quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Shell é eleita a pior empresa do mundo por crimes ambientais

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Shell é eleita a pior empresa do mundo por crimes ambientais

Com mais de 41 mil votos, a petroleira foi escolhida para receber o Public Eye Award 2013, conhecido como Nobel da vergonha corporativa mundial. Em 2012, o título foi dado à Vale

29/01/2013

da Redação


   
   
Cartaz diz: Papai Noel do Polo Norte é um conto de fadas. Shell no Ártico
é um pesadelo - Foto: Reprodução/Public Eye Award
A petroleira Shell recebeu, na última quinta-feira (24), o título de pior empresa do mundo. Com mais de 41 mil votos, a empresa foi eleita a campeã do Public Eye Award 2013, conhecido como o Nobel da vergonha corporativa. Em 2012, o título foi dado à mineradora Vale do Rio Doce.
O prêmio foi entregue à Shell pelo Greenpeace Suíça e pela Declaração de Berna durante o Fórum Econômico Mundial, realizado entre os dias 23 e 27 em Davos, na Suíça.
A petroleira foi eleita a pior empresa do mundo pelo voto popular devido ao seu envolvimento “em projetos de produção controversos, arriscados e quase sempre sujos de óleo”, conforme justificativa dos organizadores do prêmio.
A Shell encabeça inúmeras tentativas de exploração de petróleo e combustíveis fósseis na região do mar Ártico. Cada projeto significa novas toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera. Segundo o Greenpeace, as reservas de petróleo na região são suficientes para apenas três anos, “mas a ganância de grandes corporações, como a Shell, insistem em tirar até a última gota do solo. Para isso, ela está colocando em risco um dos últimos paraísos naturais da Terra, colocando em perigo quatro milhões de pessoas que vivem na região, além de ameaçar a fauna”.
O Greenpeace denuncia que as medidas de segurança da Shell não são confiáveis, prova disso é a série de acidentes alarmantes ocorridos nas instalações da petroleira na região, antes mesmo do início da perfuração dos poços. “Especialistas garantem que uma catástrofe poderá ocorrer a qualquer momento e seria quase impossível controlar devido às condições delicadas do Ártico”, alerta o organização.
A Shell foi escolhida para receber o Public Eye Award pelo voto popular. O júri do prêmio, por sua vez, escolheu o banco estadunidense Goldman Sachs. Segundo os organizadores, “as duas empresas escolhidas servem como exemplos de empresas cujos crimes socioambientais mostram para a sociedade o lado negativo do progresso puramente orientado para o lucro”.
Mais informações sobre os crimes ambientais cometidos pela Shell no Artico podem ser verificadas no site do Public Eye Award (versão em inglês). Já o Sindicato dos Químicos Unificados reúne materiais de denúncia sobre os crimes socioambientais cometidos pela Shell na fábrica de Paulínia, em São Paulo: clique aqui.

Occupy Wall Street mudou o foco do debate nos EUA, diz ativista

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Occupy Wall Street mudou o foco do debate nos EUA, diz ativista

"Precisamos construir um 'exército de justiça social', que pratique a resistência não-violenta", defendeu Justin Wedes, em evento em São Paulo para promover o Fórum Social Mundial 2013, que neste ano acontecerá em Tunis, na Tunísia, de 26 a 30 de março
31/01/2013
João Ricardo Penteado
Em setembro de 2011, um grupo de manifestantes resolveu ocupar o parque Zuccotti, localizado no distrito financeiro de Wall Street, em Nova York, em protesto contra as corporações, acusadas pela crise financeira dos Estados Unidos. Ganhava vida ali o Occupy Wall Street (OWS), movimento inspirado na Primavera Árabe, e que ajudou a inspirar movimentos de ocupações no mundo inteiro.

O ativista norte-americano Justin Wedes era um dos que estavam no movimento desde o início. Ele fez parte da primeira equipe de mídia do OWS. “Meu objetivo era difundir a mensagem da ocupação para todo o mundo, investindo sobretudo nas redes sociais”, disse em entrevista a Opera Mundi.
 
Justin Wedes, do OWS: "precisamos construir um 'exército de justiça social', que pratique a resistência não-violenta" - Foto: João Ricardo Penteado/Opera Mundi 
Wedes é graduado em física e linguística, além de ser ativista. Ele participou de evento em São Paulo nesta terça-feira (30/01) para promover o Fórum Social Mundial 2013, que neste ano acontecerá em Tunis, na Tunísia, de 26 a 30 de março.

