fonte = o eco
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17 de Janeiro de 2012
Depois dos primeiros estudos feitos na década de 70 e de longas batalhas judiciais, o Brasil começa a ver sair do papel, em um momento que pode ser classificado como histórico, as primeiras obras que viabilizarão a hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu. Neste domingo, 15, a equipe do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) registrou a construção de uma ensecadeira, espécie de barragem provisória que desvia o curso d´água para permitir atividades de construção civil no leito do rio. A barragem definitiva terá 6,8 km de extensão. A obra teria começado logo após o ano novo e está localizada no Sítio Pimental, a cerca de 40 km a jusante de Altamira, no Pará. Conforme informações da Norte Energia, "neste sítio fica o conjunto de obras que efetivamente barra o rio Xingu".
De acordo com o Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) os impactos desta construção têm sido sentidos por etnias indígenas. Hoje, 17, o MPF/PA recebeu uma carta dos Arara, que vivem na Terra Indígena Arara da Volta Grande do Xingu, pedindo providências em relação às intervenções devido à quantidade de terra e cascalho jogados no rio. Eles afirmam que estão ingerindo o líquido, já barrento, e que não possuem poços artesianos. Pedem que providências sejam tomadas em sua defesa e da Terra Indígena Paquiçamba, onde vivem os Juruna.
"Queremos garantir a regularidade destas ensecadeiras, já que as condicionantes permanecem sem cumprimento. Vamos questionar o Ibama, a Norte Energia e a Funai a respeito das mesmas, pois a água do Xingu já tem afetado indígenas", afirma Helena Palmquist, assessora de imprensa do MPF/PA. "Queremos que o Ibama e a Agência Nacional de Águas façam uma vistoria urgente no local das obras e na qualidade da água que está chegando nas aldeias, assim como informem quais medidas estão sendo tomadas para garantir água potável a estas pessoas", diz.
Em um comunicado oficial, a Norte Energia afirma que “devido às características da região, com chuvas constantes nesta época do ano, é natural que uma pequena parte da terra seja carreada pelo rio. Isto será eliminado, nos próximos dias, com a conclusão da ensecadeira”. A empresa não se manifestou a respeito de medidas para minimizar o impacto causado sobre populações indígenas.
"Queremos garantir a regularidade destas ensecadeiras, já que as condicionantes permanecem sem cumprimento. Vamos questionar o Ibama, a Norte Energia e a Funai a respeito das mesmas, pois a água do Xingu já tem afetado indígenas", afirma Helena Palmquist, assessora de imprensa do MPF/PA. "Queremos que o Ibama e a Agência Nacional de Águas façam uma vistoria urgente no local das obras e na qualidade da água que está chegando nas aldeias, assim como informem quais medidas estão sendo tomadas para garantir água potável a estas pessoas", diz.
Em um comunicado oficial, a Norte Energia afirma que “devido às características da região, com chuvas constantes nesta época do ano, é natural que uma pequena parte da terra seja carreada pelo rio. Isto será eliminado, nos próximos dias, com a conclusão da ensecadeira”. A empresa não se manifestou a respeito de medidas para minimizar o impacto causado sobre populações indígenas.
Veja fotos que retratam a construção da primeira ensecadeira no Sítio Pimental. Crédito: João Zinclar | Clique para ampliar. | ||
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