terça-feira, 11 de setembro de 2012

Povos indígenas e quilombolas articulam defesa conjunta de suas terras e direitos

observatório quilombola
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Povos indígenas e quilombolas articulam defesa conjunta de suas terras e direitos

Data: 10/9/2012

O 1º Encontro Índios e Quilombolas de Oriximiná será realizado entre terça e quinta-feira (11 a 13), no Quilombo Abuí, com objetivo de articular os povos do município de Oriximiná, na região da Calha Norte do Pará, para defenderem seus direitos. Para os organizadores, essa articulação pode ajudar as populações a enfrentar questões como a instalação de hidrelétricas na região.
Participarão do encontro cerca de 200 representantes dos povos indígenas Waiwai, Tunayana, Kahyana, Kaxuyana e quilombolas das 35 comunidades localizadas no município, além de representantes do Ministério Público Federal. Para chegar até o Quilombo do Abuí, osparticipantes utilizarão barcos, canoas e voadeiras vindos dos riosTrombetas e Erepecuru. No caso dos Zo’é uma parte do percurso seráde avião e outra de barco.
 
Segundo acoordenadora-executiva da Comissão Pró-Índio de São Paulo, Lúcia Andrade, a ideia é que essa aliança contribua para um maior poder de participação nasdecisões relativas ao desenvolvimento da Calha Norte do Pará. “Acreditamos que índios e quilombolas juntos terão maior força para defender seusterritórios e tentar garantir que os planos para desenvolver a região contemplem seu ponto de vista e seus direitos. Pois hoje o que se vê é que as decisões sobre concessõesflorestais, exploração mineral, criação de unidades deconservação e projetos hidroelétricos estão sendo tomadas sem a participação dos povos indígenas equilombolas”, diz Lúcia.
 
De acordo com ocoordenador executivo adjunto do Iepé, Décio Yokota, quilombolas e indígenas compartilham diversos problemas em Oriximiná. “Os projetos hidrelétricos previstos pelo Plano Nacional de Energia(PNE), que propõe a utilização do potencial hídrico de localidades como Cachoeira Porteira, reanimando um projeto do períododo regime militar, também representam uma ameaça”, detalha Décio.O evento está sendo organizado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo, a Cooperativa do Quilombo e o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé).

Fonte: Jornal Correio do Brasil

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