Opera Mundi: Como você definiria o movimento OWS?
Justin Wedes: A definição é difícil e cada pessoa deve ter uma diferente. Para mim, o OWS tem a ver com o empoderamento das pessoas, para que elas possam enfrentar questões relativas à justiça social e à econômica em nosso país. Para que elas possam lutar por uma democracia real, por uma economia mais justa e humana e também por um mundo onde queiramos viver, crescer e criar nossas famílias.

OM: Quais foram as principais conquistas do movimento até agora?
JW: A primeira coisa que nós fizemos foi conseguir estabelecer um diálogo em nosso país que não existia antes. Esse diálogo era sobre justiça econômica, sobre o resgate financeiro concedido pelo governo aos bancos e como ele, o governo, e Wall Street, trabalharam juntos para fraudar e roubar dos 99%. Era um tempo em que se falava sobre o aumento ou a diminuição do teto da dívida, sobre a redução de serviços, a redução do orçamento, o fechamento de escolas e hospitais, e nós mudamos o foco desse debate para “justiça”. Queríamos nos certificar que todos somos responsáveis pelo bem estar do país, e que não só os mais pobres teriam que pagar pelos erros de Wall Street.
OM: E quais foram as grandes falhas?
JW: Eu sou um otimista, então eu enxergo o que seriam “falhas” como desafios para o futuro. O desafio maior para mim no momento é fazer esse movimento ecoar e ser acessível para todos os trabalhadores. Nós começamos como um pequeno movimento de pessoas que não éramos diversas. Não representávamos os 99% dos quais falávamos a respeito. O que nós vemos acontecer no nosso segundo ano é que temos que enfrentar questões e causas que são importantes para os trabalhadores. Por exemplo, o furacão Sandy que atingiu Nova York. À época, nós fizemos o Occupy Sandy. Ajudamos as pessoas cujas casas foram tomadas por enchentes e as que foram despejadas de suas casas. Tentamos assistir quem está sofrendo com dívidas, muitas ilegítimas. Então eu acho que enfrentar essas causas é um grande desafio para nós, pois isso nos torna mais “aplicáveis” na vida das pessoas.
OM: Como está organizado o OWS agora?
JW: Ser despejado da praça foi uma grande reviravolta para o movimento, porque deixamos de nos focar em manter uma ocupação física. De fato, precisávamos criar nossa rede fora de Manhattan, e assim ir para as comunidades e construir o poder comunitário, com assembleias comunitárias organizadas de quarteirão em quarteirão, de cidade a cidade, por todo o país. Nos tornamos agora uma rede nacional e internacional -- firme e muito solidária. Não há nenhuma chance no momento para os 99%. É um jogo injusto, e nós temos que nos organizar no nível mais básico, de uma casa a outra, para que consigamos realmente construir um “exército de justiça social”, que pratique a resistência não-violenta, para enfrentar esse governo injusto e esse sistema econômico perverso.

OM: Qual o principal legado do movimento?
JW: Eu acho que o nosso principal legado é a frase "Nós somos os 99%". Essa frase tem sido o melhor legado do Occupy Wall Street porque é um chamado à ação. Não se trata de uma divisão entre os 99% e o 1%, mas uma união entre todas as pessoas que se importam com justiça, com igualdade, com pessoas pobres, com trabalhadores. Nós somos os 99%. Há muito mais de nós que deles.

OPAN - Seminário discutirá em Cuiabá novos rumos da atuação indigenista


OPAN - Seminário discutirá em Cuiabá novos rumos da atuação indigenista



Cuiabá – Os numerosos projetos de lei e outros instrumentos legislativos que pretendem mexer na política indigenista brasileira tramitam de forma acelerada no Congresso Nacional e preocupam diversos setores da sociedade civil. Atenta a isto, a Operação Amazônia Nativa (OPAN) vai promover no próximo sábado, 2 de fevereiro, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o seminário “Análise de conjuntura da política indigenista e os rumos do indigenismo na atualidade”. O evento é aberto ao público e vai reunir antropólogos, lideranças indígenas, organizações não governamentais e representantes do poder executivo para discutir a nova conjuntura da atuação indigenista no país.

