cine. Se han enviado verdaderas obras primas con la temática del Derecho a la Memoria y a la Verdad como, por ejemplo, diário de uma Busca (2010), de Flávia Castro, que trata de desvelar la desaparición del militante político Celso Castro (1964-1984) durante la década de 1960. Confesiones (2011), de Gualberto Ferrari, cuenta la historia de Gustavo Scagliusi, ex-agente secreto del Batallón 601, unidad del Servicio de Informaciones del Ejército argentino durante la última dictadura militar (1976-1983), que se encuentra frente a frente con el pasado y sus propias culpas.

La 6ª. Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica es una realización de la Secretaría de Derechos Humanos de la Presidencia de la República, con producción de la Cinemateca Brasileña, patrocinio de Petrobras y apoyo del SESC/SP, de la TV Brasil y del Ministerio de las Relaciones Exteriores. Quien hace la presentación es el Ministerio de Cultura.

Con películas subtituladas para discapacitados auditivos y con audio-descripción para deficientes visuales, con todas las sesiones gratis y realizadas siempre en salas con capacidad de acceso garantizada para las personas con discapacidad, la 6ª. Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica se consolida como uno de los principales instrumentos de nuestro país para la creación de una cultura de paz, de Derechos, de libertad y de autodeterminación.

¡La Muestra llega a su ciudad! ¡Divúlguela! ¡Aprovéchela! ¡Vívala! Hagamos que todos se apropien de ella y que consigamos conquistar, incluso, a los amantes del cine. 


Maria do Rosário Nunes
Ministra de Estado-Jefe de la Secretaría de Derechos Humanos de la Presidencia de la República



Cinema e direitos humanos para todo o Brasil

Chegar à sexta edição consecutiva da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul já seria motivo de grande satisfação para a Cinemateca Brasileira. Fazê- lo envolvendo todo o território nacional é para nós uma realização ainda mais notável.

Ao longo dos últimos cinco anos, levamos adiante a iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República de promover a conscientização e a reflexão acerca dos Direitos Humanos por meio da exibição de filmes e da realização de debates com diversos atores sociais que trabalham - no cinema, na vida - com o tema. Mais do que isso, procuramos integrar as cinematografias da América do Sul e do Brasil, tão diversificadas, promovendo um espaço de exibição de amplo acesso.

2011 é um ano de grandes conquistas para a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul: contamos com filmes de todos os países da América do Sul em nossa programação; tivemos um número recorde de inscrições em nossa convocatória (233 filmes) e estaremos presentes nas 26 capitais do País e no Distrito Federal.

Este ano destacamos quatro Direitos Humanos, cada um representado por um filme de grande relevância para a cinematografia nacional ou latino-americana dos últimos tempos. Direitos Humanos e Saúde Mental será o tema abordado com a exibição de Bicho de Sete cabeças, de Laís Bodansky; a Cidadania LGBT está presente em morango e chocolate, de Tomás Gutiérrez; os Direitos dos Idosos são a chave para a reflexão a partir de chuvas de verão, de Carlos Diegues; e os Direitos da Infância dão o tom em central do Brasil, de Walter Salles. Além desses destaques, teremos uma ampla variedade de títulos nas seções Contemporâneos e Retrospectiva Histórica.

Novamente com a parceria do SESC-SP, da TV Brasil e do Ministério das Relações Exteriores e o apoio integral da Petrobras, convidamos a todos para acompanharem, entre 10 de outubro e 1º de dezembro, esta ação de valorização do cinema como meio de transformação social. Esperamos, com isso, não apenas difundir filmes, mas contribuir para a reflexão sobre questões coletivas urgentes no trabalho interminável pela construção de um mundo mais humanizado.

Cinemateca Brasileira



Cine y derechos humanos para todo o Brasil

Llegar a la sexta edición consecutiva de la Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica ya sería motivo de gran satisfacción para la Cinemateca Brasileña. Hacerlo envolviendo todo el territorio nacional es para nosotros un logro todavía más notable.

