domingo, 4 de agosto de 2013

Dilma sanciona lei anti-estupro. Feliciano insinua que ataques são simulados

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Dilma sanciona lei anti-estupro. Feliciano insinua que ataques são simulados

130802-Tortura
Declarações misóginas do deputado não serão suficientes para impedi-lo de presidir Comissão de Direitos Humanos da Câmara ?
A presidente Dilma Roussef sancionou ontem, sem vetos — como exigiam os movimentos feministas e libertários — lei que reduz os danos sofridos pelas vítimas de estupro. O Sustema Único de Saúde (SUS) terá de atendê-las preferencialmente. Assegura-se acesso à profilaxia contra doenças sexualmente transmitidas (especialmente AIDS) e à “pílula do dia seguinte” — que previne a gravidez, após o ato sexual e é vendida legalmente, nas drogarias.
Três ministros — Gilberto Carvalho (secretaria-geral da Presidência), Alexandre Padilha (Saúde) e Eleonora Menicucci (políticas para Mulheres) participaram do ato que anunciou a sanção da lei. Ela consagra uma prática já adotada, por portaria interna pelo SUS. Mas estava encalacrada no Congresso desde 1999. Motivo: a oposição fundamentalista de parte das bancadas religiosas. Rejeitavam a lei e queriam o veto de Dilma, fixadas na administração da pílula do dia seguinte. Consideram que se trata de uma forma de legalizar o aborto.
Um sinal da radicalização artificial destas bancadas pode ser visto nos posts que o deputado Marco Feliciano disparou no twitter. Após saber que Dilma (finalmente…) resistira às chantagens fundamentalistas, ele escreveu: “Convido-os a se lembrarem desse episódio em 2014, nas urnas. PT nunca mais!”. E, incontido, acrescentou: “Não há como comprovar que o sexo foi feito sem consentimento (…) É a palavra da mulher que engravidou e pronto”. Mais adiante: “Uma mulher grávida de 2 meses dizendo ao médico que o marido fez sexo à força, ou ela não queria porque estava com dor de cabeça? Aborto feito!”
Não seria motivo suficiente para que exigir o afastamento de alguém que ocupa o posto de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara?

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