Com algumas exceções, o ano de 2012 foi marcado por retrocessos marcantes na política indigenista como o avanço da PEC 215, projeto de emenda constitucional que quer transferir do poder executivo para o Congresso Nacional a competência para a demarcação de terras indígenas e quilombolas, inclusive a revisão de territórios já regularizados. Isso traz imensa insegurança aos direitos constitucionais indígenas. Outra medida polêmica foi a Portaria 303 da Advocacia Geral da União (AGU), que tentou colocar em vigor as 19 condicionantes do julgamento do caso Raposa Serra do Sol para os demais territórios indígenas, proibindo, por exemplo, a ampliação de terras já demarcadas e envolvendo estados e municípios em todas as etapas dos processos de demarcação. A medida permite ainda a instalação de bases e postos militares no interior das áreas sem consulta aos indígenas, entre outros itens controversos.

Neste contexto, é preciso aprofundar as discussões para que os indígenas e os próprios indigenistas possam compreender de modo ampliado o que está acontecendo fora dos territórios, visando uma maior reflexão e mobilização. Segundo Ivar Busatto, coordenador geral da OPAN, é necessário buscar sempre pessoas que acompanham o indigenismo nas diversas áreas de atuação também fora da instituição, sobretudo as próprias lideranças indígenas.

“Os indígenas pedem mais participação nessas discussões e nós precisamos ampliar nossas análises para traçar novos planos de trabalho. Devemos discutir esses assuntos em outras perspectivas, promovendo um debate plural, aberto, público”, afirma.

Confira a programação:

Análise de conjuntura da política indigenista e os rumos do indigenismo na atualidade

Data: 2 de fevereiro de 2013
Local: Oca da Adufmat – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá 

Manhã (8h)
Palestrantes: Felisberto Damasceno (assessor parlamentar), Daniel Matenho Cabixi e Marcia Zollinger (Procuradora da República - MPF MT)
Mediadora: Vanessa Caldeira

Tarde (14h)
Palestrantes: Paulo Maldos (Secretário Nacional de Articulação Social da Presidência da República); Rony Paresi, José Augusto Sampaio (Antropólogo, diretor da Anaí - Associação Nacional de Ação Indigenista).
Mediadora: Andrea Jakubaszko

Contato com a imprensa
Andreia Fanzeres
55 65 3322 2980 / 55 65 84765620
http://www.amazonianativa.org.br 

Ineficiência do Estado: Mortes de mulheres chegaram a 560 no ano passado e já despontam em 2013

adital
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=73324

30.01.13 - Guatemala
Ineficiência do Estado: Mortes de mulheres chegaram a 560 no ano passado e já despontam em 2013
 
Rogéria Araújo
Jornalista da Adital
Adital
Num país já marcado pela violência durante o conflito armado interno, como é o caso da Guatemala, o Estado ainda não consegue proteger sua população. É o que indica números alarmantes de mulheres que foram assassinadas em 2012, cujo total é de 560 mortes. Em 2011, o número foi maior: 631 mortes. Diante desta realidade, a Anistia Internacional se manifestou e, em comunicado, afirmou que as autoridades guatemaltecas colocam a população feminina em perigo sistematicamente ao não garantir proteção e segurança.
A motivação deste comunicado teve como base quatro assassinatos já notificados neste começo de 2013, o de duas meninas e duas mulheres em pontos diferentes da capital.
Conforme recorda a AI, mesmo com uma lei que tipifica os delitos de violência contra as mulheres e cria mecanismos especiais para deter os assassinatos em decorrência de gênero, as mortes continuam cotidianamente sem que os responsáveis sejam devidamente punidos. De acordo com a organização, apenas 4% de todos os casos de homicídio são resolvidos com condenações.
"Não houve nenhuma diminuição dos casos de homicídio de mulheres que se registram todos os meses, apesar da vergonha nacional que isso supõe para a Guatemala. Milhares de casos de homicídio de mulheres e meninas ocorridos na década passada estão sem ser resolvidos ou foram arquivados devido à falta de eficiência”, declarou Sebastián Elgueta, pesquisador da Anistia Internacional sobre a Guatamela.
Conforme se posicionou a AI, o Governo deve tomar medidas urgentes diminuir a violência no país, realizando investigações adequadas e punindo os responsáveis pelos crimes.
Conflito interno
Entre 1960 e 1996, a Guatemala sofreu com um conflito armado interno, onde a violência extremada ainda deixa resquícios até os dias atuais. Alguns dados indicam que 45 mil pessoas desapareceram durante este período.
Confira também a entrevista com a Associação de Mulheres da Guatemala:

quem são os proprietários do br?

catarse
quem são os proprietários do br?
http://catarse.me/pt/portalproprietariosdobrasil