En los últimos cinco años hemos llevado adelante la iniciativa de la Secretaría de Derechos Humanos de la Presidencia de la República de promover la toma de conciencia y la reflexión sobre los Derechos Humanos por medio de la exhibición de películas y de la realización de debates con diversos actores sociales que trabajan - en el cine y en la vida - con esa cuestión. Mucho más que eso, hemos buscado integrar las cinematografías de Sudamérica y de Brasil, tan diversificadas, promoviendo un espacio de exhibición de amplio acceso.

2011 es un año de grandes conquistas para la Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica: nuestra programación cuenta con películas de toda la región; tuvimos un número récord de inscripciones en nuestra convocación (233 películas), y estaremos presentes en las 26 capitales del País y en el Distrito Federal.

Este año destacamos cuatro Derechos Humanos, cada uno representado por una película de gran importancia para la cinematografía nacional o latinoamericana de los últimos tiempos. Derechos Humanos y Salud Mental será el tema abordado con la exhibición de Bicho de sete Cabeças, de Laís Bodansky; la Ciudadanía LGBT está presente en fresa y Chocolate, de Tomás Gutiérrez; los Derecho de la Persona Anciana están presentes en Chuvas de Verão, de Carlos Diegues; y los Derechos de la Niñez dan el tono a la película Central do Brasil, de Walter Salles. Además de esos destaques tendremos una amplia variedad de títulos en las secciones Contemporáneos y Retrospectiva Histórica.

Nuevamente, con la alianza del SESC-SP, de la TV Brasil y del Ministerio de las Relaciones Exteriores y el apoyo total de Petrobras, les invitamos a todos para que acompañen, entre el 10 de octubre y el 1º de diciembre, esta acción de valorización del cine como medio de transformación social. De esa forma, esperamos no sólo difundir películas, sino contribuir con la reflexión sobre cuestiones colectivas urgentes en el trabajo interminable por la construcción de un mundo más humanizado. 


Cinemateca Brasileira



Cinema e Direitos Humanos

Seis décadas após a Declaração Universal dos Direitos Humanos, não é incomum assistirmos à luta cotidiana de pessoas e grupos em prol da garantia pelo Direito à Vida e à Liberdade, seu empenho em combater a violência e a humilhação, bem como sua capacidade de buscar justiça em situações as mais adversas.

Entretanto, a apropriação de valores elementares à vida ainda não constitui um padrão social passível de ser verificado em todos os lugares. Daí, a relevância da educação e da cultura como instrumentos fundamentais ao (re)conhecimento e à efetiva observância dos princípios ali contidos.

Entre as premissas adotadas pelo SESC, encontra-se a valorização do ser humano em diferentes aspectos de seu desenvolvimento, valendo-se, para isso, de uma política de inclusão social, que se distingue pela democratização do acesso a bens culturais.

Em sua sexta edição, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul une a linguagem do cinema à realidade contemporânea, sem nuances ou disfarces, abrindo-se ao debate de questões pungentes, como a política, a guerra e a fome.

Para o SESC, a relevância da Mostra se expressa pela associação entre o potencial educativo e a criatividade, próprios a quem suplanta dificuldades para narrar as histórias que deseja ver contadas. Justifica-se, assim, nossa satisfação por estar entre os parceiros deste evento.

Danilo Santos de Miranda
Diretor regional do SESC-SP



Cine y derechos humanos

Pasadas seis décadas desde la Declaración Universal de los Derechos Humanos, no es raro presenciar la lucha cotidiana de personas y grupos en pro de la garantía al Derecho a la Vida y a la Libertad, su empeño en combatir la violencia y la humillación, así como su capacidad de buscar justicia en las más adversas situaciones.

No obstante, la apropiación de valores elementales para la vida todavía no constituye un estándar social que puede verificarse en todos los lugares. Por eso la importancia de la educación y de la cultura como instrumentos fundamentales para el (re)conocimiento y el efectivo cumplimiento de los principios allí contenidos.

