sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Protesto contra o imperialismo marca encontro dos atingidos por barragens

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Protesto contra o imperialismo marca encontro dos atingidos por barragens

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Em seu terceiro dia, o Encontro Nacional do MAB, que reúne cerca de 2.500 atingidos e atingidas por barragens de 17 estados do Brasil em São Paulo, na cidDivulgaçãoade de Cotia, começou com uma grande manifestação para chamar a atenção do país para a corrupção que reina nas grandes obras. Cerca de três mil pessoas do Movimento dos Atingidos por barragens (MAB) e o Levante Popular da Juventude realizam marcha na Marginal Tietê, em São Paulo, pela melhoria do sistema de transporte, contra o que chamam de ‘propinoduto’ (grande evasão de renda para suprir propina de corrupção) e pela investigação de formação de cartel na construção de barragens.
Sob o lema ”Pela investigação imediata às denúncias de cartel nos metrôs e nas construções de hidrelétricas!”, os jovens foram para a rua. E com muita música, mística e animação, a atividade contou com a presença de apoiadores do Movimento, representantes de entidades parceiras brasileiras e internacionais, movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos pediram justiça.
Mesas
Joka MadrugaDurante a abertura do evento, Joceli Andrioli, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), afirmou que nos 20 anos de organização dos atingidos por barragens, tiveram conquistas, "mas ainda não garantimos nossos direitos. É vergonhoso que não exista uma política de direitos dos atingidos no Brasil. Não vamos admitir que o governo faça corpo mole. Sabemos da importância de governos progressistas na América Latina, mas como movimentos sociais nosso papel é pressioná-los para que eles ajam cada vez mais à esquerda". Gilberto Carvalho, ministro-chefe da ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, presente à abertura chegou a garantir que políticas serão feitas: "Posso dizer pra vocês, em nome da presidenta Dilma, que ainda neste ano a presidenta vai assinar o decreto que institui a Política Nacional para os Atingidos e que reconhece a divida social, econômica e moral do Estado com os atingidos por barragens”.
Ontem, o dia foi para análise de conjuntura e a ideia recorrente é que o principal inimigo é o imperialismo. Na parte da manhã analisaram a correção de forças no cenário atual nacional e internacional e como a classe trabalhadora e os movimentos sociais, principalmente, o MAB podem resistir. O professor da Universidade Federal do ABC, Igor Fuser, falou das estratégias de apropriação dos recursos naturais pelo imperialismo, que podem ser guerras pelo petróleo, recursos minerais e até terras férteis e água, como se podem ver pelas intervenções estadunidenses na África, Síria e outros países do Oriente Médio.
Situação asseverada pelo diretor da Fundação Promotora de Cooperativas (FUNPROCOOP) de El Salvador, Mauricio Venegas. "O imperialismo está aniquilando as organizações campesinas que estão resisitindo aos megaprojetos mineiros”, afirmou. Para o coordenador da Consulta Popular, Ricardo Gebrim, é importante definir o verdadeiro inimigo da classe trabalhadora: o imperialismo. Disse ainda que este é um momento histórico que inicia a ascensão da luta de massas, evidenciada pelos protestos nas ruas do Brasil.

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