O PROJETO
English version at the bottom of the page
campanha “Quem são os proprietários do Brasil?” revela quem são as empresas que concentram o poder no Brasil. O Instituto Mais Democracia (IMD) e a Cooperativa Educação, Informação e Tecnologia para a Autogestão (EITA) construíram o Ranking dos Proprietários do Brasil, elaborado a partir da construção de um sistema de informação inédito que mede o poder econômico (não apenas por meio da receita destas empresas), mas também do controle, da propriedade sobre ações ordinárias (com direito a voto) que esta empresa possui de outras empresas e o quanto isso aumenta sua capacidade de influenciar os investimentos do Estado brasileiro. A metodologia foi baseada em estudos existentes sobre quantificação de poder econômico em grupos empresariais, entre os quais se destaca o artigo “The Network Control of Global Corporate Control”, da UniversidadeETH de Zurique/Suíça, publicado em 2011.
A primeira fase do ranking está pronta. Mas precisamos avançar em outras etapas, como no acesso, na comunicação e na visualização dos dados relativos à estrutura de poder por trás destas empresas. Por isso, precisamos da colaboração de todas e todos para construir o portal da campanha “Quem são os proprietários do Brasil?”: um espaço para a disponibilização de informações sobre o poder econômico no Brasil e de debate sobre o rumo do desenvolvimento do país.
Mas, como isso me (nos) afeta?
Aparentemente, essas empresas são aceitas como produtivas, geradoras de empregos e riquezas e, portanto, habilitadas a receber bilhões de reais em financiamentos a juros subsidiados pelo Estado para o “desenvolvimento” do país. Mas, na verdade, essas empresas conhecidas do público são controladas por várias outras empresas que não produzem NADA e só existem para controlar outras empresas e concentrar renda e poder nas mãos de poucas famílias. Ou seja, bilhões e bilhões de reais, do nosso bolso, vão parar em contas bancárias de algumas poucas famílias e sem qualquer retorno social para a população!
Ao identificar essa cadeia de controladas e controladoras, demonstraremos nas mãos de quem está este poder que desfruta de condições privilegiadas junto ao Estado brasileiro. Disponibilizar de forma sistemática e pública a estrutura de poder destas empresas e de suas conexões com o Estado brasileiro é condição para que tenhamos mais democracia. Com tais informações renomearemos os poderosos, traremos para o debate novos nomes, atores que se escondem por trás dos nomes fantasia dos grupos privados e que, na maioria dos casos, são empresas de participação, que não produzem sequer um parafuso. Pretendemos, assim, contribuir para que tenhamos mais democracia.
Com o apoio de vocês a esse projeto pretendemos:
 Desenvolver uma plataforma on line interativa sobre os proprietários do Brasil, com filtros que facilitem o acesso ao banco de dados
(como busca de pessoas, empresas e relação com o PIB)
 Disponibilizar a visualização gráfica das cadeias de poder das empresas e proprietários
 Disponibilizar todas as bases de dados
 Criar um fórum de discussão entre ativistas e colaboradores da campanha
 Criar um espaço de diálogo com os movimentos sociais
 Produzir novos materiais de mobilização
 Divulgar a agenda de mobilização da campanha nas ruas
Por que precisamos de seu apoio?
Sua doação é muito importante, pois esse projeto é uma construção coletiva e só será possível com muita independência e autonomia política e financeira. As formas de financiamento no Brasil envolvem governos e/ou grandes empresas, que, obviamente, não teriam interesse em apoiar projetos como esse. Além disso, a mídia tradicional sobrevive graças à publicidade e recursos destas mesmas empresas, dificultando a divulgação das informações.
Assim, o financiamento colaborativo é fundamental para a realização desse projeto!
Para dar os próximos passos da campanha precisaremos de R$ 50 mil. Você pode doar qualquer valor a partir de R$ 25 e estará contribuindo diretamente para a divulgação das informações e para a mobilização da sociedade.
Veja que existem contrapartidas específicas para cada faixa de doação, mas não esqueça que uma contrapartida muito importante que acompanha todas as faixas é a possibilidade de construirmos juntos uma sociedade mais justa e solidária!
Se você compartilha da nossa proposta e quer participar dessa campanha, apoie, divulgue, nos ajude a concretizar esse projeto!
Nós somos uma aliança entre duas instituições sem fins lucrativos, que lutam por uma sociedade mais transparente, democrática e igualitária.
Esse projeto tem dois idealizadores:
1. O Instituto Mais Democracia – transparência e controle cidadão de governos e empresas (IMD) é formado por um grupo de pesquisadores com grande experiência no monitoramento do uso de recursos públicos, especialmente no financiamento a corporações. O principal foco tem sido o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por ser o principal instrumento da política de investimentos do governo federal, com um orçamento duas vezes superior ao do Banco Mundial!
2. A Cooperativa EITA – Educação, Informação e Tecnologia para a Autogestão especializada em fortalecer as lutas de movimentos sociais do campo popular através da construção de tecnologias livres da informação e metodologias participativas para seu uso, formação e apropriação.
Agradecemos a sua contribuição!
Caso tenha dúvidas e/ou sugestões, acesse www.maisdemocracia.org.br e entre em contato!
Curta a página no Facebook: http://www.facebook.com/InsMaisDemocracia?fref=ts
Siga-nos também no Twitter: # maisdemocracia
Orçamento de 50.000 + 12,5% = 56.250 reais
• desenvolvimento da plataforma interativa on line para visualização gráfica das relações de poder = 25.000 reais
– design = 5.000 reais
– especificação = 7.500 reais
– desenvolvimento e testes = 12.500 reais
• atividades de mobilização (redes sociais, twitter, atividades de rua) = 5.500 reais
• elaboração e impressão de material gráfico da campanha (com ranking e divulgação do portal) = 7.000 reais
• frete com contrapartidas = 1.000 reais
• pesquisa e gestão portal = 9.000 reais
• vídeo = 2.500 reais
• taxas de pagamentos + % catarse = 6.250
Sobre Recompensas
O curso sobre transparência pública e democratização da informação será ministrado pelo IMD e pelo EITA, será presencial e acontecerá na cidade do Rio de Janeiro no primeiro semestre de 2013. Contaremos com transmissão ao vivo pela internet para viabilizar a participação de outros estados e países.
ENGLISH VERSION
Crowdfunding Project – “Who Owns Brazil?” campaign portal
The campaign “Who Owns Brazil?” is revealing which corporations hold the reins of power in Brazil. The More Democracy Institute (IMD) and the Education, Information and Technology for Self-Management (EITA) have constructed a ranking of the Owners of Brazil. The ranking draws on unprecedented information that measures economic power not just in terms of company revenues, but also of control – that is, these corporations’ ordinary (voting) share holdings in other firms – and the extent to which this heightens their ability to influence investment by the Brazilian State. The methodology is based on existing studies quantifying economic power in business groups, particularly the paper “The Network of Global Corporate Control” (ETHZurich, 2011).
The first stage of the ranking is ready, but we need to advance in other directions, such as accessing, communicating and displaying the data on the power structure behind these corporations.
For this, we need everyone’s help to construct the portal of the campaign “Who Owns Brazil?”, as a place to post information on economic power in Brazil and to discuss the directions of development here.
But how does this affect me or us?
Apparently, we all accept these enterprises as productive, job and resource generators and, therefore, entitled to make billions of Reais in financing and credit lines with interests subsidized by Government in name of Brazil’s development. In reality, the enterprises known to the public are controlled by other enterprises that produce NOTHING and only exist to control other enterprises and concentrate funds and power in a handful of groups and families. In other words, billions and billions of Reais, originated from public taxes and contributions, will wind up in the bank accounts of few privileged company owners, with absolutely no social compensation or return to the population.
By identifying the chain of controlled and controlling enterprises, we will show in whose hands are concentrated all these resources and power, who is ultimately benefited by special financial conditions extended by the Government through its banks and corporations.
Making the information on the power network of these enterprises publicly available and exposing their connection with the Brazilian Government in a systematic and comprehensible graphic visualization is crucial for a democratic regime. With this data, we can finally identify those who accumulate power and debate their roles and access to this power, since they are no longer hidden behind enterprises that exist only to protect the investors and to control other corporations, with no productivity. This is how we intend to use our research to contribute for more democracy in Brazil.
With your support we intend to:
Develop an online interactive platform that provides public access to the all of the research’s information and results, with filters that facilitate the understanding and navigation of the database and network (such as people, economic sectors, relation to GNP, etc.)
Create an attractive and friendly visual graphic chain/network of accumulated power of enterprises and entrepreneurs