Entre las premisas adoptadas por el SESC (Servicio Social del Comercio) está la valorización del ser humano en diferentes aspectos de su desarrollo, valiéndose para tanto de una política de inclusión social que se distingue por la democratización del acceso a los bienes culturales.

En su sexta edición, la Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica une el lenguaje del cine a la realidad contemporánea, sin sesgos ni disfraces, abriéndose al debate de cuestiones cruciales, tales como la política, la guerra y el hambre.

Para el SESC, la relevancia de la Muestra se expresa por la asociación entre el potencial educativo y la creatividad, propios de quien suple dificultades para narrar las historias que desea ver contadas. Es esta la justificación para la satisfacción que sentimos por encontrarnos entre los aliados de este evento. 


Danilo Santos de Miranda
Director regional del SESC-SP



TV pública, cinema e direitos humanos: laços indissolúveis

O Prêmio TV Brasil de Exibição chega à sua quarta edição na Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. Isso significa que o prêmio foi instituído pela diretoria da Empresa Brasil de Comunicação - EBC no Ano I da TV Pública em nosso país, que foi 2008. No final de 2011 concluiremos o primeiro quadriênio na gestão da EBC e do Sistema Público de Comunicação com um balanço de realizações que não é pequeno nem irrelevante. Apesar da incompreensão e do preconceito, do vilipêndio e da calúnia, a TV pública não sucumbiu às tentativas de massacre, e hoje é uma realidade indiscutível. Temos orgulho de todo o trabalho realizado na construção da infraestrutura e na produção de conteúdo. Temos um particular orgulho da clivagem de toda a programação pela questão dos Direitos Humanos.

Foram dois os compromissos que levaram a TV Brasil a se juntar aos demais parceiros institucionais da Mostra, quando ela já estava na terceira edição. Primeiro, com os Direitos Humanos como princípio editorial de nosso jornalismo e de nossa programação; segundo, com o cinema nacional.

Na programação, os Direitos Humanos começam pela manhã na TV Brasil, quando exibimos o único telejornal brasileiro todo transmitido em Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e voltado para pessoas com deficiência auditiva. Eles continuam em cartaz nas seis horas de programa infantil que se segue. São seis horas em TV aberta, oferecendo diversão e entretenimento tingidos por valores e conceitos fundamentais para a formação dos pequenos cidadãos. E quando falamos em TV aberta, estamos falando das milhões de crianças que não têm acesso à TV paga, em que hoje se refugia a melhor programação infantil. O compromisso segue nos telejornais, no talk-show de Leda Nagle, que ocupa a tarde, e entra pela noite em janelas como o Programa Especial, voltado para pessoas com deficiências, o Cara e Coroa, que discute todas as idades, os interprogramas sobre Paz, Violência Doméstica, Comportamamento Urbano, Etnias Brasileiras, Racismo, Igualdade de Gêneros e outros temas.

Mas a emissora precisa falar também com gestos. Por exemplo, colocando a diversidade racial e de gênero em sua tela, oferecendo mais horas que o exigido em lei com recursos de acessibilidade, seja a closed-caption (transcrição para pessoas com deficiência auditiva), seja a audiodescrição (para pessoas com deficiência visual).

Com o cinema, a TV Brasil tem uma sólida aliança. Mais uma vez, em 2011, foi a emissora que mais exibiu filmes nacionais. Foram 273 títulos no ano, o correspondente a 75,2% dos filmes exibidos, deixando bem para trás as emissoras comerciais. O prêmio TV Brasil de Exibição é concedido também em outros quatro festivais nacionais. A coprodução com produtores brasileiros tem gerado obras importantes. uma Longa viagem, da cineasta Lúcia Murat, grande vencedora da 39ª edição do Festival de Cinema de Gramado, foi produzida graças ao edital Longadoc, pela parceria Minc-TV Brasil.

