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ADITAL JOVEM
11.08.2015
[ Brasil ]
Milhares de mulheres chegam a Brasília para a Marcha das Margaridas
Adital
O sol mal havia surgido quando algumas caravanas e delegações começaram a chegar ao estádio Mané Garrincha, para a 5ª Marcha das Margaridas, que começa nesta terça-feira, 11 de agosto, em Brasília, capital brasileira. Nem mesmo a gelada manhã da capital federal foi capaz de esfriar os ânimos e o pique das "margaridas”, que chegam das cinco regiões do país - Norte, Sul, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. De acordo com a Confederação Nacional dos/as Trabalhadores/as da Agricultura (Contag), até a manha deste primeiro dia já passa de 10 mil Margaridas presentes – entre homens e mulheres. A expectativa é de que cerca de 70 mil pessoas, a maioria mulheres, participem da Marcha, que se encerra nesta quarta-feira, 12.
"É com muito sorriso no rosto e alegria que celebramos esta grande conquista, que é a Marcha das Margaridas – evento liderado por mulheres e homens e coordenado, exclusivamente, por elas, as nossas margaridas”, comemora o presidente da Contag, Alberto Broch. De acordo com ele, muitos foram os preparativos até a chegada do evento. "Foram mais de dois anos de trabalho e atividades realizadas, com muito esforço delas. Rifas, parcerias com lideranças municipais e estaduais, vendas de artesanatos, entre outros. Tudo para que este sonho se concretizasse com a vinda das 70 mil Margaridas para este grande evento”, salienta.
Acreditar, confiar e sonhar. Esses têm sido os verbos mais conjugados entre as trabalhadoras rurais que chegam à Marcha. Para Maria Elxa, da região Norte, as expectativas para a 5ª Marcha são as melhores. "Viemos buscar nossos direitos e estamos confiantes de que levaremos o sucesso conosco, naquilo que viemos buscar”, diz, referindo-se à pauta de reivindicações, que engloba: a reforma agrária, soberania alimentar e a desconstrução de padrões patriarcais e sexistas.
Já a jovem da região Nordeste Renata Jaciara Cordeiro Melo chegou em busca de mais independência para a juventude que, segundo ela, ainda está muito vinculada aos pais, em virtude das dificuldades e burocracias em torno do acesso ao crédito fundiário. Elionir Dias de Souza, da região Centro-Oeste, busca benefícios para toda a sua comunidade que, segundo ela, é muito sofrida e trabalhadora. "Queremos mais saúde, recursos para os assentamentos locais, regularização fundiária, além da titulação da terra”, afirma a agricultora familiar, que cultiva mandioca e fruticultura, além de gado branco, em sua propriedade familiar.
Esta é a 2ª vez que Margarida das Graças da Silva, da Região Sudeste, participa da Marcha das Margaridas. "Fazer parte desse grupo reivindicatório pelos direitos das mulheres é uma honra para mim”, afirma dizendo ainda que, infelizmente, a discriminação persiste no meio rural. "Sofremos uma discriminação dupla: primeiro por sermos rurais; segundo por sermos mulheres”, desabafa a agricultora familiar que mora, junto ao esposo e à neta, na propriedade de cinco alqueires onde cultiva de tudo um pouco: mandioca, abobora, melancia, quiabo e tomate – entre outros.
A essência dessa 5ª edição da Marcha das Margaridas é despertar as mulheres e a sociedade contra as desigualdades sociais e todas as formas de violência. Além de formativo, a Marcha tem um caráter de denúncia, pressão e proposição ao pautar o governo, congresso e senado com as reivindicações das mulheres do campo.
Com informações da Contag.
"É com muito sorriso no rosto e alegria que celebramos esta grande conquista, que é a Marcha das Margaridas – evento liderado por mulheres e homens e coordenado, exclusivamente, por elas, as nossas margaridas”, comemora o presidente da Contag, Alberto Broch. De acordo com ele, muitos foram os preparativos até a chegada do evento. "Foram mais de dois anos de trabalho e atividades realizadas, com muito esforço delas. Rifas, parcerias com lideranças municipais e estaduais, vendas de artesanatos, entre outros. Tudo para que este sonho se concretizasse com a vinda das 70 mil Margaridas para este grande evento”, salienta.
Acreditar, confiar e sonhar. Esses têm sido os verbos mais conjugados entre as trabalhadoras rurais que chegam à Marcha. Para Maria Elxa, da região Norte, as expectativas para a 5ª Marcha são as melhores. "Viemos buscar nossos direitos e estamos confiantes de que levaremos o sucesso conosco, naquilo que viemos buscar”, diz, referindo-se à pauta de reivindicações, que engloba: a reforma agrária, soberania alimentar e a desconstrução de padrões patriarcais e sexistas.
Já a jovem da região Nordeste Renata Jaciara Cordeiro Melo chegou em busca de mais independência para a juventude que, segundo ela, ainda está muito vinculada aos pais, em virtude das dificuldades e burocracias em torno do acesso ao crédito fundiário. Elionir Dias de Souza, da região Centro-Oeste, busca benefícios para toda a sua comunidade que, segundo ela, é muito sofrida e trabalhadora. "Queremos mais saúde, recursos para os assentamentos locais, regularização fundiária, além da titulação da terra”, afirma a agricultora familiar, que cultiva mandioca e fruticultura, além de gado branco, em sua propriedade familiar.
Margarida das Graças da Silva |
Esta é a 2ª vez que Margarida das Graças da Silva, da Região Sudeste, participa da Marcha das Margaridas. "Fazer parte desse grupo reivindicatório pelos direitos das mulheres é uma honra para mim”, afirma dizendo ainda que, infelizmente, a discriminação persiste no meio rural. "Sofremos uma discriminação dupla: primeiro por sermos rurais; segundo por sermos mulheres”, desabafa a agricultora familiar que mora, junto ao esposo e à neta, na propriedade de cinco alqueires onde cultiva de tudo um pouco: mandioca, abobora, melancia, quiabo e tomate – entre outros.
A essência dessa 5ª edição da Marcha das Margaridas é despertar as mulheres e a sociedade contra as desigualdades sociais e todas as formas de violência. Além de formativo, a Marcha tem um caráter de denúncia, pressão e proposição ao pautar o governo, congresso e senado com as reivindicações das mulheres do campo.
Com informações da Contag.
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