Create a forum for discussion between activists and campaign collaborators
Create an open virtual space for public debate with social movements
Produce new material for mobilization and divulgation
Publicize the mobilization agenda of the research’s campaign and events
Why do we need your support?
Your donation is very important: this project is a collective construction and will only be possible with the utmost political and financial independence and autonomy. Funding arrangements in Brazil involve governments and/or big business, which obviously have no interest in funding this kind of project. The media too makes a living from advertising and funding from these same corporations, which makes it difficult to publicise our information. So crowd-funding is fundamental to making this project work!
To take the next step for this research campaign we will need R$ 50 thousand reais (US$ 24 thousand dollars). Anyone can help with various amounts starting at R$ 25 reais (US$ 12 dollars) and all contributions will be destined strictly to divulging the research’s results and to mobilizing society around this debate.
Note that there are specific rewards for each range of donations, but do not forget that the most important reward of all is to be a part of the construction of a society based on justice and solidarity. If you share our proposal and wish to participate in the campaign, support us, help us divulge our research!
The project is a result of an alliance between two non-profitable institutions that work towards a more transparent, democratic and egalitarian society.
These two institutions running this project are:
Instituto Mais Democracia (More Democracy Institute) – transparency and citizen control of Governments and enterprises, is formed by a group of researchers with long experience on monitoring the use of public funds, especially for financing private corporations. The main focus of the institute has been the National Bank for Social and Economic Development (BNDES), since it is the central instrument of the Federal Government’s investment policies, with a budget twice the size of the World Bank’s!
Cooperativa EITA – Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão (Education, Information and Technology for Self-Management) – which especializes in strengthening social movements through the construction of free technologies and accesses to information and participative methodologies for their use, formation and appropriation.
Contribution ranges and rewards
(each range includes the rewards for the ones before):
25 reais or more: your name will appear on the campaign’s platform/portal.
50 reais or more: your name will appear on the campaign’s platform/portal and you win a sticker of the “Who are Brazil’s owners?” campaign.
100 reais or more: your name will appear on the campaign’s platform/portal and you can participate in the special course on public transparency and information democratization and win an El Efecto CD.
250 reais or more: your name will appear on the campaign’s platform/portal, you can participate in the special course on public transparency and information democratization, win an El Efecto CD and you gain access to the beta version of the platform/portal.
500 reais or more: your name will appear on the campaign’s platform/portal, you can participate in the special course on public transparency and information democratization, win an El Efecto CD, you gain access to the beta version of the platform/portal and you win a kit for the campaign (sticker + broach + T-shirt + book that debates the environmental policies of the BNDES and other investment banks and the legal responsibility of financial institutions).
1000 reais or more: your name will appear on the campaign’s platform/portal, you can participate in the special course on public transparency and information democratization, win an El Efecto CD, you gain access to the beta version of the platform/portal, you win a kit for the campaign (sticker + broach + T-shirt + book that debates the environmental policies of the BNDES and other investment banks and the legal responsibility of financial institutions) ticket to the next show of El Efecto.
Thank you for your contribution!
Budget: R$ 50.000 + 12,5% = R$56.250,00
EXPENSES&AMOUNT
Online interactive platform with visual graphic visualization of power networks___R$ 25.000,00
Graphic design___R$ 5.000,00
Specification for research___R$ 7.500,00
Development and tests___R$ 12.500,00
Mobilization activities (social networks, twitter, streets)___R$ 5.500,00
Creation and production of campaign material___R$ 7.000,00
Delivery of rewards___R$ 1.000,00
Research and platform management___R$ 9.000,00
Video for divulgation___R$ 2.500,00
Taxes and % for Catarse___R$6.250,00