Laços como estes diferenciam a TV Pública, acentuam sua missão. Por isso são indissolúveis.

Tereza Cruvinel
Diretora-Presidente | EBC - TV Brasil



TV pública, cine y derechos humanos: lazos indisolubles

El Premio TV Brasil de Exhibición llega a su cuarta edición en la Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica. Eso sig- nifica que el premio fue instituido por el directorio de la Empresa Brasil de Comunicación - EBC en el Año I de la TV Pública en nuestro país, que fue el año 2008. A finales de 2011 concluire- mos el primer cuadrienio en la gestión de la EBC y del Sistema Público de Comunicación con un balance de logros que no es ni pequeño ni sin importancia. A pesar de la incomprensión y del prejuicio, de la difamación y de la calumnia, la TV pública no sucumbió a los intentos de masacre y es actualmente una reali- dad indiscutible. Nos enorgullecemos de todo el trabajo realizado en la construcción de la infraestructura y en la producción de contenido. Tenemos un orgullo especial en que toda nuestra pro- gramación sea regida por la cuestión de los Derechos Humanos.

Fueron dos los compromisos que hicieron que la TV Brasil se uniera a los demás aliados institucionales de la muestra, cuando ella se encontraba en la tercera edición: el primero, el de tener los Derechos Humanos como principio editorial de nuestro pe- riodismo y de nuestra programación; el segundo, el que tenemos con el cine nacional.

En la programación, los Derechos Humanos comienzan ya en la mañana en la TV Brasil, cuando exhibimos el único no- ticiero brasileño totalmente transmitido en la Lengua Brasileña de Signos (Libras), enfocado en las personas con discapacidad auditiva. Continúan presentes en las seis horas de programación infantil que vienen a continuación. Son seis horas en TV abier- ta, ofreciendo diversión y entretenimientos bajo la óptica de los valores y los conceptos fundamentales para la formación de los peque- ños ciudadanos. Cuando hablamos sobre TV abierta, hablamos sobre los millones de niños que no tienen acceso a la TV por cable, en donde actualmente se refugia la mejor programación infantil. El compromiso se mantiene en los noticieros, en el talk-show de Leda Nagle, que ocupa la parte de la tarde, y continúa por la noche en atracciones como Programa Especial, enfocado en las personas discapacitadas, en el Cara e Coroa ("Cara y Cruz") que discute todas las edades, en los inter-programas so- bre Paz, Violencia Doméstica, Comportamiento Urbano, Etnias Brasile- ñas, Racismo, Igualdad de Géneros y otros temas más.

Pero la emisora también tiene que hablar por medio de gestos. Po- niendo, por ejemplo, la diversidad racial y de género en su pantalla, ofre- ciendo más horas que las exigidas por la ley con recursos de acceso, sea la closed-caption (transcripción para personas con discapacidad auditi- va), sea la audio-descripción,(para personas con discapacidad visual).

Con el cine, la TV Brasil mantiene una alianza sólida. Una vez más en 2011, fue la emisora que más presentó películas nacionales. Fueron 273 títulos en el año, una cifra que corresponde al 75,2% de las películas exhibidas, muy a la vanguardia de las emisoras comer- ciales. El Premio TV Brasil de Exhibición se concede también en otros cuatro festivales nacionales. La co-producción con productores bra- sileños ha generado obras importantes. uma longa Viagem (un largo viaje) de la cineasta Lúcia Murat, gran vencedora de la 39ª edición del Festival de Cinema de Gramado, se produjo gracias a la licitación Longadoc, una alianza Minc-TV Brasil.

Lazos como estos diferencian a la TV Pública y subrayan su misión. Por eso son indisolubles.


Tereza Cruvinel
Directora-Presidente | EBC - TV Brasil



Formando público para o cinema e para os direitos humanos

Um evento que se consolida e amplia seu alcance a cada ano, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul chega, em 2011, às 27 capitais brasileiras, o que revela um marco inegável de sua vocação democrática na difusão dos diversos direitos do homem.

