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http://www.mtst.org/
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MINÚSCULOS REMENDOS DEPOIS DE UM GIGANTESCO MASSACRE
Após três dias de massacre contra os trabalhadores da ocupação Pinheirinho, o governo de São Paulo cedeu o mínimo. Mas isso não ocorreu por boa vontade.
Primeiramente várias manifestações aconteceram pelo país desde domingo, 22 de janeiro quando o Massacre de Pinheirinho começou. De Porto Alegre, passando por Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, entre outras cidades do país.
Ontem, um ato na frente do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista mostrou que o Massacre também teria custos ao governo do PSDB. Por isso, secretarias da Casa Civil, Justiça e Habitação tiveram que receber uma comissão da Resistencia Urbana – Frente Nacional de Movimentos e da CSP-Conlutas para negociar uma solução para as famílias do Pinheirinho.
Entre as reivindicações estavam uma intervenção imediata de algumas secretarias estaduais (Segurança Pública, Justiça e Habitação) junto com uma comissão do MUST para garantir que as famílias pudessem retirar seus pertences de maneira segura – o que não vinha ocorrendo. Outra reivindicação era a formação de um grupo para investigar os crimes de violação dos direitos humanos na reintegração\massacre. Pra quem esteve em São José dos Campos, é sabido que informações sobre mortos e feridos estão sendo omitidas pelos hospitais, por orientação da prefeitura.
Entretanto a secretária de Justiça, Heloísa Arruda afirmou que “acima dos Direitos Humanos está a legalidade”, dando a entender que a reintegração iria até o fim, sem nenhuma intervenção humanitária, como de fato está acontecendo.
Por último e não menos urgente, as famílias precisavam de uma saída provisória, já que a maioria está alojada precariamente em uma igreja e podem ir pra rua a qualquer momento. A saída encontrada pelo governo, foi ceder o auxílio aluguel, que pode chegar a R$500 por família. O “auxílio” está relacionado a construção de outras moradias através de programas habitacionais.
O escândalo internacional provocado pela truculência da reintegração, assim como as diversas lutas fizeram o governo recuar. Mas ainda é muito pouco. Não esqueceremos do Massacre!
Seguiremos na luta! Viva o Pinheirinho!
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto
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