Ranking Proprietários do Brasil

adital
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=73315

30.01.13 - Brasil
Ranking Proprietários do Brasil
 
IMD e EITA
Instituto Mais Democracia e Cooperativa Educação, Informação e Tecnologia para a Autogestão
Adital

Quem são os proprietários do Brasil?

Qual é a estrutura de poder econômico dos grupos privados que atuam no país? Quais são os atores que acumulam maior poder nesta estrutura, e qual a relação entre os mesmos? Qual o grau de influência desta estrutura de poder, invisível, sobre as decisões do Estado quanto ao rumo do desenvolvimento e as políticas econômicas? Como o Estado se relaciona e alimenta esta estrutura de poder e quais as contrapartidas desta relação para o bem-estar da sociedade?
É com o objetivo de responder a estas e a outras perguntas que construímos o ranking "Proprietários do Brasil”.
O ranking foi elaborado a partir da construção de um sistema de informação inédito que mede o poder econômico não apenas por meio da receita destas empresas; mas, também do controle, da propriedade sobre ações ordinárias (com direito a voto) que uma empresa possui de outras empresas e o quanto isso aumenta sua capacidade de influenciar os investimentos do Estado brasileiro (clique aqui para entender como se calcula o IPA - Índice de Poder Acumulado).
Não se pode falar de um verdadeiro Estado de Direito Democrático se a sociedade não conhecer as estruturas de poder econômico do setor privado e suas influências nas orientações de estratégia econômica e de desenvolvimento do Estado brasileiro. Ainda mais quando sabemos que as ações de empresas e bancos de maior capital acumulado, por estarem comprometidos com o lucro, impactam negativa e brutalmente na vida social, econômica, cultural e ambiental do país.
O Ranking Proprietários do Brasil mostra que o capitalismo brasileiro tem rosto, nome, sobrenome e endereço. O ranking expõe o controle da propriedade destes grupos por poucas empresas e pessoas, através de estruturas complexas e ramificadas de participações societárias. O ranking traz as intrincadas redes e cadeias de conglomerados, holdings, instituições financeiras, empresas especuladoras e outros CNPJs que nada produzem, chegando finalmente aos controladores últimos por trás das empresas que fazem parte de nosso dia-a-dia, os verdadeiros donos do Brasil.
Queremos contribuir para dar visibilidade e concretude à indecente concentração de renda e poder que marca a vida social e econômica do país, justificada pelo consenso criado e propagado de que tais empresas e seus donos produzem riquezas para o Brasil, através da geração de empregos e por levarem o "desenvolvimento” e o "progresso” para os locais em que atuam.
Almejamos que o ranking Proprietários do Brasil forneça informações que auxiliem a luta das comunidades e pessoas atingidas pelas ações danosas dos poderosos grupos econômicos hegemônicos no Brasil, seja pelo desrespeito às condições de vida e trabalho dignas, seja pela destruição ambiental. Também temos a pretensão em subsidiar as instituições de pesquisa interessadas em desvelar a estrutura do poder. Concebemos o ranking como instrumento de luta concreta dos diversos movimentos sociais e organizações por mais democracia no nosso país. Neste sentido, o ranking fornece informações e revela de que forma o capital está organizado, estruturado e agindo no país e como suas ações impactam no cotidiano da população brasileira. Com esta ferramenta é possível, por exemplo, identificar os verdadeiros agentes por trás de violações de direitos humanos e dos passivos sociais e ambientais.
As conexões entre o Estado e os grupos privados, forjadas historicamente, alimentam uma elevada concentração de poder econômico, como revela o ranking. Ele nos mostra que por detrás de famosos nomes de empresas e do emaranhado de cadeias de controle há pessoas. Pessoas que as lideram e planejam suas ações, e que, em muitos casos, são apoiadas fortemente pelo Estado Brasileiro, através de financiamentos subsidiados, como, por exemplo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e benefícios fiscais e tributários por governos municipais, estaduais e federal. Por meio do ranking identifica-se também a presença do Estado na estrutura societária dos grupos privados através de participações das empresas estatais e de seus fundos de pensão no capital de muitos destes grupos.
Temos o direito, como cidadãs e cidadãos brasileiras/os, de exigir a democratização do uso dos recursos públicos e seu controle social, tendo acesso a informações sobre onde e como os mesmos são aplicados.
A atual cortina de fumaça que recobre a estrutura de poder econômico no país, normalmente isenta estes que se portam como proprietários do Brasil de qualquer responsabilidade sobre os danos sociais, econômicos, culturais e ambientais gerados pelas ações das empresas que controlam. O ranking, ao expor estes atores, busca contribuir com a democratização da economia, com a transparência da relação entre Estado e mercado e com a responsabilização dos "proprietários do Brasil”.
A produção do ranking é apenas o primeiro passo na construção do portal proprietariosdobrasil.org.br como um espaço coletivo para o compartilhamento de informações, análises e denúncias sobre quem são e como atuam os controladores do poder econômico no país. O Instituto Mais Democracia e a Cooperativa EITA convidam a todos que compartilham dos princípios e objetivos que orientam este trabalho a se aliarem, desde já, na construção deste espaço. De nossa parte, o próximo passo será constituir, por meio do financiamento colaborativo, uma plataforma online interativa sobre os proprietários do Brasil, com filtros que facilitem o acesso ao banco de dados do ranking exposto neste portal.
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Clique aqui para ver o Ranking.

Clique aqui para apoiar.