A arte cinematográfica como opção de linguagem se orienta por obras que priorizam, além da temática, também a criação audiovisual e o apuro técnico. Desta forma, títulos ficcionais, renomados diretores e atores admirados fazem parte de uma programação que busca atingir também o imaginário do público.

A Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul cumpre relevante papel no mapeamento e exibição de uma produção que, infelizmente, desfruta de parca circulação no território brasileiro: a cinematografia de países sul-americanos. Assim, o evento propicia atualização com a produção não só do Brasil e da Argentina, mais comuns em nossas salas e festivais, mas também com a criação de países como Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Finalmente, ao levar obras de tal qualidade a plateias de todas as regiões do País, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul atua decisivamente na formação de público. Propicia, ainda, inclusão via acessibilidade dos pontos de exibição e sessões com closed caption e audiodescrição.

A honra de ser responsável pelo conteúdo da programação oferecido fica, assim, facilmente explicada.

Francisco Cesar Filho
Curador



Cómo formar al público para el cine y para los derechos humanos

La Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica, un evento que se consolida y amplía su alcance a cada año que pasa, llega en 2011 a las 27 capitales brasileñas, lo que constituye un hito innegable de su vocación democrática en la difusión de los diversos Derechos del hombre.

El arte cinematográfico, como opción de lenguaje, se orienta por obras que dan prioridad, además de a los temas, a la creación audiovisual y al perfeccionamiento técnico. Siendo así, títulos de ficción, directores de renombre y actores admirados forman parte de una programación que también trata de llegar al imaginario del público.

La Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica desempeña un papel relevante en el mapeo y en la exhibición de una producción que, desafortunadamente, tiene pequeña circulación en el territorio brasileño y que es la cinematografía de países sudamericanos. Por lo tanto, el evento propicia la actualización en términos de la producción no solo de Brasil y de Argentina, más comunes en nuestras salas y festivales, sino también de la creación de países como Bolivia, Chile, Colombia, Ecuador, Paraguay, Perú, Uruguay y Venezuela.

Finalmente, al presentar obras de tal calidad a públicos de todas las regiones del País, la Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica actúa decisivamente en la formación del público. También posibilita la inclusión por medio de la facilidad de acceso a los puntos de exhibición y de sesiones con closed caption y audio-descripción.

Por lo tanto, es fácil explicar el honor que representa ser responsable por el contenido de la programación ofrecida.


Francisco Cesar Filho
Curador



Programa cine-educação direitos humanos

A Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul chega à sua sexta edição com uma importante novidade: o Programa Cine-Educação Direitos Humanos, seu eixo educativo. Neste ano, o Programa continuará sua expansão e estará em seis capitais do País.

O Programa é realizado pela Cinemateca Brasileira e pela Via Gutenberg, e nasce dos aprendizados obtidos no projeto piloto implementado em 2010/2011 com filmes da 5ª Mostra. Além disso, beneficia-se também dos sete anos de experiência do Cine-Educação na Cinemateca, programa realizado em parceria com diversas Secretarias de Educação no Brasil que visa à introdução do audiovisual no ensino básico.

Dentre os objetivos do Programa, destacam-se os seguintes:
- Envolver professores e alunos na Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul.
- Formar público de cinema a partir do repertório de informações sobre os filmes e a linguagem cinematográfica oferecidos aos professores e alunos da rede do ensino básico.
- Contribuir para a formação do cidadão, desenvolvendo no indivíduo a capacidade de analisar, discutir e posicionar-se perante informações transmitidas através dos filmes.
- Ampliar acesso a conteúdos audiovisuais de qualidade nas temáticas de Direitos Humanos e propiciar a experiência social de "ir ao cinema".

Metodologia de trabalho
Com base em uma seleção dos filmes apresentados na Mostra, o Cine-Educação Direitos Humanos se propõe a contribuir com o trabalho pedagógico nas redes de ensino através da temática de Direitos Humanos. Para tal, um material de apoio educacional aprofundado sobre cada filme é desenvolvido e distribuído aos professores, abordando tantos as temáticas como a linguagem audiovisual.

