sexta-feira, 2 de maio de 2014

Solidariedade internacional: mais de 100 organizações pedem libertação de ambientalista

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Meio Ambiente
30.04.2014
Solidariedade internacional: mais de 100 organizações pedem libertação de ambientalista

Adital
Em poucos dias a notícia da detenção de Javier Ramírez, presidente da comunidade intenha (de Intag) de Junín, no Equador, ocorrida no dia 10 de abril, rodou o mundo. A situação do campesino, considerado um preso político, despertou a solidariedade de centenas de ativistas e organizações sociais, ambientais e de direitos humanos de várias partes do mundo. Uma carta pede a libertação imediata de Ramírez sem maiores prejuízos.
A carta foi traduzida para quatro idiomas para facilitar sua difusão e assinada por organizações e ativistas de 15 países. O documento explica quem é o campesino e fala sobre seu ativismo e de sua comunidade para defender o bosque, a biodiversidade e a natureza da zona de Intag, ameaçada pela mineração.
As organizações denunciam, com base em informações de testemunhas e da mídia local, que a prisão de Ramírez foi feita de forma pouco clara, já que "a ordem de detenção não era para esta pessoa” e mais tarde "mudaram o que estava escrito registrando seu nome e número de identidade”. Ressaltam que o campesino não teve envolvimento nos incidentes que ocorreram durante a visita de técnicos da Empresa Nacional Mineira (Enami), que, posteriormente, deram lugar às graves acusações contra ele.
Por esse motivo, e considerando Ramírez um preso político e não um rebelde, nem um sabotador ou terrorista, a carta se dirige às máximas autoridades do Equador, incluindo José Serrano, Ministro do Interior, por quem o acusado foi chamado para uma reunião poucos dias antes de ser preso, fato que muito chama atenção.
As organizações temem que outros membros da comunidade possam ser presos de forma semelhante, ou seja, só porque são contrários à atividade mineradora em Intag. Os motivos para a oposição à atividade extrativa são as consequências destrutivas que a mineração trará para os bosques e as fontes de água. Além disso, os campesinos se negam a sair do lugar onde moram. O medo não é injustificado, já que no passado várias pessoas de Intag foram acusadas de delitos que não cometeram e que tinham origem em atividades de defesa da natureza. Todos foram absolvidos e espera-se que o mesmo seja feito com Javier Ramírez.
Os interessados em ajudar a pressionar pela libertação do campesino podem ler a cartae enviar sua adesão para guadalupe@salvalaselva.org.

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