Reflexões sobre tragédias

correio da cidadania
http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8046:submanchete300113&catid=72:imagens-rolantes

Reflexões sobre tragédias


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ESCRITO POR WLADIMIR POMAR   
TERÇA, 29 DE JANEIRO DE 2013

Quando acontecem tragédias, como a de Santa Maria, na qual mais de duas centenas de jovens perderam suas vidas, o senso comum é o de buscar as responsabilidades individuais. Parece haver um sentimento arraigado de que, embora as vidas perdidas jamais sejam resgatadas, penalidades sobre os indivíduos diretamente responsáveis ao menos demonstrariam a existência de justiça e mitigariam parte da dor dos parentes, amigos e conhecidos. Esse sentimento é alimentado pelas reportagens e comentários de muitas personalidades e autoridades.

Poucos suscitam a discussão sobre o senso, também comum, propalado insistentemente pela publicidade, de que a propriedade privada é melhor, mais responsável e menos onerosa do que a propriedade pública. E de que governos e autoridades públicas não deveriam se imiscuir nas atividades empresariais. Parecem esquecer que empresários privados, pressionados pela competitividade, buscam sempre materiais e equipamentos menos custosos. Entre um forro de material bem mais barato, mesmo que contenha elementos tóxicos, e um forro mais caro, livre de tais elementos, ele comprará o primeiro, porque esse é um dos inúmeros fatores que contribuem para a sua rentabilidade. Portanto, para a sua continuidade como empresário privado.

Se examinarmos cada item que contribuiu para essa tragédia e para as inúmeras outras ocorridas em qualquer lugar do mundo, vamos encontrar diversos elos formando cadeias, relativamente longas. Elas incluem os empresários que montaram o negócio de alto risco, os empresários que venderam os materiais e equipamentos de segunda categoria para eles e os empresários que produziram tais materiais.

A cada uma dessas cadeias de responsabilidade privada podemos relacionar inúmeros elos e cadeias do poder público. Desde os que deveriam fiscalizar a aplicação das normas, os que fornecem os alvarás de funcionamento e os que permitem a produção e a venda de equipamentos e materiais de risco, até os que elaboram as normas, regulamentos e leis que deveriam prever os riscos e impor restrições e exigências à produção, venda e instalação de equipamentos e materiais pouco seguros.

É essa cadeia diluída de responsabilidades que pode criar, eventualmente, a absurda probabilidade legal de que os proprietários do salão de eventos e os músicos da banda pirotécnica não estivessem infringindo qualquer norma jurídica. Talvez o excesso de público seja o único crime passível de imputação. Do ponto de vista prático, é evidente que todos eles já vinham, há muito, praticando ações de alto risco, que ameaçavam a vida dos frequentadores de seus shows e baladas.

A tragédia estava, portanto, programada, porque todas as condições para sua materialização estavam dadas. Nesse sentido, nada muito diferente do que ocorreu com o desabamento de três prédios na cidade do Rio de Janeiro, com o deslizamento de encostas na região serrana de Teresópolis, e com outras tragédias que se repetem periodicamente.

Infelizmente, tudo indica que há uma série de outras tragédias programadas em nosso país. Não só em casas de show da maior parte do Brasil. Mas também relacionadas com as evidentes mudanças climáticas que vêm ocorrendo em todo o mundo. Os conjuntos habitacionais, precários e não-precários, construídos em encostas de morros e à beira de córregos e rios, tiveram enormemente aumentadas suas taxas de risco. Os sistemas de esgotamento pluvial das áreas urbanas tornaram-se ineficientes, especialmente naquelas cidades sem muitos espaços públicos arborizados.

Seria possível listar uma série de outras situações potencialmente trágicas. Apesar disso, essas questões não parecem merecer a atenção devida. A legislação continua incompleta e atrasada, não municiando nem modernizando o poder público para enfrentar nem mesmo os velhos riscos, quanto mais os novos. Assim, em homenagem aos jovens engolfados pela tragédia gaúcha, talvez o povo brasileiro não devesse se contentar apenas com a punição dos indivíduos diretamente responsáveis, ou com a elaboração de normas mais duras para o funcionamento de casas noturnas.

Talvez seja o momento de exigir, além da reforma política que extinga o financiamento privado de campanhas eleitorais, uma das raízes das lacunas no controle dos riscos de funcionamento das empresas privadas, uma reforma mais séria da legislação brasileira sobre o uso do solo agrícola e urbano, e sobre todos os pontos que apresentam riscos evidentes para a população.

Wladimir Pomar é escritor e analista político.