A metodologia do Programa se inicia junto à Mostra e continua ao longo do ano letivo através de encontros e atividades. Os professores inscritos participam de uma formação, na qual assistem aos filmes selecionados e recebem o repertório contido no material de apoio educacional. Neste encontro são discutidas propostas de trabalho dentro da sala de aula. Na sequência, o filme selecionado pelo professor é disponibilizado temporariamente para a exibição aos seus alunos.

A equipe do Programa sempre mantém um canal de comunicação para acompanhar as atividades e, para fechar o ciclo, é realizado um encontro final no qual os resultados obtidos são apresentados e discutidos.

Curadoria de filmes
Para este ano, foram selecionados quatro curtas- metragens pela equipe do Programa em conjunto com a curadoria da Mostra:
A Grande Viagem, de Caroline Fioratti
Garoto Barba, de Christopher Faust
O Plantador de Quiabos, do Coletivo Santa Madeira
Tempo de Criança, de Wagner Novais

Via Gutenberg



Programa cine-educación derechos humanos

La Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica llega a su sexta edición con una importante novedad: el Programa Cine-Educación Derechos Humanos, su eje educativo. Este año, el Programa continuará su expansión y estará en seis capitales del País.

El Programa lo realiza la Cinemateca Brasileña y Vía Gutenberg y nace de los aprendizajes obtenidos en el proyecto implementado en 2010/2011 con películas de la V Muestra. Además, también se beneficia de los siete años de experiencia del Cine-Educación en la Cinemateca, programa realizado e alianza con diversas Secretarías de Educación en Brasil con el objetivo de introducir el audiovisual en la enseñanza básica.

Entre los objetivos del Programa podemos citar los siguientes:
- Envolver a profesores y alumnos en la Muestra Cine y Derechos Humanos en Sudamérica.
- Formar público de cine, a partir del repertorio de informaciones sobre las películas y el lenguaje cinematográfico ofrecido a los profesores y alumnos de la red de la enseñanza básica.
- Contribuir para la formación del ciudadano, desarrollando en el individuo la capacidad de analizar, discutir y posicionarse ante las informaciones transmitidas por medio de las películas.
- Ampliar acceso a contenidos audiovisuales de calidad en los temas de Derechos Humanos y propiciar la experiencia social de "ir al cine".

Metodología de trabajo
Con base en una selección de las películas presentadas en la Muestra, el Cine-Educación Derechos Humanos se propone a contribuir con el trabajo pedagógico en las redes de enseñanza por medio de la temática de Derechos Humanos. Para ello, se desarrolla un material de apoyo educativo profundizado sobre cada película y se distribuye entre los profesores, abordando tanto los temas como el lenguaje audiovisual.

La metodología del programa comienza con la Muestra y continúa durante el año escolar por medio de encuentros y actividades. Los profesores inscritos participan en una formación, durante la cual ven las películas seleccionadas y reciben el repertorio contenido en el material de apoyo educativo. En este encuentro se discuten propuestas de trabajo dentro de las salas de clase. En la secuencia, la película seleccionada por el profesor se pone temporalmente a disposición para la exhibición a los alumnos.

El equipo del programa siempre mantiene un canal de comunicación para acompañar las actividades y, para cerrar el ciclo, se realiza un encuentro final en el cual se presentan y discuten los resultados obtenidos.

Curaduría de películas
Para este año, el equipo del Programa, en conjunto con la curaduría de la Muestra, seleccionó cuatro cortometrajes:
A Grande Viagem (El Gran Viaje) de Caroline Fioratti
Garoto Barba, (El Niño Barba) de Christopher Faust
O Plantador de Quiabos (El Plantador de Quimbombó), del Colectivo Santa Madeira
Tempo de Criança (Tiempo de Niñez) de Wagner Novais
Via Gutenberg 

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